Nosso presidente Lula vai iniciar sua campanha para reeleição em 2026 no próximo mês, quando informou retorno às viagens pelo Brasil e dedicação maior à política.
É cada vez mais raro, para não dizer quase exclusivo, quando um político, no caso um dos verdadeiros, anuncia sua disposição para exercício de sua principal tarefa.
Sim, porque conversar e encontrar caminhos e propósitos comuns, viáveis e indispensáveis, é a tarefa da política quando exercida sem peias e disfarces.
No caso, a disposição é necessário porque enquanto os adversários tentam encontrar substituto para o Bolsonaro a caminho da cadeia, talvez Tarcísio, seguramente com algum Bolsonaro a reboque, o governo não tem esse dilema e pode, a partir de agora, retomar a dianteira – que nunca perdeu – e lançar as bases de mais 4 e decisivos anos na presidência.
Serão os 4 anos derradeiros do maior e mais eficaz político de nossa história, nascido na pobreza e na fome, distribuiu riqueza e fartura por todos os anos em que administrou o Brasil.
E administrou com sua inteligência e capacidade única, através do exercício da política, da negociação em dos acordos. A única maneira de evitar conflitos e pagar o preço da democracia, que não é barata, não é trivial, mas é a nossa saída para enfrentar a violência das ditaduras e dos autoritários, com seus planos exclusivos de manter privilégios e a gente simples na miséria.
Ano que vem estaremos juntos, novamente.
Tem sido assim e assim permaneceremos.
Depois de 2030 quando nosso guerreiro se aposentar vamos ver como ficamos, até lá, aproveitem e prosperem.
Tenho ouvido muitas críticas quanto à condução da economia, que estão particularmente acirradas depois dos cortes nas despesas anunciados ontem pelo ministro Haddad no sentido do cumprimento da meta fiscal.
Primeiro, a observação do Haddad: estamos no terceiro ano do novo arcabouço fiscal, e dúvidas quanto ao compromisso assumido com a nova âncora já deveriam estar sanadas. Não se trata de concordar, mas de constatar o compromisso com as metas ali previstas e cumpridas com rigor até o momento.
Segundo, que ontem não foi anunciado nenhum corte, mas acerto de contas de uma posição para outra, tendo em vista o crescimento das despesas com previdência e BPC. Retira-se dinheiro de um lugar e leva-se para cobrir essas despesas maiores, sem, no entanto, diminuir o total de gasto previsto no arcabouço, de aumento de 2,5% sobre o gasto de 2024 mais o reajuste da inflação. Então, ninguém cortou despesa nem deixou de injetar dinheiro para economizar, senão realocou nas mesmas bases anteriores.
Terceiro, que o momento da nossa economia é bom. Mesmo com os juros elevados, continuamos crescendo e a inflação estabilizou, ainda em patamares de 5%, e exige esforço para assim permanecer. Sobretudo no câmbio, onde as atenções estão voltadas tanto no lado externo quanto interno, sendo a inflação do câmbio, junto a certos setores ainda indexados, os causadores da inflação. Sendo bom o momento, não é hora de descumprir metas fiscais duramente negociadas e tentar manter o câmbio em queda, como assistimos.
E ainda, aumento no IOF, que prevê arrecadar R$ 60 bilhões em dois anos e sofreu rapidamente uma mudança ainda ontem porque abriu flanco para taxar investimentos em dólares no exterior, e isso iria, sim, atrapalhar a queda. Foi percebido e rapidamente cancelada a cobrança, ficando para uma outra oportunidade.
Quanto a tudo o mais, onde estão os números negativos que preocupam? Se alguém tem algum número preocupante sobre a nossa economia, eu gostaria de saber, porque estamos rapidamente recuperando os números de uma década perdida em incompetências e administrações que preferem privilegiar privilegiados e concentrar riqueza — no que fracassam sempre e mesmo assim têm apoio das camadas favorecidas e conseguem sempre retornar com essas iniciativas.
Mas vamos remando: eles contra, e nós a favor.
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Quem se preocupou com o andamento do processo contra o golpe de Estado, que tem Bolsonaro como o principal réu, vislumbrou alguma dificuldade para a acusação provar as teses após o depoimento do ex-ministro do Exército Freire Gomes. Ele não aliviou, a meu ver, exatamente para Bolsonaro, pois confirmou as reuniões e o teor golpista do que estava sendo tratado. No entanto, buscou abrandar para seus colegas de farda, numa nova versão amenizada dos fatos narrados anteriormente à Polícia Federal. Tanto que obrigou o ministro Moraes, do STF, a intervir em sua fala para perguntar onde ele havia mentido — se para o STF ou anteriormente à PF. Isso acabou por obrigar o general a confirmar as declarações anteriores dadas à PF, mesmo a contragosto.
O mesmo não ocorreu com o brigadeiro Baptista Júnior , ex-ministro da Aeronáutica, que não só confirmou as reuniões de cunho golpista e a adesão do ministro da Marinha, oferecendo tropas, como também relatou o aviso dado a Bolsonaro para que não seguisse nas tentativas, pois estaria cometendo crimes e poderia ser preso.
O depoimento enterrou qualquer chance de interpretação distinta — ou, como gostam de dizer, de alguma “narrativa” — que não significasse o empenho de Bolsonaro no golpe de Estado e no impedimento de Lula subir a rampa para assumir seu mandato.
Se ontem algum lampejo de esperança surgiu nas hostes bolsonaristas, mesmo que sem nenhum fundamento, o depoimento de hoje recoloca os pingos nos “is”, e a acusação toma rumo certo para uma condenação dura pelos graves crimes cometidos.
Tudo inédito, histórico e, sobretudo, didático.
Que as forças de segurança, em todas as suas instâncias, aprendam a respeitar a democracia, porque agora a pena de prisão é certa.
Os depoimentos prestados pelo general Marco Antônio Freire Gomes e pelo tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior ao STF enterram de vez qualquer tentativa de Jair Bolsonaro (PL) de negar seu envolvimento em uma conspiração para impedir a posse de Lula após as eleições de 2022.
“Com base em tudo o que estava acontecendo, perguntei: ‘O documento prevê a não assunção no dia 1º de janeiro do presidente eleito [Lula]?’ Ele [Paulo Sérgio Nogueira] disse: ‘Sim’. Eu disse que não aceitava nem receber esse documento. Me levantei e fui embora”, contou o militar da Aeronáutica em seu depoimento.
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Vocês sabem do meu desespero com a questão das taxas Selic mais altas do mundo praticadas no Brasil. Diversas vezes comentamos a questão ainda no período Campos Neto e de como sua atuação projetou um dilema que ainda estamos precisando administrar.
Verdade que acho faltar, no atual presidente do BC, Galípoli, ousadia e alguma novidade na condução das taxas — se bem que, até agora, ele vem trabalhando mais nas expectativas do que qualquer outra coisa. E as declarações do ex-ministro Mantega no BoaNoite247, explicando a manutenção das taxas por um período mais longo, vão nessa direção.
Primeiro que, ao afirmar que vai manter as taxas, informa ao distinto público que parou de aumentar. Segundo que, uma vez atingido o efeito das taxas no câmbio — e, diretamente, na inflação de câmbio — a coisa pode mudar de uma hora para outra facilmente. E, quem sabe, essa parece a intenção das declarações: desarmar posições especulativas e deixar as taxas de juros agirem.
Porque, tão altas, só podemos esperar a chegada de investidores em dólares.
De certa forma, a ideia — se verdadeira a interpretação — situa melhor a posição do Galípoli. Se não age mais fortemente e abaixa na marra os juros, é porque lá fora a coisa não anda boa. E aqui, como a economia resiste e continua crescendo, ganha tempo para pensar em tempos melhores no futuro próximo.
Falta, a meu ver, uma estratégia para desindexar nossa economia e rediscutir a meta de inflação de 3%, dificílima de cumprir.
Mas tudo me parece deixado para ser pensado – resolvido? – no próximo mandato do Lula.
Vida que segue.
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Ao contrário da clássica, as Cassandras atuais, emboletadas na imprensa corporativa e nos especuladores da Faria Lima, são tidas como confiáveis, mas não acertam uma.
O raro seria apontar uma previsão correta — e, mesmo assim, repetem o mantra da surpresa.
Estamos muito, mas muito além de equívocos. São previsões com alvo específico: desarmar expectativas positivas. Insistem no erro porque querem ver a economia desandar. Lembrando que quem ganha especulando, tanto faz se a economia cresce ou não. Sim, até certo ponto, mas, de maneira geral, funciona assim.
A destacar, nessas seguidas surpresas, o histórico de quando liberais assumem a economia — e as previsões continuam errando, mas na direção contrária: preveem seguidas melhoras que nunca acontecem.
Basta acompanhar a economia da vizinha Argentina, que afunda dia sim e no outro também, e arrumaram mais um empréstimo para ganhar eleições — e foi por um triz —, o que fez da Argentina o maior devedor do FMI no mundo. Sem previsão de pagar, bem entendido. Mas as previsões sobre a economia de lá são as melhores — sempre fazemos a ressalva: melhores para quem!?
Vida que segue. De surpresa em surpresa, vamos chegar lá novamente. Sem nenhuma surpresa.
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Ontem tivemos o depoimento do general Gomes Freire, aquele que negou a Bolsonaro a adesão ao golpe de Estado e mencionou a possibilidade de cadeia, caso insistisse na proposta.
Além dele, nos próximos 20 dias, 81 depoimentos serão tomados no STF, preparando a inevitável e previsível condenação de todos os envolvidos na tentativa de abolição da democracia no Brasil.
Feito inédito e, quem sabe, definitivo.
Foram ouvidas as testemunhas do grupo batizado pela PGR de “crucial” nas ações e desenvolvimento do golpe. São oito réus:
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Nesta segunda-feira, foram ouvidas as seguintes testemunhas arroladas pela PGR e por outros réus:
Éder Lindsay Magalhães Balbino: empresário que ajudou a formatar o falso dossiê com fraudes nas urnas eletrônicas. Ele foi sócio-proprietário da Gaio Innotech Ltda., empresa subcontratada pelo presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Rocha. É testemunha da PGR e de Braga Netto;
Clebson Ferreira de Paula Vieira: analista de inteligência do Ministério da Justiça, responsável por elaborar levantamento com municípios em que Lula e Bolsonaro concentraram votação superior a 75% no primeiro turno da eleição presidencial de 2022. Clebson demonstrou perplexidade diante dos pedidos de Marília Alencar, então diretora de inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para elaborar o documento;
Adiel Pereira Alcântara: foi coordenador de Análise de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em 2022. Segundo a PGR, teria atuado para dificultar o deslocamento de eleitores no segundo turno, nos pontos em que Lula teria mais votos. Alcântara teria dito a um colega que o então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foi impróprio nas reuniões de gestão, em especial, notando o “policiamento direcionado”; e
Marco Antônio Freire Gomes: general do Exército e comandante do Exército no final do governo de Bolsonaro. Freire Gomes teria sido oposição à tentativa de golpe. Também é testemunha de Mauro Cid, Almir Garnier dos Santos, Jair Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
A única surpresa veio do depoimento do general, tentando atenuar as falas anteriores na PF, quando deixou exposto o plano golpista do ex-presidente e de seus colegas de armas, sobretudo a adesão do então ministro da Marinha. Foi imediatamente chamado de mentiroso pelo ministro Moraes e, a contragosto, reafirmou as graves declarações anteriores com algumas ressalvas que não prejudicam a acusação e o entendimento dos fatos.
Não era previsto a covardia do general e sua patética tentativa de atenuar as declarações anteriores, tentando livrar um pouco a culpa de seus colegas de armas. Mas é mais uma amostra vergonhosa do tipo de gente que constitui nossas Forças Armadas — e a quem é que servem. Em todo o caso, ao passar mais uma vergonha histórica ao vivo e a cores, teve que confirmar suas declarações anteriores e manteve a gravidade dos fatos que presenciou.
E os demais declarantes de ontem confirmaram versões anteriores, sobretudo naquela tentativa de bloquear eleitores do Lula no Nordeste, confirmando a ação e as intenções dos acusados.
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Depois da mal sucedida aventura golpista militar, chegou a vez dos pastores tentarem sua sorte em uma candidatura própria à presidência. A se acreditar nas conversas vazadas entre o estrategista e advogado do clã do ex-presidente, Wajngarten, e o indefectível Cid, o nome de Michele como substituta no pleito no lugar do marido e futuro detento da Papuda não vinga. Os motivos eles elencam nas suas conversas, e são todas as conhecidas mazelas da ex-primeira-dama, com requintes de deboche.
Mas nessas elucubrações fica clara a divisão entre as forças bolsonaristas. Sem o nome do chefe, a tendência anunciada de dispersão se mostra avassaladora. Portanto, o mordomo de vampiro Temer se assanha com governadores e tenta emplacar, pela enésima vez, uma terceira via improvável — e além disso tudo, por fora o nome do pastor Malafaia surge das sombras.
Não vou perder muito tempo com isso, porque Malafaia não tem a menor chance de concorrer com chances de vitória. Se é verdade que não faz outra coisa além de futricas políticas há muito tempo — no que é acompanhado por uma penca de outros da mesma estirpe —, mais verdade ainda é o quanto os evangélicos são desunidos, e um nome de um de seus líderes jamais vai conseguir angariar apoio unânime entre eles. Esqueçam isso.
Vem aí um Bolsonaro — qual, ainda por saber —, vem para perder, mas segurar alguma bancada para eles.
E tem Tarcísio, o atual governador de SP, que, diferente dos supostamente demais governadores atuando por uma terceira via — se bem que Temer mira mesmo é uma bancada para seguir influenciando —, Tarcísio pode tentar reeleição. Parece ser o favorito atualmente, e eu acredito nele quando afirma e reafirma não querer disputar a presidência e perder para Lula. Eu pensava que preferia se guardar para o pós-Lula em 2030, mas anda circulando outra informação: que vai mesmo é sair da vida pública e cuidar de interesses privados após mais um turno no governo de SP.
E eu, repito, acredito nele.
Faço só uma ressalva: que sua ameaça possa ser um recado para os Bolsonaros — como quem diz “se não for agora com apoio de vocês, eu não vou depois”. Pode ser, sim, uma chantagem e, se for, aí ninguém vai acreditar — e muito menos os Bolsonaros. E ele se ferra duplamente.
Digo que acredito porque militar como Tarcísio não é lá muito afeito à política, não. De golpe e ditaduras eles gostam; disputar e enfrentar as vicissitudes da vida pública não é muito com eles, não — sem falar no trabalho que dá. E nem ganha lá muito, comparado com as oportunidades que surgem no seu entorno e, livre de amarras legais do cargo de governador, podem ser aproveitadas.
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Chegamos praticamente no meio de 2025 e estamos convivendo com o mesmo dilema da taxa de juros desde o final de 2024, com pouca coisa mudando, considerando o esforço com taxas exorbitantes.
Rever a meta de 3%, claramente inviável para um país como o nosso, que precisa crescer, nem aparece mais no horizonte das discussões. A tentativa de alongar o período a ser observado é um paliativo que serve mais para acomodar expectativas do que realizar o milagre do enquadramento da inflação no nível almejado.
Enquanto isso, vamos acumulando bilhões em dívidas, o que é insuportável.
Haddad anda falando em crescimento de 2,5% em 2025, um número razoável, e a previsão para 2026 volta aos 3%.
O que estamos percebendo é que, além do crescimento moderado, alguma distribuição de renda está acontecendo — essa sim, uma conquista praticamente exclusiva das administrações petistas na nossa sofrida história. Feito que encontra pouco espaço de divulgação, mas é marca exclusiva do PT e do Lula, porque crescimento do PIB tivemos em outros períodos da nossa história, inclusive na ditadura, mas nunca com distribuição de renda. O moto da ditadura era que o bolo precisava crescer para depois distribuir e, se dependesse deles ou da turma de sempre, o bolo estaria sem distribuir até hoje, não importando o quanto tivesse crescido.
Diria até que importa mais distribuir a riqueza do que crescer a qualquer custo.
Estamos condescendendo com o Banco Central há meses, na esperança de que, no momento seguinte, a coisa tome outro rumo, porque, sem dúvidas, o cenário futuro dos juros está se ajustando em níveis menores, próximos de 13%, e pode cair muito mais. Apesar da previsão de mais 0,25% no próximo Copom — quando aí sim deve iniciar o período de espera sem alterações na taxa.
Contar com exterior racional e sem “incertezas”, como gostam de citar nas atas, é ilusão. A coisa lá fora vai seguir confusa, porque confuso é o timoneiro da maior economia do mundo.
Mas muita coisa por aqui podia ser feita, como, por exemplo, desarmar a especulação com dólar futuro — coisa que não vimos nada acontecer ainda. Alguma coisa sobre acordo com o Banco Central chinês sobre swap para conter especulação foi assinada, mas ainda não foi inteiramente compreendido como vai funcionar. O anúncio do acordo destacou o objetivo de conter especulação, e vamos tentar entender melhor como vai funcionar.
O caminho é esse, porque nossa inflação de serviços está em queda — ainda resiliente, mas em queda — e a inflação do dólar também.
Então, para os próximos meses, é segurar mais o câmbio do que sacrificar mais os serviços, comprometendo o crescimento geral, até que outros mecanismos de controle inflacionário ou a discussão sobre a meta reapareçam.
Enquanto isso, vamos valorizando o crescimento do salário médio e a queda do desemprego, além de apoiar o fim da escala 6×1, onde uma mexida pontual pode sim fazer diferença.
PS.: Para surpresa nossa, assim que escrevi esse Post saiu a notícia que o FED nos EUA vai iniciar discussão para avaliar as metas de inflação e emprego, que utilizam para suas decisões. Não tenho pedido nada além da mesma coisa aqui no Brasil. Quem sabe o nosso BC agora copia alguma coisa que presta?
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Ontem ouvimos o áudio do agente da PF Wladimir Soares, onde afirma fazer parte de grupo armado e pronto para matar os ministros do STF — ministro Moraes à frente — e mais “meio mundo” que aparecesse na sua frente. Mas Bolsonaro deu para trás porque os generais se venderam para o PT, seguiu dizendo.
Mais uma besta-fera capturada nos seus delírios assassinos, que ninguém duvida que poderiam ter se tornado realidade, quando o golpe, entranhado sobretudo nas forças policiais do Estado e em alguma coisa não muito definida nos grupos armados de “calcs”, liberaria a violência política e a perseguição contra os alvos — e contra qualquer um que se colocasse à frente deles.
Um dos argumentos da defesa dos golpistas é exatamente afirmar que não haviam armas envolvidas nas suas tramas e que, portanto, não havia, nas suas conversas, risco de golpe, porque não envolviam efetivamente a violência necessária para concretizar. Áudios como esse último, e outros de ações canceladas no último momento — até por motivos fortuitos — não deixam dúvidas de que estavam prontos e dispostos a tudo, mas faltou o estopim para acontecer.
Se lembramos de 1964, o início do golpe se deu meio na avacalhação, com o general Olímpio Mourão — o “vaca sagrada” — saindo com suas tropas loucamente nas estradas e, por sua atitude irresponsável, desencadeou o motim militar que acabou por afetar o presidente Goulart. A reação de Goulart, em não reagir e sair do país, selou a sorte na ocasião. Preferiu evitar derramamento de sangue e planos alucinados de dividir o país.
Não é o caso da situação atual, quando, apesar de pipocarem alguns estalos de golpe — tipo tentativa de bombas no aeroporto, derrubada de torres de transmissão e o ataque aos poderes em Brasília — a coisa não estourou porque, além de tudo, era uma trupe de bufões e covardes que estava à frente do plano.
Tanto que estão aí todos com o rabo entre as pernas e esperando a cadeia.
Falar em anistia seria estimular uma próxima tentativa em breve, e, apesar das decisões na Câmara com maioria de 300 votos, o que se faz ali nem é exatamente proteger os golpistas, mas a si mesmos. Os golpistas vão a reboque.
O gráfico que ilustra o post mostra a condução errática da relação comercial dos EUA com a China e a marcha das tarifas.
A imprensa internacional já desistiu de tentar encontrar sentido ou método na aplicação das tarifas, com tudo funcionando na base da improvisação. Uma negociação de buteco entre bêbados, se me entendem.
A última decisão é de protelar por 90 dias as altas tarifas e aplicar uma de 30% sobre produtos chineses comprados pelos EUA. Não vai fazer diferença nenhuma — e muito menos aumentar arrecadação. Somente o aumento de custo para consumidores é certo.
Se tal política tivesse intenções futuras no sentido de fomentar o setor industrial interno, Trump poderia utilizar as tarifas para estimular seus empresários a investir e substituir importações. Alguém entende ser possível fazer planejamento nessa confusão de vai e vem que ele promove? E abrir fábricas para substituir produtos chineses, muito menos. Até procurar um outro fornecedor fora da China, em um país menos visado pelas tarifas, é arriscado: de um dia para o outro, a coisa vira do avesso e qualquer previsibilidade é impossível.
Não tem a menor possibilidade de dar certo.
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