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Blog do Franco

  • Fechem os portões!!!

    junho 4th, 2025

    Essa moça tem uma característica curiosa: ela não consegue disfarçar e esconder as mais ocultas das intenções bolsonaristas.

    Quando ela saiu correndo atrás de um jornalista com uma arma, quando ela invadiu o sistema de controle do CNJ, quando ela conspirou com um hacker para desmoralizar as urnas — todos os seus movimentos espelhavam, de forma caricata e pública, os mesmos que a familícia e a tropa militar promoviam nas sombras.

    Sua fuga para a Europa, de onde não pretende voltar por sua própria vontade, é mais uma antecipação da vontade oculta de todos os demais acusados pela Justiça nesse momento. O que ela faz é mostrar o que todos os demais pretendem fazer assim que a condenação chegar, como foi o caso dela, condenada a 10 anos.

    Bolsonaro tem pronto seu pedido de prisão domiciliar por doenças, etc. Alguns outros, como o general Heleno, até pela idade, devem seguir — e, verdade seja dita, obter a prisão domiciliar. Não sem antes a condenação, bem entendido. O benefício tem critérios nem sempre justos, mas é o que a Justiça brasileira consegue contra os ricos e famosos.

    Zambelli, em seu exagero característico, exala a fúria bolsonarista em essência e nas iniciativas.

    Que a Justiça — e nós também — nos preparemos, porque quem puder, daquela turma, vai se mandar, e quem ficar vai atrás de benefícios como a domiciliar.

    É o que temos. E não deixa de ser inédito: os processos e as prováveis condenações de políticos e generais, dentro da nossa conturbada história, são um feito importante ao afastarmos essa gente de onde nunca deveriam ter chegado.

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  • Lula não ganhou, Bolsonaro que perdeu.

    junho 3rd, 2025

    Não usei a frase do título entre aspas porque ela foi recentemente usada por uma comentarista da GloboNews, mas não é dela, no sentido de autoria. Trata-se de uma ideia corriqueira entre viúvas de uma visão política do tipo PSDB — exatamente a da jornalista, que, não por acaso, tem Aécio Neves como padrinho de seu casamento.

    Frustrações à parte da jornalista, que aparentemente ficou sem opção de voto, uma vez que o padrinho virou pó e o partido está extinto, não tem o menor cabimento a afirmação, sob qualquer análise possível, em qualquer aspecto — inclusive na comparação das administrações Lula com FHC ou qualquer outro presidente do pós-ditadura. E nem antes, na minha opinião.

    Se a jornalista pensa em economia, os números atuais são cada vez melhores e seguem melhorando. Se é honestidade e transparência com a coisa pública, idem. Se é viés democrático e inclusivo, também. Se é por reconhecimento internacional, nem se compara com nada de antes.

    E, se pensa no Bolsonaro para falar de Lula e esquece da história de um e de outro, como se Lula fosse aquele rebotalho autoritário, incapaz e incompetente, que perdeu uma eleição legítima, apesar de tudo que fez… A comparação entre duas personalidades públicas tão dispares, que a jornalista é incapaz de avaliar, mostra o tipo de visão que a infeliz tem — e o quanto mal informados estão os milhões (se bem que em número cada vez menor) que assistem aos seus programas.

    De minha parte, me incomodou a frase, tamanha a leviandade e o total desconhecimento da história recente do país, que ela deveria, ao menos, conhecer.

    Para quem assiste, meus lamentos. Vocês merecem coisa muito melhor.

  • Estilo de negociação TACO.

    junho 3rd, 2025

    Em inglês: TACO trade. Ou, traduzindo, Trump Always Chickens Out, na nossa língua alguma coisa como Trump Amarela Sempre, corre da raia, por aí.

    E dessa vez não sou eu quem está falando, mas o jornal de negócios Financial Times, provavelmente cansado da confusão que o presidente norte-americano promove aparentemente por nada.

    Se a impressão geral sobre os recuos de Trump, depois de prometer o fim do mundo e coisas semelhantes, para os EUA e o mundo, para as pessoas e as empresas, o que se percebe agora é que a coisa vale para tudo mesmo, com a falação descontrolada seguindo sem nenhum objetivo claro ou estratégia, senão chocar e promover desordem social e econômica, onde o próximo capítulo seguramente estará nos índices econômicos e sociais sendo já apurados.

    A alegação de Trump para legitimar as suas ações é que venceu a eleição e continua a desfrutar de apoio popular. Também foi o caso de Mussolini, que afirmou que “a rigor, eu nem sequer era um ditador, porque meu poder de comando coincidia perfeitamente com a vontade do povo italiano de obedecer.”

    Sugerimos em posts anteriores que a estratégia não deveria alcançar resultados importantes. O exemplo de Elon Musk, que semana passada comunicou seu desligamento da administração Trump, depois de prometer economizar US$ 2 trilhões e não obter nem 10% disso — mesmo quase desmontando o serviço público federal e seus programas — deixa evidente o grau de compromisso com metas e propósitos. Isso porque as metas são irreais e os propósitos tão obscuros e enigmáticos que nem seus autores sabem exatamente quais são.

    E a eficácia junto aos parceiros de negócios e interesses dos EUA segue ladeira abaixo, com o adicional de que ninguém mais leva a sério o interlocutor alaranjado, mesmo sabendo o perigo que ele pode representar em termos de desarranjo e problemas globais.

    Até aqui, o TACO venceu.

    Vida longa ao TACO.

  • O sindicato dos politicos.

    junho 2nd, 2025

    Talvez pudéssemos sempre chamar assim as lideranças do nosso Congresso: dirigentes sindicais de interesse próprio em primeiro lugar e de todo o resto em segundo.

    Não estou sendo injusto, porque o pensamento dominante na política é a sobrevivência; mesmo os melhores precisam manter seu lugar nas disputas eleitorais periódicas para seguir fazendo seu trabalho.

    Me peguei pensando nisso nesses dias, porque, se a atuação de Lira e seu antecessor, o malfadado Eduardo Cunha, não deixavam dúvidas sobre suas intenções, o início de Motta segue na mesma direção. Sim, sem dúvidas ele procura distender a relação com o governo, evitar o confronto puro e simples, como estávamos nos acostumando a ver. Mas primeiro grita e depois conversa.

    No Senado, a coisa anda semelhante. Alcolumbre segue seu estilo conhecido, e que Pacheco manteve.

    Estamos falando tudo isso em função da discussão do IOF, quando as manifestações de Motta e Alcolumbre sugeriam um rompimento e medidas contrárias implacáveis. Aos poucos, a retórica — que servia para marcar posição e agradar a base sindical (no caso, os deputados e senadores das casas) — vai cedendo espaço para a negociação, e podemos esperar um acordo nos próximos dias.

    Haddad não precisa necessariamente do IOF; necessita de R$ 20 bilhões para recompor o caixa e cumprir a meta fiscal. De onde vai sair o dinheiro é que estamos descobrindo.

    Eu penso que o IOF de 2025 se mantém na base desejada e nas condições do decreto que provocou toda essa reação. Me parece que para 2026 é que a coisa não se sustenta, com o governo e o Congresso ou solucionando por agora, ou deixando mais à frente, serenados os ânimos e mantidas as condições para a meta do ano.

    Vida que segue.

  • Que rumo tomar?

    junho 2nd, 2025

    A economia brasileira apresentou novo crescimento expressivo em 2024, mais uma vez superando as previsões iniciais.

    Em 2024, o PIB cresceu 3,4%, após altas de 3,2% em 2023 e 3,0% em 2022.

    O crescimento foi bem maior nos últimos três anos do que nos anos imediatamente anteriores à pandemia.

    O PIB está 11% acima do nível em que estava no último trimestre de 2019, antes da pandemia, 8% acima do nível máximo atingido antes da pandemia (2014T1) e 1,5% acima da tendência de crescimento nos três anos antes da pandemia.

    Vendas de veículos novos atingiram, em novembro/24, o maior nível em cerca de cinco anos, na média móvel trimestral.

    Em fevereiro/25, o nível de utilização da capacidade instalada da construção civil atingiu o maior nível em dez anos.

    Volume de serviços e comércio próximos do maior nível registrado da série.

    A taxa de desemprego está no valor mínimo da série histórica.

    Entre set/20 e fev/25, a taxa de desemprego caiu de 15% para 6,4%, maior queda já registrada na série atual.

    A renda disponível das famílias cresceu 22% de dez/21 a dez/24, maior alta de 3 anos da série histórica.

    O crédito bancário como % do PIB está próximo dos maiores valores da história, ao redor de 55% do PIB.

    O crédito às famílias (livre e direcionado) aumentou de menos de 20% do PIB em 2008 para cerca de 35% recentemente.

    E o crédito ampliado às empresas (empréstimos, títulos de dívida e dívida externa) também está próximo ao máximo histórico.

    A concessão de crédito livre para PF (exceto cartão à vista) teve crescimento de quase R$ 14 bilhões de abr/23 a fev/25.

    No ano, o Real acumula valorização de 5,9% em relação ao dólar.

    Mais da metade das despesas dos empreendimentos rurais está ligada, em algum grau, ao câmbio. Dentro dos preços livres, alimentação no domicílio é o grupo mais impactado por uma depreciação cambial. Sendo que a inflação segue desancorada e acima do teto, mesmo com as taxas de juros na lua.

    Considerando a exposição resumida que mostra a exuberância da economia brasileira, está claro que ainda falta enquadrar a inflação de demanda, que, apesar de abaixo da cambial – que deve começar a cair gradativamente com o dólar mais comportado – ainda mostra força para subir 1% no primeiro trimestre, no limite do teto se projetada para o ano.

    A pergunta de um bilhão é: o que fazer, diante do cenário que mostra praticamente todos os setores nas máximas históricas e nosso Brasil ainda com quase tudo por fazer e melhorar?

    E nosso Banco Central já deu a resposta, desacelerando a economia e retirando expectativas de crescimento no curto prazo, cujos efeitos são esperados no segundo semestre.

    Se isso se confirmar, podemos esperar para breve a parada anunciada na elevação de mais juros na Selic e, depois, sim, a queda tão esperada, porque, uma vez alimentada, a expectativa de investimentos volta com força, operando aí – se tudo der certo – em um ambiente sadio e ancorado em inflação dentro da meta, ou quase, e permitindo um crescimento que, para vingar, precisa superar os limites históricos da nossa economia e abrir novos caminhos de prosperidade.

    Percebeu? Chegamos no topo e agora precisamos retomar o fôlego para avançar na caminhada.

    Vai dar certo.

  • IOF.

    maio 30th, 2025

    A polêmica da semana foi o decreto criando novas alíquotas e modificando todas as demais na cobrança do IOF, nosso imposto sobre operações financeiras.

    A novidade de incidir sobre aplicações no exterior não durou 24 horas, porque mexia no fluxo de dólar e não é hora de tratar desse assunto. Foi uma barbeirada tremenda, mas o recuo rápido foi inteligente. Quanto mais rápido se reconhece o erro, melhor — apesar de pegar muito mal.

    O anúncio veio no bojo do bloco de bloqueios no orçamento para cumprir a meta fiscal de déficit zero, ou até 0,25% do PIB. Incluíram o novo IOF para ajudar com R$ 20 bilhões este ano.

    Como tudo que ocorre nessa estação, a gritaria foi geral. O Congresso ameaça devolver o decreto — coisa inédita — e as negociações estão abertas, as usual.

    Vamos ignorar a retórica padrão da negociação política e tentar entender aonde podemos chegar, porque nas entrelinhas da disputa há alguns movimentos dos principais interessados.

    O Congresso deu 10 dias para o governo apresentar uma outra solução sem mudança do IOF, que seja estruturante — nas palavras do presidente Hugo Motta.

    Haddad saiu da reunião com Motta e Alcolumbre reafirmando a incidência do novo IOF, mas deixou uma porta aberta para 2026, assumindo a premente necessidade de R$ 20 bilhões em 2025 para assegurar o cumprimento da meta fiscal. Ontem, no Paraná, reafirmou a disposição de manter o decreto e cobrou responsabilidade e compromisso de todas as instituições.

    Por acaso — ou não — ontem o STF voltou a julgar um processo sobre cobrança de CIDE, e encaminha um resultado, ainda em votação, de resguardar ao Executivo a iniciativa de mudanças tributárias que respeitem as regras. Ou seja, para garantir estabilidade e previsibilidade — que foram palavras empregadas no julgamento de ontem — o STF vai apoiar o governo nas suas prerrogativas de administrar, sobretudo para cumprir a sagrada meta fiscal. Se foi um recado, saberemos. Porque, entre outras coisas, Haddad avisou que, se for o caso, vai judicializar a cobrança do IOF, que já está em vigor. E, como ele parece precisar mais no curto prazo, uma disputa no STF pode ser suficiente para garantir seus objetivos.

    O balcão está sempre aberto para negociações e vamos acompanhar a evolução de mais uma.

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  • Filipenses 3,1.

    maio 29th, 2025

    ¹ Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós.

    Filipenses 3:1

    Me socorro da sabedoria Paulina para escrever esse post, porque, se estamos novamente disputando a correção das medidas econômicas do governo, com alguns dos nossos assumindo a posição daqueles que boicotam, torcem e distorcem a realidade ao focar em um ponto negativo para esconder os resultados extraordinários, é preciso repetir, repetir e mostrar os números. Eles são a única referência válida, acima de opiniões e cenários negativos que nunca acontecem, senão nos desejos lúgubres e interesseiros dos de sempre.

    Ontem saiu o CAGED de abril, reafirmando o crescimento de nossa economia no seu aspecto mais relevante, com crescimento dos empregados com carteira assinada e melhoria dos salários médios. Na nota que acompanha o informe, ficamos sabendo que todas as regiões do Brasil tiveram aumento de empregados formais, e em todos os setores que são acompanhados no levantamento estatístico oficial. Com destaque para o setor de serviços, o carro-chefe do PIB, e mais uma vez batendo o recorde do mês nos registros históricos do CAGED.

    Levando em consideração que amanhã vamos conhecer o crescimento oficial do PIB do primeiro trimestre, alguma coisa de 1,5% apontando para anual de quase 4,5%, e que o mês de abril — batendo todos os recordes de admissão de novos empregos formais — não entrou nesse cálculo de amanhã, podemos afirmar que o segundo trimestre começou muito forte, o primeiro semestre então está ganho, e as expectativas de crescimento serão todas reavaliadas brevemente para espelhar essa realidade. E não desejos, não mentiras e previsões falsas, não cortina de fumaça — e sim a constatação pura e simples, e numérica, da realidade.

    Que não é nova: a década — como chamam nosso Lula para não falar seu nome — segue repetindo seus números anteriores, e acho até que com muito mais equilíbrio e conhecimento, por sua agora vasta, provada e aprovada experiência, cercado de ministros igualmente provados e que fazem seu trabalho extraordinário parecer simples, quando mostram repetidamente resultados extraordinários como se fossem corriqueiros.

    Não são, nunca foram, e dependemos deles para assim continuarmos.

    Por isso me mantenho nos temas, mostro e destaco os números que importam, não deixo de lado a questão dos juros, mas sem negar os resultados da atual política e seus objetivos de fazer a inflação ir para a meta e deslanchar em 2026 rumo à reeleição que marcará o enterro de uma espécie de fascismo no Brasil, restando o restolho para ser administrado e desaparecido o mais rápido possível.

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  • Virando a página dos juros?

    maio 28th, 2025

    Vocês são testemunhas do quanto combati a alta seguida de juros no Brasil, iniciadas ainda na administração do Banco Central nas mãos do bolsonarista Campos Neto e mantida integralmente com o atual presidente Gabriel Galípolo.

    Durante todo esse tempo, minha crítica não foi somente na falta de imaginação no combate à inflação do câmbio — a meu ver, a maior responsável pela inflação atual — porque o efeito sobre o dinamismo da economia era perigoso e poderia afetar nosso crescimento e arrecadação, níveis de emprego e renda, enfim, toda a cadeia de virtudes acumuladas nos dois primeiros anos do atual mandato do Lula. E um risco para sua reeleição contra os fascistas em 2026.

    Pois bem, apesar de tudo e até contra a vontade manifesta do BC— porque a privada a gente não sabe — a economia brasileira resistiu aos seguidos aumentos dos juros e o câmbio está reequilibrado, sobrevivendo às turbulências das maluquices dos EUA de Trump, e assim nossa inflação acompanha o movimento e também se mantém equilibrada, ambos com tendência de queda.

    Subitamente, após conhecermos o IPCA-15 de maio, comportado e abaixo das expectativas de números mais elevados, e melhor, com aumentos concentrados em energia e medicamentos que não se repetem, com os demais itens apurados mais comportados e em queda.

    E depois desse aumento do IOF, ainda sendo discutido no Congresso, ficamos sabendo de mais um instrumento de ajuste fiscal que pode trazer mais benefícios além de ajudar na arrecadação: substitui o aumento da Selic sem aumentar a dívida pública. Sim é restritivo, mas se a intenção é essa me parece menos danoso que juros.

    E esse tipo de medidas, digamos, fora da caixa, que estava tanto clamando. Não é possível que somente juros e mais juros sejam capazes de segurar câmbio e inflação no Brasil.

    Volto a pensar nos contratos indexados, a cobrança de impostos, aluguéis, etc… tudo indexado no Brasil e, em algum momento, vamos precisar tratar disso.

    E, me parece, que o pior passou. A curva de juros futuros estacionou e está em queda, a inflação acomodando para 5% ao ano, talvez menos, câmbio entre 5,6 e 5,7, PIB sendo revisado para cima e economia funcionando sem pressões e reagindo a tudo positivamente.

    Então, o Banco Central está passando na prova. Se de fato as previsões vingarem como os novos humores indicam, podemos entrar 2026 com tudo alinhado — inclusive para a queda das taxas de juros. O que daria a Galípolo a razão de ter aguentado até aqui todas as críticas. Mas, mantenho aquelas que cobram outros instrumentos no combate à inflação, senão através dos juros. Mas vamos ver como segue o ano e o próximo. De certa forma, a coisa mudou de lado e podemos estar próximos de uma virada positiva.

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  • Tiro no pé.

    maio 27th, 2025

    É o nome técnico usado para descrever a sequência de declarações e iniciativas do deputado Eduardo Bolsonaro junto a autoridades norte-americanas, no sentido de obter dos aloprados do norte sanções pessoais contra um ministro da nossa Suprema Corte de Justiça, possivelmente incluindo alguns familiares, tudo para pressionar e constranger a autoridade no exercício de suas funções constitucionais no julgamento do pai, acusado de inúmeros e graves crimes.

    Exatamente esse tipo de constrangimento contra um magistrado durante um julgamento é enquadrado como crime e, no caso específico de deputado, conspirar com um país estrangeiro agrava o delito.

    Eduardo possivelmente sabe de tudo isso e, como é ainda deputado licenciado, percebeu que manter essa posição piora o quadro, porque não pode um deputado tentar jogar um país estrangeiro contra o seu, e disse pensar em abrir mão do mandato. Não muda nada, uma vez que o crime já foi cometido e provocou declarações públicas do vice-presidente dos EUA, Vance, quem anunciou as tratativas internas para as prováveis sanções contra o ministro Moraes.

    Tudo seria ridículo — e, de fato, é — não fossem os EUA um parceiro econômico importante e uma potência militar, trazendo ao quadro uma possível e inevitável resposta do nosso governo, no caso de efetivadas as sanções ao ministro. Escalada de tensões que nosso governo até aqui conseguiu evitar na relação sempre tumultuada com o atual governo dos EUA, que procura manter com todos os países relações estressadas, seja através de ameaças de invasão, aumento de tarifas e absurdos seguidos de mais absurdos mundo afora.

    Conseguimos nos manter fora do radar dos aloprados do norte até aqui, e no caso em questão é impossível ignorar um ataque a uma instituição e a um servidor de tamanha relevância nesse momento especialmente importante. E mesmo sendo inócuas as sanções ao ministro, não ficarão sem resposta — e isso não é bom, mesmo que inevitável.

    Quanto a Eduardo, entrou pelo cano e seu crime não tem defesa, com condenação líquida e certa em curto prazo de tempo. E ainda arrasta o pai para mais um crime, sendo ele o beneficiário das presepadas do filho e quem o sustenta, como publicamente admitiu.

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  • O gato, o rato — e vice-versa.

    maio 26th, 2025

    Cada analista prevê uma data para a prisão do Bolsonaro. Se no início do trabalho do PGR se falava em meados de 2026, até alguns meses avançando no ano, agora sugerem – ou desejam? – o mês de julho próximo como provável.

    Não faço ideia. A certeza da condenação está dada, o prazo depende de muitas variáveis.

    Mas, enquanto o centro e a imprensa partidária opositora torcem desesperadamente pela conclusão do julgamento, a movimentação dos pretensos herdeiros do bolsonarismo se agita, e Tarcísio parece estar fazendo sua aposta mais ousada até aqui ao aparecer em encontro público onde se formalizou a filiação do seu secretário Derrite no PSD – e não no PL! – e se falou de tudo, menos no Bolsonaro, na ocasião.

    Estivemos até aqui assistindo a um vai e vem na presença de Tarcísio: ora afirmando ser candidato à reeleição, ora jurando lealdade ao chefe, ora sugerindo fim de sua carreira política após mais um termo no governo de São Paulo – e agora essa aparição mais, digamos, destemida.

    Não tínhamos muitas dúvidas com relação a 2026. Os nomes de Caiado e Ratinho estarão na disputa, Zema talvez tentando a vice de alguém, um Bolsonaro na chapa – mas mais provável de vice. E se o nome de Tarcísio me parecia duvidoso, ao menos ele vai tentar emplacar seu nome até o prazo final, e, se até aqui ele preferia andar na sombra temendo perder o apoio do chefe, aos poucos insinua que, daqui em diante, pretende mostrar que o chefe e ele têm mútuos interesses, com a tendência da força do governador crescer e do presidiário diminuir, invertendo o jogo das influências.

    Nesse jogo do governador Tarcísio e do ex-presidente Bolsonaro, está cada vez mais difícil saber quem é o gato e quem é o rato, e quem caça quem. Talvez porque as posições mudam, e eles mesmos parecem se perder nos personagens.

    O temor de Tarcísio é ser abandonado pelo chefe, de humor sabidamente inconstante, e ficar pelo caminho. Ele sabe que ganhar do Lula, nas máximas condições disponíveis, já é uma tarefa indigesta. Perder o apoio dos extremistas será, para ele, fatal. Por isso, tantos cuidados.

    A presepada do Temer e dos governadores sonhando em disputar a presidência, é para fazer a bancada – e olhe lá – e quem sabe forçar um segundo turno e negociar, ponto.

    Tarcísio me parece com dúvidas sinceras, mas vai sendo cada vez mais engolido pelos interesses e pode acabar arriscando a sorte na candidatura presidencial, mesmo a contragosto. E a nova aposta dos grupos de pressão interessados na sua candidatura parece menos preocupada em desagradar o bolsonarismo, talvez imaginando não restar outro barco para a turma extremista na reta final, obrigando uma composição forçada entre todos eles. Pode até ser – não fosse o chefe um aloprado que não confia em nada além do espelho e pode pôr tudo a perder escolhendo seu candidato entre um de seus parentes, sem negociar.

    De sua parte, sabe que vender a anistia fará parte do roteiro de qualquer um deles – e tanto faz quem levará essa bandeira adiante, porque todos tentarão pescar nas mesmas águas.

    Então, o jogo momentâneo entre eles está armado e quase todos querem o desfecho o mais rápido possível – menos o Bolsonaro – para colocarem os blocos nas ruas.

    (Para perder, bem entendido.)

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