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Blog do Franco

  • PSDB : RIP.

    maio 1st, 2025

    Cúpula do PSDB aprova fusão com o Podemos. O novo partido ainda não tem nome definido.

    Os partidos convocaram Convenções Nacionais para oficializar a fusão e marcar o fim do PSDB, que, para muitos, morreu em 5 de novembro de 2014.

    Ficam algumas saudades — especialmente a lembrança de Mário Covas, que, enquanto vivo, não embarcou nas presepadas de FHC, Serra e Aécio, os coveiros do partido, responsáveis por suas escolhas e ações desastrosas que levaram à sua decadência e, por fim, ao alinhamento com o fascismo bolsonarista — tudo o que o PSDB jamais poderia ter feito.

    E por que fez?
    Porque o desespero de quem perdeu o poder em sucessivas eleições, somado ao elitismo crescente, racismo e machismo, empurrou o partido para o colo dos fascistas, culminando com seu próprio fim.

    Aos poucos, o centro político vai se recompondo; a polarização perde força do lado direito, e o antipetismo vai sobrevivendo no voto centrista. Isso acaba por acomodar a esquerda, permitindo mais espaço de negociação para todos — como foi nos governos anteriores de Lula, e este parece seguir pelo mesmo rumo.

    Os extremistas conquistaram espaço inédito e não desaparecerão. Sempre achei que eles estavam por aí — imaginava que fossem cerca de 10% da população. Agora são quase 30%, mas em queda. Vamos ver até onde vão.

    O PSDB não tem mais para onde cair. Acabou, e não deixa herdeiros. Seus planos pretensiosos de poder revelaram-se vaidade e visão parcial da sociedade. Nunca esconderam que governavam apenas para o terço privilegiado da população.

    Sobre o Plano Real, já escrevi em outras ocasiões — e repito: se não fosse por ele e pela sequência do plano nos governos desenvolvimentistas do Lula, ainda estaríamos atolados no pântano da estagnação econômica, e o povo comendo calango pra sobreviver.

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  • Joga pedra na Geni.

    abril 30th, 2025

    É curioso observar as repercussões da decretação da prisão do ex-presidente Collor. De fato, não vi nenhuma voz em sua defesa, especialmente na imprensa tradicional.

    E isso porque o falido e desmoralizado “caçador de marajás” jamais teria saído de sua Alagoas se não fosse parte do engodo de um personagem falso, criado do início ao fim pela imprensa brasileira — com a Globo e a revista Veja à frente.

    Durante sua campanha presidencial em 1989, ele inovou o marketing político brasileiro, importando estratégias dos Estados Unidos que, até então, eram desconhecidas por aqui. Estratégias essas que não teriam surtido efeito algum sem o engajamento da Globo e de seu Jornal Nacional, na época com 80% de audiência. Tudo foi uma construção mentirosa, do começo ao fim. Seu governo foi uma tragédia que tentaram sustentar enquanto possível — e, depois, controlar a sucessão para alguém que mantivesse no poder os interesses de minorias privilegiadas.

    Tudo isso daria material para livros de história e longas análises. Aqui, tento apenas apontar como funcionam os interesses dos analistas políticos e econômicos que hoje agem como se não tivessem nenhuma relação com esse personagem trágico, desmoralizado e agora preso.

    Sem esquecer que Collor é sócio da Rede Globo em Alagoas, de onde controla toda a informação disponível no estado.

    Me perdoem a comparação, mas se ambos compartilham agora o destino do desprezo público após servirem aos senhores do poder, é preciso dizer: entre Collor e Geni, a moça tem a nobreza que o marajá jamais teve.

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  • 100 dias de delírios.

    abril 28th, 2025

    O presidente Trump, dos EUA, completa 100 dias de desgoverno, com uma queda de aprovação inédita para o cargo nas últimas décadas.

    A surpresa seria se fosse diferente, pois uma coisa é propor um projeto revolucionário — outra, muito distinta, é para quem ele se destina e como se pretende implementá-lo.

    Aos solavancos, com idas e vindas, a cada dia falando uma coisa e negando no momento seguinte, jogando o ônus sobre os mais frágeis e preservando os ricos, desorganizando as cadeias produtivas sem apresentar solução para os problemas criados, e sem apontar uma saída para a crise crescente, não era difícil imaginar o resultado.

    E estamos apenas no início.

    Tivemos, no Brasil, choques econômicos radicais — todos fracassados. Aliás, o ex-presidente Collor voltou recentemente aos holofotes por motivos nada abonadores. Quem esqueceu do “tiro na inflação”, que acertou em todos, menos na inflação?

    Observe Milei, na Argentina, sobrevivendo de bilhões do FMI para não quebrar de vez o país. Mas isso apenas adia o inevitável, como infelizmente veremos. Tentam segurar o projeto para evitar derrota eleitoral, exatamente como fizeram no Brasil na reeleição de FHC durante o Plano Real, utilizando o mesmo método de lastrear os preços em dólar através de empréstimos que exigem medidas draconianas. Não se deve esperar outro resultado, senão, no máximo, crise de investimentos e estagnação econômica — exatamente o destino do Brasil na era pós-FHC, não fosse a eleição de Lula para devolver o desenvolvimento, com um inédito acréscimo de distribuição de renda. Uma medida que esses cleptocratas são incapazes de promover, e por isso fracassam repetidamente.

    Trump não tem a menor ideia do que está fazendo. Analistas do mundo inteiro afirmam abertamente o quanto é inútil buscar alguma lógica em suas decisões. Mas as consequências estão ficando cada vez mais claras, e no próximo ano os EUA terão as eleições de meio de mandato.

    E, pelo tamanho dos EUA, não há FMI que dê jeito na encrenca.

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  • Pauta da Anistia: Um Jogo de Poder e Mídia no Brasil

    abril 26th, 2025

    Por conta da cobertura implacável da imprensa golpista, somos informados de cada detalhe da movimentação política da oposição — o PL bolsonarista e parte do Centrão — que, desde o ano passado, não faz outra coisa além de tentar pautar um projeto de anistia aos golpistas do governo anterior e aos alucinados que destruíram a Praça dos Três Poderes no 8 de janeiro.

    Se olharmos o histórico, é possível perceber que, embora tenha ficado meses adormecida, a pauta da anistia atravessou o ano como moeda de negociação para a eleição das presidências das casas legislativas, uma vez que tanto Pacheco como Lira não colocaram o projeto para andar, apesar da tão falada correlação de forças supostamente desfavorável ao governo. O fato é que passou o pior momento no Congresso, e a pauta não vingou.

    Com as negociações para a eleição das presidências legislativas, a imprensa passou a tratar o tema como uma questão pacificada entre todos, com a oposição recebendo garantias de que a pauta seria levada adiante, e, sobretudo, com Motta assumindo o compromisso de tocar o projeto.

    Como começamos o ano com aquela ofensiva midiática falsa sobre o Pix e a suposta queda de popularidade do presidente Lula e de seu governo — somado à falta de assunto no recesso legislativo e às férias pessoais de muitos parlamentares —, o PIG (Partido da Imprensa Golpista) inventou escândalos para manter a audiência interessada. Atacar o Lula sempre foi o esporte preferido da turma, ainda mais quando conseguem colar alguma coisa negativa, como tentaram com a farsa da “taxação do Pix”.

    Depois, tentaram seguir nos ataques com a pauta da anistia, insistindo por semanas que ela chegaria ao plenário da Câmara dos Deputados, sob pressão “irresistível” da oposição bolsonarista.

    Enquanto isso, a realidade mostrava outro cenário: manifestações esvaziadas, discursos sem eco, a política se acomodando com a posse dos novos presidentes das Casas Legislativas. Nenhuma evidência apontava para o sucesso da empreitada golpista — sem contar a ação demolidora do STF, que ainda tem muito poder para destruir o mito e seus acólitos nos próximos meses.

    A verdade é que a pauta da anistia só existia na cabeça dos bolsonaristas e na imprensa sempre disposta a boicotar as verdadeiras necessidades dos brasileiros. Em nenhum momento ela teve chance de vingar, como agora parece claro para todos.

    Os petistas souberam aproveitar o momento para manter a disputa acesa. A ascensão da liderança de Lindbergh Farias na Câmara tem exatamente esse objetivo: manter o enfrentamento em alta, ao contrário da estratégia anterior de diálogo, adotada por José Guimarães. Como entramos no período pré-eleitoral, a ordem agora é não levar desaforo para casa — e, de leve, manter a polarização, que favorece a posição do governo.

    Primeiro, porque o candidato deles perdeu a eleição. Segundo, porque nem candidato é mais e tampouco aponta um sucessor.

    O tempo está passando, e quem não percebe a dificuldade crescente dos extremistas — sem candidatos viáveis e os processos em andamento na Justiça —, não entende o desespero do PIG, que atira para todos os lados tentando poluir o ambiente com assuntos inexistentes, desviando o foco dos verdadeiros feitos da atual administração — que não são poucos.

    Nada de novo. Sempre a mesma ladainha, com resultados igualmente previsíveis: o Brasil segue seu caminho e Lula segue como favorito para 2026.

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  • “Até 70% da inflação dos alimentos no Brasil está atrelada ao dólar.”

    abril 25th, 2025

    E quem afirma isso é o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo.

    O que nos leva a perguntar: por que usar a Selic para combater uma inflação causada pelo dólar?

    A resposta está no fato de que, no Brasil, a Selic serve muito mais para manipular o câmbio do que para controlar o consumo ou a inflação real. As cotações do dólar aqui têm muito mais relação com os humores do mercado internacional e com a especulação do que com os fundamentos da economia formal.

    Ou seja, a Selic virou um instrumento a serviço do rentismo — é o aríete com o qual se invade o orçamento público e se leva um terço de toda a arrecadação nacional sem produzir nada, sem investir, sem correr risco. O risco é todo nosso: os que trabalham, pagam impostos e sustentam esse modelo fracassado.

    Hoje, poucos ainda subestimam a capacidade de ataques especulativos internos — sim, internos — de afetar o câmbio e desequilibrar a economia. Por isso, todo cuidado é pouco, ao menos dentro da lógica conceitual atual, que não apresenta novidades e não sinaliza mudança à vista.

    A troca de Campos Neto por Galípolo, até agora, verdade seja dita, não trouxe efeito concreto na orientação geral do Banco Central. É verdade que Galípolo não joga contra o país, não cria instabilidade, não se aproveita de crises para inflar expectativas negativas. Pelo contrário: trabalha a favor, evita que o câmbio dispare, lida com as tensões internacionais com sobriedade… mas sobe os juros — que, na minha visão, já estão insuportáveis, pouco mudou.

    A proposta recente de congelar o salário mínimo por seis anos não surgiu do nada. Ela está inserida nesse contexto de crescimento da dívida pública, impulsionado pelos juros altíssimos. A solução, para os rentistas e banqueiros, não é reequilibrar o jogo com uma Selic mais baixa, mas sacrificar tudo e todos para manter a dívida “sustentável” — o que, na prática, significa garantir que eles continuem lucrando, enquanto nós pagamos a conta.

    Estamos em uma sinuca de bico, e ela aponta para problemas em 2027, já no próximo mandato presidencial. As projeções indicam dificuldades para sustentar o atual arcabouço fiscal. E, para evitar qualquer mudança mais profunda — ou para barrar ideias novas — a proposta é simples: pegar o dinheiro dos aposentados e dos mais pobres para garantir o butim de sempre.

    Ainda estamos longe de uma solução para a Selic. E na próxima reunião do Copom, em maio, já se fala em mais 0,5% de alta. Depois disso, aí sim, talvez pare de subir. Previsão de queda? Só em 2026, quando a vaca já estiver atolada no brejo.

    Gostaria de dizer que nem quero pensar nisso, mas a verdade é que, tirando a reeleição de Lula — que me parece bem encaminhada — a questão mais urgente e importante do Brasil nos próximos anos é baixar essa taxa de juros para níveis civilizados e conter a sangria do orçamento.

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  • Cipó de aroeira.

    abril 24th, 2025

    O ex-presidente, fiel ao seu estilo, armou um circo para receber a intimação da oficial de justiça. Agora começam a contar os cinco dias de prazo para a entrega de sua defesa ao STF, na ação criminal por tentativa de golpe de Estado.

    Suas queixas por ter recebido a intimação em um hospital até podem ter lá suas razões — não fosse ele quem é, e não fosse esse o carma que ainda precisa acertar.

    Não foram poucas as pessoas incomodadas em suas fragilidades e intimidade quando dezenas de aloprados invadiram hospitais em plena pandemia de COVID, atendendo ao chamado do chefe?

    O atual prefeito de Vitória, no Espírito Santo, o delegado Lorenzo Pazolini, por exemplo, não se tornou conhecido no pleito anterior justamente por isso — invadir hospitais de doentes com o vírus? E, como ele, quantos outros estão por aí, cumprindo mandatos com esse tipo de currículo?

    Se não prescrevemos a prática e preferimos respeitar o doente e sua família nesse momento delicado, também não esquecemos com quem estamos tratando. O raciocínio do STF ao encaminhar a citação foi pertinente: o ex-presidente estava à vontade em eventos e reuniões políticas e, portanto, poderia sim receber a intimação sem maiores consequências.

    Agora, é aguardar as alegações da defesa, para conhecermos o tamanho dos delírios — e se ele vai negar tudo ou, a exemplo dos demais, amenizar os delitos.

    Lembrando que a fase agora é outra: se antes, para tentar evitar a abertura do processo, a melhor estratégia era amenizar, agora o alvo é tentar se safar.

    Vai tentar botar a culpa nos demais?

    Aposto que sim.

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  • STF torna réus segundo grupo de golpistas.

    abril 23rd, 2025

    Por unanimidade, 1ª Turma do STF decide tornar réus integrantes do ‘núcleo 2’ da trama golpista.

    🎯 Fernando de Sousa Oliveira
    🎯 Filipe Garcia Martins
    🎯 Marcelo Costa Câmara
    🎯 Mário Fernandes
    🎯Silvinei Vasques
    🎯 Marília Ferreira de Alencar

    O Procurador-Geral da República (PGR) dividiu os principais envolvidos na tentativa de golpe orquestrada por Jair Bolsonaro e generais em diferentes núcleos. Na primeira fase do julgamento, os líderes foram tornados réus. Agora, é a vez do segundo grupo, composto pelos responsáveis por operacionalizar as ordens, incluindo ações como as da Polícia Rodoviária Federal no Nordeste, que dificultaram o acesso de eleitores de Lula às urnas no dia da eleição.​

    O julgamento não trouxe novidades significativas, dada a robustez das provas apresentadas pela PGR. As defesas, em sua maioria, adotaram a estratégia de minimizar as penas, em vez de contestar os fatos.​

    Destaca-se a “minuta do golpe”, que circulou entre os membros desse grupo até chegar a Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes lembrou que o ex-presidente admitiu publicamente ter recebido o documento, o que compromete ainda mais os envolvidos. Conversas interceptadas pela Polícia Federal corroboram a existência de um plano detalhado.​

    Entre os réus, há responsáveis por planos extremos, como o assassinato do presidente eleito, seu vice e o próprio ministro Moraes. Um general, por exemplo, alegou que estava apenas “imaginando cenários”, mas as evidências indicam o contrário.​

    Caso condenados, os envolvidos podem enfrentar penas de até 46 anos de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada. ​

    A gravidade dos atos e a solidez das provas tornam esse julgamento um marco na defesa da democracia brasileira.​

  • Brasil registra a maior redução da desigualdade social em anos, aponta estudo da FGV

    abril 23rd, 2025

    ‘Renda do trabalho dos mais pobres cresceu 10,7% em 2024, ritmo 50% maior do que o verificado entre os mais ricos, que também cresceu cerca de 6%.

    Houve prosperidade do trabalhador brasileiro, com 7,1% de crescimento. E uma redução da desigualdade que vale por 2,9 pontos no índice Gini, o que fez com que o bem-estar dos brasileiros crescesse a 10,2%.’

    ( Estudo FGV social, Marcelo Neri)

    O mesmo pesquisador, Marcelo Neri, observando os mesmos critérios e fontes em 2018, obteve resultados exatamente opostos: com maior concentração de renda e aumento da pobreza.

    O que nos obriga a refletir sobre os motivos — e o porquê — de nossa imprensa não divulgar, com o devido destaque e importância, resultados tão expressivos como os mais recentes.

    A resposta está na chamada “última década”, o período da sequência Temer e Bolsonaro. Porque, atualmente, não se pode comparar nenhum índice social com o desastre da dupla, sendo necessário sempre buscar dados na década anterior para se ter resultados tão negativos quanto os daquele período.

    É exatamente o que estamos vendo acontecer na Argentina e nos EUA atualmente, quando desastres sociais e solavancos irresponsáveis na condução econômica são tratados como “ajustes” — sem jamais dizer em cima de quem esses ajustes são feitos. Os resultados são apresentados sem crítica, sem contexto, recheados de intenções e com quase nenhum número da economia real, que segue piorando.

    O estudo da Fundação Getúlio Vargas destaca a importância do colchão social do Bolsa Família, da inserção dos beneficiários no mercado de trabalho — hoje caminhando para o pleno emprego — e da melhora no nível educacional como pilares da elevação da renda nacional.

    Ou seja, exatamente tudo ao contrário do que a imprensa oligárquica e seus porta-vozes costumam pregar — como agora, por exemplo, ao propor seis anos de congelamento do salário mínimo. Ignorar as melhorias nas condições de vida faz parte da estratégia de apagar boas políticas.

    Eu sempre desafio a comparação de números. Aos poucos estamos retornando aos patamares da “década” e deixando o período Temer-Bolsonaro para trás — um período em que todos os indicadores sociais retrocederam, e que só agora voltam a apresentar resultados positivos.

    Mais do que isso: os avanços atingem todas as faixas de renda, com destaque para os mais pobres, que mostram os melhores números. E aqui está a questão central: o que importa é reduzir a desigualdade no país mais desigual do mundo.

    O resto é conversa fiada e proteção de privilégios.

    A propósito: as pesquisas de opinião sumiram — o que sugere uma melhora na aprovação do presidente Lula e de seu governo.

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  • Bolsonarismo católico.

    abril 22nd, 2025

    Nos atos bolsonaristas, o microfone é evangélico, mas a força mobilizadora vem dos católicos.

    Rodrigo Toniol 

    Professor de antropologia da UFRJ, membro da Academia Brasileira de Ciências

    Ao contrário do que muitos imaginam, o bolsonarista que vai às ruas não é majoritariamente evangélico, mas católico. Segundo dados do Monitor Político, desde 7 de setembro de 2021 até o ato do último domingo (16), nota-se uma tendência clara nas manifestações bolsonaristas: a presença católica supera a evangélica e se consolida ao longo dos anos.

    Em 2021, a divisão era quase equilibrada. No ano seguinte, os católicos já representavam metade do público, enquanto os evangélicos encolhiam para um quarto. Desde então, essa predominância católica se mantém. No ato recente em Copacaba, no Rio de Janeiro, os manifestantes eram 45% católicos e 31% evangélicos.

  • Jornalismo declaratório e a falta de vergonha.

    abril 21st, 2025

    Assistir ao embate do presidente norte-americano com o presidente do Banco Central é até divertido. Porque nos lembra da batalha que Lula precisou travar com o bolsonarista Campos Neto, no nosso próprio Banco Central — enquanto toda a imprensa tradicional, firme e unida, condenava a atitude legítima de um governo eleito, insatisfeito com a condução econômica herdada de uma administração fracassada e derrotada nas urnas.

    Agora, com Trump, a história é outra: a mesma imprensa simplesmente informa, sem emitir juízo de valor, sem avaliar, sem opinar — apenas repete as palavras do presidente norte-americano. E tudo bem.

    Por aqui, foi tratado como um escândalo nacional a simples crítica de Lula ao Banco Central. Como se questionar uma política suicida fosse sinal de autoritarismo. Tinha que engolir calado.

    E o exemplo vale para quase toda a política econômica que Trump tenta impor, principalmente no enterro da ordem neoliberal globalizante — aquela que os próprios EUA criaram, sustentaram e promoveram por décadas. Agora, abandonam essa mesma lógica simplesmente porque não serve mais aos seus interesses.

    E veja bem: Trump não está errado em querer recuperar a indústria norte-americana, perdida para os países asiáticos durante a era da globalização que eles mesmos fomentaram. O problema está na forma: sem planejamento, sem negociação, na marra, e sem critérios. E quem vai pagar a conta serão os próprios americanos: com inflação e queda da atividade econômica.

    Essa instabilidade já provoca reflexos. O FMI acaba de revisar para baixo o crescimento global, sem saber ao certo como ou quanto as novas tarifas vão impactar as economias.

    No fundo, Trump legitima com suas palavras críticas históricas da esquerda mundial, que sempre denunciaram o desmonte da indústria local, o desemprego e os efeitos nocivos de abrir mão da proteção à economia nacional. Aqui no Brasil, essa crítica foi varrida da imprensa por anos, especialmente pelo PSDB e seus porta-vozes: a Globo, a GloboNews, a CBN, com seus economistas de um único viés, analistas de uma só visão, editores e jornalistas com a missão de repetir o mantra da globalização. Décadas de um discurso que agora eles mesmos jogam no lixo — e, junto com ele, a relevância do PSDB e da própria Globo.

    O PSDB deve anunciar seu fim nas próximas semanas. A Globo, por sua vez, vai definhando a olhos vistos, perdendo espaço para as novas mídias e alternativas de comunicação — inclusive, muitas delas progressistas.

    E com isso, a era do jornalismo declaratório vai morrendo. Morre porque muitas vezes se limitou a repetir discursos sem análise. E, quando passou a criticar, perdeu o equilíbrio. A credibilidade se esvai. E já vai tarde.

    Há quem diga que entramos na era da “sem-vergonhice”. Se for verdade, devemos à velha imprensa o pioneirismo.

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