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Blog do Franco

  • A escolha de Tarcísio .

    fevereiro 3rd, 2025

    O presidente do partido Republicanos, Marcos Pereira, abriu o jogo em entrevista quando confirmou decisão majoritária para que Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, opte por concorrer à reeleição e não para enfrentar o presidente Lula em 2026.

    Tarcísio é o principal nome da oposição para a disputa e sua decisão – a meu ver definitiva – deixa a direita órfã de nomes competitivos para ganhar a presidência.

    Para disputar, puxar votos e segurar bancada numérica, aí é outra história e por isso testam nomes de Eduardo e Michelle, ambos de sobrenome Bolsonaro, e, imaginam, é o suficiente para entregar o mínimo necessário.

    Está claro que ganhar não vai, se o próprio Bolsonaro, com a caneta na mão, pereceu, sem a caneta e a utilização criminosa das instituições e dos recursos públicos, tudo ilegalmente, suas chances são ainda menores.

    Mas a direita não tem outro nome, mas tem sobrenome para puxar os votos e manter presença parlamentar suficiente para esperar 2030, quando sem Lula certamente o nome do Tarcísio terá mais presença nacional e a vitrine do governo de SP no currículo para tentar conseguir vencer.

    A imprensa nacional e os donos dos dinheiros seguem na saga da busca pelo centro, a terceira via que supostamente existiu durante o mandato de FHC. Na impossibilidade de achar, com o centro político esvaziado e sem perspectivas, ficam perdidos enquanto iniciam o ano forçando a mão para cima do governo porque na dúvida são sempre contra. O alvo é sempre planejado no curto prazo, dessa vez a sonhada reforma ministerial, pensando no médio e longo prazo o fracasso do governo.

    Estamos nessa desde 2002 e ainda não aprenderam que o centro democrático no Brasil é Lula e o PT.

    Então ficamos avisados: não teremos Tarcísio candidato ao planalto em 2026, mas teremos um Bolsonaro para perder.

    Aliás, acabou de sair pesquisa confirmando o cenário….para desespero de muitos.

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  • A guerra das tarifas.

    fevereiro 3rd, 2025

    Estamos todos cientes da imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados pelos EUA do México e Canadá, e 10% sobre os chineses. A escolha dos três países não foi por acaso: são os três com quem os EUA têm os maiores déficits comerciais. O Brasil, nessa questão, está “ok” com um empate entre importação e exportação em US$ 40 bilhões anuais, com saldo zero quase redondo.

    As tarifas começam a valer em 10 dias, mas sobre os produtos canadenses parece incidir somente sobre combustíveis. Mesmo assim, o Canadá já retrucou com uma lista de produtos norte-americanos e, internamente, a população parece reagir e inicia boicote de produtos dos EUA.

    A taxação dos produtos mexicanos foi linear, e o presidente mexicano fez apelos por diálogo e prometeu anunciar um inquérito, que chamou de “Plano B”, hoje de manhã.

    Sobre os produtos chineses, a resposta vem através de processo na OMC, cada vez mais esvaziada.

    As ameaças sobre os BRICS, se continuarem no processo de substituição do dólar, e sobre a zona do euro foram repetidas recentemente, e os mercados estão abrindo nessa segunda-feira em queda e o dólar em alta, refletindo o ciclo anterior, mas deixado de lado porque ninguém acreditava nos discursos e os mercados começavam a voltar ao normal.

    Já se falam em queda de 3 a 4% nos PIBs de México e Canadá, mas, condenada a guerra comercial, a queda tende a se espalhar, sem ainda previsão.

    Portanto, as notícias nesta manhã de segunda-feira não são as melhores e vamos ver como o mercado no Brasil vai reagir, sobretudo o dólar, que vinha em trajetória de queda.

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  • Pule de dez.

    janeiro 31st, 2025

    Segundo avaliação do atual líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães, a possibilidade de Hugo Mota vencer a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados é de 100%.

    E ele não está sendo otimista.

    Essa é a realidade pós-impeachment de Dilma, pós-governo golpista de Temer e pós-desgoverno fascista/preguiçoso de Bolsonaro: todo cuidado nas escolhas é pouco.

    As negociações que garantiram essa ampla vantagem deixaram pistas a serem observadas nos próximos meses. E não são difíceis de identificar — basta analisar a composição da nova Mesa Diretora, os presidentes das comissões e os acordos feitos. Já se sabe que o PL terá dois cargos e o PT também, conforme o tamanho de suas bancadas, algo que Lira ignorou em sua gestão.

    Resta saber como Hugo Mota lidará com a tentativa de levar ao plenário a ilegal anistia dos vândalos golpistas de 08/01, já que tanto o PL quanto o PT mencionaram o tema — obviamente em sentidos opostos — e ambos votam fechados com Mota. Guimarães enfatiza a importância da firmeza na defesa da democracia nas composições em andamento.

    No Senado, Alcolumbre volta à presidência.

    Mas a PF já ronda os calcanhares do senador, e ele pode enfrentar problemas mais adiante. Não na eleição — essa está garantida. São os tempos em que vivemos.

    Era diferente antes?

    O que se espera da Câmara e do Senado é mais do mesmo, sem soluções de curto ou longo prazo.

    Mas, como a pauta do governo já foi bastante esgotada, restando apenas a segunda parte da reforma fiscal — a parte referente à renda —, esse será o grande assunto por meses, ocupando os parlamentares. Enquanto isso, a ala bolsonarista segue sem rumo e sem líder, tentando criar um nome competitivo para 2026.

    No mais, a briga será pela liberação de emendas, com a sombra de Dino nos calcanhares do Congresso e a questão da transparência, que, a meu ver, é inegociável. Algum acordo virá, certamente em termos mais aceitáveis, reduzindo a pulverização dos recursos. É o que se tentará.

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  • Quase lá, 2026 é ali.

    janeiro 31st, 2025

    O presidente Lula inaugurou um novo formato de comunicação, mais próximo do estilo do ex-presidente mexicano López Obrador – mantido por sua sucessora, Claudia – de conceder coletivas frequentes, ou, no nosso caso, de vez em quando.

    Foi o que aconteceu na coletiva de ontem, quando Lula fez um rápido pronunciamento e, em seguida, respondeu com seu usual bom humor às perguntas dos jornalistas de todas as matizes presentes.

    Segundo o novo ministro das Comunicações, o publicitário Sidônio, Lula é um “ motor de conteúdo”.

    É preciso destacar dois pontos.

    Primeiro, ainda não há uma avaliação precisa sobre o impacto da ausência física do presidente no dia a dia – consequência da sua queda e das limitações que enfrentou – na redução de sua popularidade. Tivemos o episódio das fake news sobre o Pix, e, sem a voz do presidente para responder de imediato, as mentiras ganharam proporções muito maiores.

    Segundo, a eficácia desse tipo de ação ficou evidente. Ontem, não se falou de outra coisa. As respostas de Lula preencheram todas as pautas e colocaram cada comentário e pergunta no seu devido contexto. Quando questionado sobre a declaração de Kassab de que ele não venceria uma eleição se ela ocorresse hoje, respondeu que, como a eleição não é hoje, não há motivo para preocupação. Sobre o déficit fiscal, foi direto: “Não há déficit, porque foi zero” – exatamente como Haddad anunciou ao longo do ano, apesar da descrença de muitos.

    Quanto à candidatura em 2026, Lula disse que ainda é cedo para definir, mas, ao longo das respostas, deixou escapar sinais sobre com quem quer contar, de que maneira e como se sente jovial, “com 30 anos e cada vez mais bonito”.

    Ele não estabeleceu uma agenda fixa para os próximos encontros, apenas informou que serão mais frequentes. No México, Obrador fazia isso quase diariamente. No Brasil, talvez isso fosse um exagero – mas, quanto mais, melhor.

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  • O primeiro Copom a gente não esquece.

    janeiro 30th, 2025

    Este, entretanto, é para esquecer, pois o aumento de 1% já estava previsto e a atual diretoria do Banco Central acabou de assumir, sem tempo hábil para alinhar expectativas e desenhar seus próprios cenários.

    No entanto, para quem sabe ler nas entrelinhas, algumas pistas foram deixadas, indicando uma possível mudança futura. Isso significa que os juros podem subir menos do que o previsto na armadilha deixada pelo ex-presidente do BC, Campos Neto.

    A sutil mudança nas palavras incluiu a possibilidade de “avaliar”, em vez de simplesmente “comunicar” que os juros subirão.

    É um pouco desconfortável ficar nesse jogo de palavras, mas, nesse mundo de espetáculos, é bom estarmos preparados para esse tipo de estratégia – inclusive onde menos seria recomendável.

    Ainda assim, deixaram a porta aberta para uma mudança. Se a atual trajetória de queda do dólar se mantiver, o preço do petróleo continuar caindo e a previsão de uma safra mais abundante em 2025 se confirmar, reduzindo o custo dos alimentos, sem dúvidas teremos uma postura mais branda do Banco Central já em março. E, na terceira reunião, em maio, as condições estarão dadas para iniciar a tão esperada redução da taxa de juros, permitindo que o Brasil volte a crescer.

    É um cenário ideal? Sim, reconheço. Mas é importante notar que, diariamente, o novo Banco Central tem ofertado dólares ao mercado – algo que faltou no passado para evitar que chegássemos a um patamar tão desfavorável no câmbio. E essa é exatamente a medida necessária para quem pretende reverter essa situação.

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  • Campo de concentração de Trump .

    janeiro 30th, 2025

    Nesta semana, homenageamos as vítimas do Holocausto judeu provocado pelos nazistas da Alemanha, relembrando os 80 anos da libertação do terrível campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.

    Alguns aspectos atuais merecem atenção.

    Primeiro, todas as principais lideranças mundiais se reuniram no local para esse importante encontro – mas sem a presença dos russos, justamente aqueles que derrotaram os nazistas, libertaram os prisioneiros sobreviventes de Auschwitz e, na sequência, chegaram a Berlim, onde encontraram Hitler morto. A ausência da Rússia é um sintoma claro dos tempos atuais, agravado por imagens perturbadoras, como a projeção de Elon Musk nas paredes de uma das antigas fábricas do campo, repetindo o gesto de saudação nazista. Isso simboliza o espírito ou a intenção de alguns neste tempo conturbado.

    Agora, Trump anuncia a criação de um campo de concentração em Guantánamo para 30 mil prisioneiros, revivendo práticas há muito banidas da história moderna. Um novo fascismo norte-americano parece se desenhar, para o desespero de todos nós.

    Até onde querem chegar?

    Até onde puderem.

    Certamente irão longe, mas não o suficiente. Acreditem.

    Uma crescente e irresistível reação começa a surgir logo nos primeiros momentos desse novo autoritarismo. A Europa, que conhece bem essa ameaça, já desperta, com a Dinamarca liderando um posicionamento conjunto contra as investidas de Trump na Groenlândia. Na América Latina, a resistência também cresce: Petro na Colômbia, Claudia no México e Lula no Brasil trabalham para fortalecer a união regional – com exceção da Argentina, onde Milei segue com seu espetáculo vazio.

    Até agora, nada de útil ou efetivo surgiu do novo governo Trump. Apenas agressões contra imigrantes – e até isso soa como bravata arrogante, criminosa e contraproducente para os próprios interesses dos EUA.

    Isso não vai durar. Ele usará a retórica para negociar.

    Sabemos que a doutrina do choque do fascismo funciona assim: anunciam o apocalipse para depois impor medidas menos agressivas – mas igualmente nocivas – como se fossem concessões. Não enganam mais ninguém. Vencem na base da mentira, até que a perna curta se revele.

    Até lá, será um período difícil, sofrido, talvez até terrível – como foi a condução da pandemia pelo nosso próprio fascista, Bolsonaro. Mas passará. Para quem sobrevive, passará. Para as vítimas, o único consolo será o julgamento da história.

    E ele virá. Como veio para os nazistas.

    Porque, como mostra a foto que ilustra este post, sem a nossa cumplicidade, eles não conseguem nada.

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  • 666 e 6!!

    janeiro 29th, 2025

    Supondo que existam 10 milhões de imigrantes ilegais nos EUA, conforme estimativas divulgadas, e considerando a atual meta de deportação diária de 1.500 pessoas – imposta pelo tirano que ocupa o trono –, seriam necessários 6.666 dias para concluir essa missão de “expurgo” dos chamados invasores.

    Ou seja, Trump conseguiu superar até a simbologia da Besta do Apocalipse de João. Precisaram acrescentar mais um “6” para ele. Fica a dica.

    Até agora, suas duas principais políticas anunciadas são: investir bilhões em inteligência artificial e deportar imigrantes. Em outras palavras, duas furadas. A primeira, os chineses já dominaram. A segunda, além de politicamente questionável, é matematicamente impossível de cumprir.

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  • O Palhaço.

    janeiro 29th, 2025

    O presidente argentino Javier Milei, tão celebrado por certos setores da imprensa brasileira, segue sua gestão em meio a uma inflação de 120% em 2024 e a um país economicamente fragilizado. Apesar de um superávit comercial inédito em décadas, todo o saldo foi utilizado para segurar artificialmente o câmbio e conter ainda mais inflação.

    Mesmo diante desses resultados duvidosos, a admiração por Milei continua forte entre seus apoiadores locais e internacionais. Agora, o presidente anunciou a construção de muros nas fronteiras da Argentina com Bolívia e Brasil.

    É incerto quantos bolivianos de fato têm interesse em migrar para a Argentina, mas para os brasileiros o país já não é tão atrativo. Antes, estudantes brasileiros se beneficiavam do menor custo de vida e do acesso a universidades argentinas, mas essa realidade vem mudando. O modelo de controle cambial adotado por Milei e seu ministro da Economia, Luis Caputo, elevou drasticamente o custo de vida em dólares, tornando a Argentina um destino caro – especialmente para brasileiros, que enfrentaram uma valorização constante do dólar ao longo de 2024.

    A construção desses muros não passa de mais uma manobra midiática, parte de uma sequência de medidas espetaculosas que pouco impactam os reais desafios econômicos do país, mas servem para manter parte da opinião pública distraída e mobilizada.

    Enquanto isso, a Argentina segue atolada em dificuldades, e um ano de governo já se passou. O cenário econômico do país vizinho continua deteriorado, sem perspectivas claras de recuperação sustentada.

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  • Mais 1% e fecha a conta.

    janeiro 28th, 2025

    A Primeira Reunião do Ano no Banco Central: Expectativas e Contexto Econômico

    Começa hoje a primeira reunião do ano do Banco Central, também a primeira sob a liderança de uma maioria de diretores escolhidos pelo atual governo, incluindo o presidente da instituição.

    A expectativa geral é unânime: um aumento de 1% na taxa Selic, a ser anunciado nesta quarta-feira, ao término da reunião. Essa previsão já havia sido sinalizada na reunião anterior, ainda sob o comando de Campos Neto, com a maioria dos diretores nomeados pelo governo anterior.

    No entanto, o cenário mudou significativamente desde dezembro. Apesar do curto intervalo entre as reuniões – um período insuficiente para decisões de política econômica –, algumas mudanças globais começaram a se consolidar, especialmente após o início do governo Trump, que provocou instabilidades consideráveis na economia mundial.

    Na reunião de dezembro, com um clima de retórica sobre um suposto “desequilíbrio fiscal”, projetou-se uma sequência de três aumentos na Selic: o primeiro implementado em dezembro, o segundo aguardado agora, em janeiro, e o terceiro, previsto para março. Porém, o alardeado desequilíbrio fiscal perdeu relevância, e a narrativa atual foca em “descontrole inflacionário”. Assim como a narrativa anterior, essa também parece exagerada diante dos dados recentes.

    Sinais Econômicos

    Apesar da necessidade de decisões prudentes e ancoradas em análises de longo prazo, os dados mais recentes indicam que a inflação está em queda, não em alta – muito menos de forma relevante:

    • O IPCA-15 mais recente foi de 0,11%, o menor índice registrado em 30 anos.
    • Trump, ao assumir, pressionou pelo aumento da produção de petróleo nos EUA e por ações que levem à queda do preço dos combustíveis globais.
    • Os preços de commodities globais têm caído, possivelmente influenciados por ameaças de tarifas e incertezas no comércio internacional.
    • O dólar – um dos principais fatores de pressão inflacionária recente no Brasil – tem mostrado um movimento de desvalorização nas últimas semanas.

    Além disso, Trump exigiu que o Federal Reserve (FED) dos EUA comece a reduzir as taxas de juros de forma imediata e sugeriu que bancos centrais ao redor do mundo façam o mesmo.

    Dessa forma, das principais variáveis que influenciam a inflação, resta avaliar a atividade econômica atual no Brasil, que não parece estar pressionando: há indicações de desaceleração, embora ainda seja necessário confirmar o tamanho desse impacto.

    Próximos Passos

    É altamente provável que o aumento de 1% na Selic seja anunciado amanhã. Essa decisão já foi amplamente precificada pelo mercado, como dizem os economistas. Contudo, para a reunião de março, mesmo com o anúncio anterior de novos ajustes, parece cada vez mais improvável que outro aumento seja realizado.

    O mundo está em meio a transformações significativas, e o contexto brasileiro reflete isso. A valorização do dólar, por exemplo, só deve ocorrer caso Trump adote políticas de juros altos ou implemente as ameaças de tarifas mais elevadas. Contudo, as chances de alta nos juros nos EUA são baixas, enquanto as ameaças tarifárias cada vez mais parecem retórica inflamada para abrir negociações – um estilo típico de Trump.

    Em dezembro, a cautela podia justificar um aumento de juros e a projeção de novos ajustes. Hoje, o cenário é bem diferente. Mais prudente seria a moderação na condução da política monetária, preservando um ambiente favorável para a economia e evitando que juros elevados comprometam a trajetória fiscal e da dívida pública.

    O desafio está posto. Aguardemos, então, o anúncio da decisão e, principalmente, a ata da reunião, que definirá os rumos do Banco Central daqui em diante.

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  • No Olho do Furacão: Tecnologia e Modelos de Desenvolvimento em Disputa

    janeiro 27th, 2025

    Estamos no olho do furacão, com a bolsa de valores Nasdaq, referência para negociações de ações de empresas de tecnologia nos EUA, despencando hoje.

    O motivo? A notícia de que a China desenvolveu uma tecnologia equivalente à norte-americana. Não estamos falando de desempenho ainda, pois é cedo para avaliações completas, mas sim do custo de produção: na China, produzir é uma fração do custo norte-americano – cerca de 1/10, para ser mais preciso.

    É evidente que esse cenário é devastador para as empresas e investidores dos EUA. Mas esse episódio provoca uma reflexão mais profunda: estamos vivenciando um embate direto entre dois modelos de desenvolvimento.

    De um lado, temos o custo real de produção da China; do outro, o modelo norte-americano, que busca o lucro máximo explorando novas frentes tecnológicas. Historicamente, o modelo americano esteve protegido por sua superioridade econômica e pelo sucesso global. Mas agora, com a China caminhando para ser – se é que já não é – a maior potência econômica mundial, o equilíbrio começa a mudar.

    Há algumas décadas, o contraponto ao modelo capitalista era o modelo comunista soviético, sustentado em condições que dificultavam sua verdadeira compreensão no Ocidente. As notícias que chegavam eram sempre retratos da miséria russa, muitas vezes reforçadas por imagens em preto e branco e narrativas negativas. Assim, o modelo soviético naufragou, deixando pouco a ser defendido.

    A China, entretanto, percorreu um caminho diferente. Ao mesclar elementos do socialismo com práticas econômicas abertas e agressivas, criou um modelo que rivaliza diretamente com o ocidental. E agora, pela primeira vez, assistimos ao confronto de dois paradigmas: o modelo de desenvolvimento com foco no custo real (socialista) versus o modelo do lucro máximo (capitalista).

    Esse embate pode ser decisivo para as próximas décadas. A Nasdaq, com os investidores em fuga, já reflete as apostas que estão sendo feitas enquanto vivemos esse momento histórico.

    Faça suas apostas, os investidores da Nasdaq estão fazendo isso agora.

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