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Blog do Franco

  • Mirando à frente.

    agosto 5th, 2025

    O dilema paralisante do PL: entre o bolsonarismo e a sobrevivência eleitoral

    O PL vive hoje um impasse que paralisa sua estratégia para 2026. Dividido entre o bolsonarismo e o centrão tradicional, o partido sabe que precisa lançar um candidato à presidência — mas também sabe que o bolsonarismo, embora ainda arraste votos para o legislativo, já não vence eleição majoritária.

    Se o nome for alguém com o sobrenome Bolsonaro, a legenda corre o risco de se isolar, empurrando seus próprios candidatos para a marginalidade política. Salva os dedos, mas entrega os anéis. E, pior: corre o risco de encolher sua bancada.

    Por outro lado, se o partido romper com Bolsonaro, perde de imediato o apoio da família e da parcela mais fiel do eleitorado — o que também compromete os resultados nas urnas. Um beco estreito, sem luz e sem saída clara.

    No último domingo, o bolsonarismo tentou mostrar força. Mas, sem a presença de governadores que preferiram manter distância da nova guinada radical, o movimento revelou mais desorientação do que vigor. A desistência de disputar a presidência foi anunciada com discurso de que só uma intervenção externa salvaria o país — uma confissão pública de que, internamente, já se veem derrotados.

    O saldo: a prisão do líder do movimento e o desmonte precoce da tentativa. Resultado imediato: direção partidária desnorteada e sem rumo.

    Esse vácuo afeta diretamente o centrão, especialmente em meio às negociações de coligações para as próximas eleições. Com Lula consolidado como favorito — sustentado por índices sólidos de aprovação pessoal e de governo —, cresce o risco de migração em massa de bancadas rumo à base governista. Sem um nome competitivo para enfrentá-lo, até os caciques tradicionais começam a temer pela própria reeleição.

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  • Fuga para as montanhas.

    agosto 5th, 2025

    Nota do PL expõe o impasse da direita brasileira

    A nota oficial do partido de Jair Bolsonaro parece piada — mas não é. Ela revela algo muito mais profundo: a paralisia da direita no Brasil, encurralada e com o bolsonarismo retornando ao modo “golpe”, agora com apoio vindo do exterior.

    Para quem acompanhou os atos de 8 de janeiro, o clima atual é familiar: o mesmo tom perdido, sem direção, e com propostas inviáveis, mesmo com as ameaças econômicas de Donald Trump ecoando ao fundo. As manifestações do último domingo deixaram isso claro. O bolsonarismo raiz abandonou qualquer pretensão de disputar eleições presidenciais legitimamente. Sabem que não têm chance — e desistiram. A aposta agora é outra: ou golpe com os EUA ou nada.

    Os americanos, por sua vez, ainda podem escalar os ataques. Resta saber se mirarão no STF ou na economia, com novas tarifas. Até aqui, as reações dos filhos de Bolsonaro à decretação de prisão foram mais lamúrias do que ameaças. Nenhum sinal de articulação com as autoridades norte-americanas para retomar a ofensiva.

    ( E saiu a resposta do Departamento de Estado norte americano ontem a noite, mirou em mais sanções contra magistrados e nada disse sobre tarifas.)

    Pode ser o primeiro indício de que o jogo acabou. Depois de afrontarem instituições, tensionarem ao limite e ameaçarem o tempo todo, a corda arrebenta. E o que sobra é o que sempre esteve reservado: cadeia, sem anistia, sem acordo, sem saída.

    Agora, só nos resta acompanhar o que mais pode vir dos EUA — talvez outra decisão estapafúrdia. Se houver mais sanções, nossa capacidade de resposta econômica se reduz a quase nada. E as consequências, como sempre, recaem sobre todos.

    Vida que segue. Soberania não se discute.

    Quanto à nota do PL, o recado está dado: querem virar a página. Não é covardia — é cálculo político.

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  • Chegou a hora.

    agosto 4th, 2025

    Às vésperas do veredito: o fim da linha para o bolsonarismo raiz

    Chegamos às vésperas das decisões do STF sobre a trama golpista de 8 de janeiro — e do anúncio oficial do destino dos criminosos envolvidos. A reta final do julgamento não encerra apenas um capítulo da história recente: inaugura também a exposição de novos personagens da mesma trama, agora flagrados em crimes graves contra a economia nacional, em aliança com potências estrangeiras. A cena política revive, com isso, os fantasmas de traidores históricos — e assim também serão lembrados.

    Na mais recente (e provavelmente última) manifestação do bolsonarismo raiz, chamou atenção a ausência de lideranças. Nem governadores, nem figuras de expressão do grupo apareceram. A aposta, agora escancarada, é outra: a intervenção externa. Os apoiadores mais fiéis não acreditam mais em vitória eleitoral — até porque, no momento, nem candidato têm. E enxergam na pressão internacional a única chance de reverter os reveses que se acumulam.

    Antes, ainda havia confiança na força interna — nos militares simpáticos à causa e em alguma chance eleitoral. Hoje, isso ficou para trás. Mesmo que a retórica de guerra ainda sirva para manter a tropa animada, a verdade é que essa nova ilusão é também a última. Depois dela, virá apenas o desalento e a desistência.

    Cientes desse roteiro, os governadores bolsonaristas — que ainda tentavam colher os frutos finais do extremismo — agora recuam. E não por acaso. Fazem a escolha racional de se afastar e esperar. Porque, diante do enfraquecimento do bolsonarismo, o que resta ao eleitorado de direita é o velho voto antipetista. A “barca” bolsonarista, que antes atraía, agora afasta:

    Apoiar anistia? 61% dos entrevistados do DataFolha dizem que não votarão de jeito nenhum em candidatos que prometem livrar Bolsonaro da cadeia.

    🟥 61% Não votaria de jeito nenhum

    🟨 14% Talvez votaria

    🟩 19% Votaria com certeza

    ⬛️ 06% NS/NR

    Há também outro fator em jogo: o bolso. Os grupos que financiam essa elite política dependem da visibilidade nos noticiários tradicionais (o chamado PIG), do dinheiro do agronegócio e da indústria, da elite econômica. E, quando os prejuízos começarem a bater na porta, será justamente essa politica que será cobrada — e pressionada a se afastar do radicalismo.

    E eles já começaram a obedecer.

    Do lado dos democratas, também é hora de virar a página. O momento exige urgência para que os processos contra os golpistas cheguem ao fim — e, ao mesmo tempo, estratégia politica para fechar os acordos necessários. Não apenas para vencer as eleições de 2026, mas para governar com mais qualidade no Congresso. Sobretudo no Senado, onde o bolsonarismo ainda mantém presença desproporcional.

    Não deveria ser uma escolha difícil.

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  • O Nosso Pré-Sal!

    agosto 4th, 2025

    A BP, gigante britânica do setor de petróleo, anunciou com entusiasmo a maior descoberta da companhia nos últimos 25 anos.

    O detalhe que salta aos olhos: o poço gigantesco está localizado no nosso pré-sal, na Bacia de Santos.

    E mais — esse ativo foi vendido para a BP em 2022, com 100% dos direitos de exploração assegurados.

    Temos, então, uma equação simples de montar: pré-sal, ano de 2022 e entrega total da exploração. O resultado? Temer e Bolsonaro.

    Essa fórmula ajuda a entender a disposição desse grupo em entregar nossas riquezas, abrir mão da soberania e seguir em um projeto de espoliação — porque compensa. Compensa para eles e para os que, dentro do país, aceitam vender o que é de todos.

    Não é preciso estender a explicação. Está cada vez mais claro que temos uma escolha direta diante de nós: defender nossos interesses, crescer e progredir de forma soberana ou continuar nos entregando e afundando na miséria.

    Não deveria ser uma escolha difícil.

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  • O último sopro do bolsonarismo na manifestação com palanque vazio.

    agosto 4th, 2025

    A cada dia a gente foi tirando um Morumbi de pessoas da insegurança alimentar. É alguém que amanhece o dia e não tem café, pão, leite para a criança. Isso nós encontramos em 33 milhões de pessoas em 2023”, disse o ministro.

    Nem desprezível, nem relevante: o que foi o ato bolsonarista em SP?

    Quarenta mil pessoas reunidas em São Paulo não é algo para se ignorar, especialmente considerando as ausências notáveis de governadores — inclusive Tarcísio de Freitas — que, atentos ao desgaste do bolsonarismo, preferiram seguir pescando votos do inelegível à distância.

    Mas se o número não é desprezível, também está longe de ser politicamente relevante. O que foi, então?

    Foi, antes de tudo, uma reação dos bolsominios ao vácuo político criado com a prisão do ex-presidente e de sua gangue — majoritariamente composta por militares — que, agora, se sentiram empoderados por uma superpotência militar e econômica com interesses próprios no Brasil. Essa mesma potência parece empenhada em usar o espaço que os fascistas abriram por aqui para operar contra nós.

    No meio disso, os fiéis seguidores compareceram com o discurso cada vez mais delirante de que apenas uma intervenção estrangeira salvaria o país. Para eles, já não há força interna capaz de conter o avanço de Lula e do PT. A ideia de soberania nacional foi trocada pela ilusão de salvação imperial.

    Talvez por esse viés abertamente entreguista, governadores de oposição e bolsonaristas de ocasião avaliaram que estariam melhor longe dessa manifestação. Com uma adesão modesta, havia mais a perder do que a ganhar ao se expor ao lado de tamanho desatino — antipatriótico, para dizer o mínimo.

    O esvaziamento de lideranças só reforçou o discurso vazio de que Bolsonaro seria insubstituível — uma fantasia que tentam sustentar apesar de todos os fatos apontarem em direção oposta.

    Em contraste direto com esse cenário sem rumo, destaquei no início do texto a fala do ministro Wellington. Enquanto o bolsonarismo patina sem direção, o Brasil e seu governo atual seguem avançando com velocidade e clareza de propósito.

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  • A tarifa das blusinhas.

    agosto 3rd, 2025

    É curioso como encaramos a nova onda de tarifas impostas pela administração Trump. Apesar do discurso oficial, quem vai sentir no bolso não são os exportadores estrangeiros — mas o próprio povo americano. Os aumentos absurdos nos custos de importação não vão parar na alfândega. Eles vão direto para as prateleiras dos supermercados.

    Na prática, qualquer consumidor nos Estados Unidos que for comprar café, roupas ou itens do dia a dia já na próxima semana, vai perceber a diferença. E, considerando que as novas tarifas atingem praticamente todos os produtos importados pelo maior mercado do mundo, o objetivo de reduzir o déficit comercial recai, em última instância, sobre quem vive lá.

    Aqui no Brasil, passamos por algo semelhante recentemente. A chamada “taxa das blusinhas” — decisão do ministro da Fazenda de taxar compras de até 50 dólares feitas em sites estrangeiros — gerou forte reação. A medida foi chamada de tudo, menos de “tarifa”, e ninguém minimizou o impacto nos preços. Ao contrário: ficou claro desde o início que o consumidor final seria o mais prejudicado.

    É exatamente esse o ponto. Quando governos impõem impostos pesados sobre produtos de consumo popular, o resultado direto é inflação interna e escassez dos bens mais comuns da rotina. No caso dos EUA, a aposta de Trump vai além da arrecadação: ele quer reverter décadas de desindustrialização provocadas pela agenda neoliberal que enriqueceu a China e outros tigres asiáticos — e deixou seu país mais vulnerável.

    Algo parecido tentaram fazer no Brasil, com algum sucesso. Ainda temos empresas públicas estratégicas e nichos industriais que resistiram. Mas a queda da participação da indústria no nosso PIB é histórica e difícil de reverter diante da concorrência chinesa.

    Mas isso é outro assunto.

    O que me intriga é saber como Trump vai lidar com os próximos meses — e talvez anos — de inflação interna. Será que os EUA conseguirão mesmo impulsionar uma reindustrialização? Tenho minhas dúvidas. Primeiro, porque será preciso atravessar o teste inicial: conviver com preços altos e desabastecimento. E é aí que mora o perigo para a política trumpista.

    Sem esquecer que a inflação foi, também, um dos maiores calcanhares de Aquiles de Biden. Ele acabou derrotado por uma soma de fatores — mas o aumento do custo de vida teve papel central.

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  • Argentina ladeira abaixo, como previsto.

    agosto 1st, 2025

    ” A reportagem da Sputnik Brasil revela que empresas como Mercedes-Benz, Carrefour, Clorox e Telefónica anunciaram sua saída da Argentina, o que levanta preocupações sobre um possível “êxodo” empresarial em meio ao cenário de instabilidade política e econômica sob o governo de Javier Milei.”

    A Argentina, o FMI e o castelo de cartas

    Apesar de todos os esforços — sucessivos empréstimos do FMI, bilhões e depois mais bilhões despejados —, a Argentina segue sendo o maior devedor atual do Fundo. E, ainda assim, continuam emprestando. A fundo perdido.

    Esse ciclo revela o que muitos preferem ignorar: o mercado financeiro não leva fundamentos a sério. Muito menos a inteligência alheia. Na prática, promovem políticas específicas, e quem aceita segui-las se vê forçado a abrir mão de patrimônio público construído ao longo de décadas, vendido a preço de banana, enquanto o país empurra a crise com a barriga… até a próxima explosão.

    Ainda não explodiu, é verdade. Mas apenas porque a população — argentina, brasileira, latino-americana — segue bombardeada por mentiras e ilusões. E elas, como sempre, desabam em forma de tragédias sociais.

    Mas vai.

    O tal “plano de resgate” argentino — que nem é plano, nem resgata nada — está afundando. E não porque faltou receita, mas porque o problema real do país nunca foi enfrentado: o consumo dos mais ricos. São eles os responsáveis por um déficit crônico na balança comercial, que impede a Argentina de acumular reservas em moeda estrangeira para funcionar de forma saudável.

    Em vez de atacar o cerne do desequilíbrio, opta-se por aprofundar a recessão. A estratégia? Conter a inflação destruindo o que restou da produção interna, com uma indústria já praticamente dizimada. O resultado é previsível: déficit externo ainda maior, investimentos retraídos, consumo estagnado pelo desemprego e pelo arrocho salarial.

    Enquanto isso, desmonta-se o Estado — que, gostem ou não, ainda garante empregos com salários melhores e alguma estabilidade.

    É a velha receita do FMI. Fracassada. Repetida à exaustão nas últimas décadas. E repetida por um motivo: transferir os custos do fracasso para a classe trabalhadora. Enquanto houver margem para arrocho, o jogo segue. Mas o navio vai fazendo água. E, uma hora, afunda.

    O Brasil já superou crises parecidas com uma solução simples e poderosa: melhor distribuição de renda. É o que estamos tentando repetir agora — e com resultados visíveis. Mas, para as elites, o Estado sempre será um problema, jamais parte da solução. E redistribuir riqueza, então? Nem cogitam.

    No fim, seguem empobrecendo o povo e o país. Vendem falsas soluções como vitórias, quando tudo o que têm para mostrar é pobreza e fracasso econômico.

    O mundo assiste. Compra a narrativa. Até que, de repente, como se ninguém soubesse o que estava acontecendo, o castelo de cartas desmorona. Crise. Default. Quebra.

    E no mercado internacional de hoje, quem não cuida com carinho do próprio quintal… vai entrar pelo cano.

    A Argentina, infelizmente, parece ser uma das primeiras da fila.

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  • O risco de transformar a lei em arma política.

    julho 31st, 2025

    O Caminho do Desastre: um alerta do Brasil aos EUA

    O histórico nacional não permite que assistamos calados: ao fazer uso de leis para atacar adversários políticos, como os EUA de Trump vêm fazendo, o resultado costuma ser trágico — depois de um período de desmoralização e reveses dentro do próprio sistema de Justiça.

    Refiro-me aqui à aplicação da lei Magnitsky contra o nosso ministro Alexandre de Moraes. Uma lei criada originalmente para sancionar criminosos de direitos humanos, genocidas e afins, banindo-os do sistema financeiro controlado pelos EUA.

    O curioso — e revelador — é ver que a aplicação dessa lei serve contra Moraes, mas não, por exemplo, contra Benjamin Netanyahu, de Israel. Isso por si só já revela muito sobre os propósitos do governo americano e como escolhe seus alvos.

    Quanto ao Brasil, lembro da atuação do nosso sistema de Justiça no caso do mensalão e, depois, da Lava Jato. Nem preciso relembrar os abusos nos dois episódios, que culminaram na prisão de Lula e na deposição de uma presidente honesta, Dilma Rousseff.

    Faço esse registro porque as injustiças de então — mesmo que muitos tenham recuado no caso de Lula (já que, quanto a Dilma, nada mais poderia ser feito) — agora se voltam contra nossos juízes da Suprema Corte. Alguém tem alguma dúvida do fio da história que une a derrubada do PT à ascensão da extrema-direita no Brasil, partindo justamente da atuação política do Judiciário?

    Agora, são eles os atacados. É a história retornando contra quem a desequilibrou.

    Não falo em vingança. Releia o parágrafo inicial. O que faço é advertir os EUA: essas aventuras não saem de graça. E, sim, eles também precisarão passar pela mobilização e pelos desastres que nós vivemos, para que seu povo e seus juízes sejam forçados a refletir sobre o que fizeram — e sobre as consequências.

    Foi o que aconteceu conosco. Quando nos deparamos com o fascismo e suas nefastas iniciativas, a única possibilidade de enfrentamento estava presa e amordaçada. E a salvação de todos — como vimos — foi libertar o nosso salvador.

    Que eles estão no caminho do desastre, disso não há dúvida. Mesmo que compreendamos as motivações econômicas por trás das aparentemente alucinadas decisões de Trump — reindustrializar seu país e reduzir o déficit comercial com o mundo —, seus métodos antidemocráticos e imperiais afastam aliados. O mundo vê nele um parceiro infiável e perigoso.

    Os EUA não sairão melhores depois. O baque inflacionário interno está dado. E o que se aproxima é uma espécie de Argentina armada com bombas nucleares — um cenário que pode agravar as frustrações trumpistas e gerar decisões ainda mais temerárias no futuro.

    Se, para eles, o futuro parece sombrio, para nós — e para o resto do mundo — o caminho é seguir no esforço de isolar cada vez mais o gigante do norte e consolidar parcerias multilaterais.

    Quando a crise explodir de vez e o povo americano finalmente abrir os olhos, estaremos mais preparados para viver em um mundo melhor e mais equilibrado.

    Eles, não. Primeiro, virá o furacão. E, sim, ele continuará atingindo a todos. Nossas respostas precisam ser firmes e eficazes, para que possamos nos proteger.

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  • Tarifalso, Tarifraco e Tarifake.

    julho 31st, 2025

    Café, carnes e frutas: o que ficou de fora do tarifaço dos EUA?

    Em meio ao alvoroço causado pelo decreto que impôs tarifas sobre exportações brasileiras para os Estados Unidos, passou quase despercebida uma fala importante do secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, feita ainda na terça-feira (29/7), antes do anúncio oficial.

    Segundo Lutnick:

    “Carne, frutas e café não entraram na lista de exceções. Mas o governo Trump considera aplicar tarifa zero para alimentos que não são produzidos no país, como café, manga, abacaxi e cacau.”

    Ou seja, embora esses produtos não apareçam na lista de exceções publicada no decreto, a sinalização é clara: café, carnes e frutas brasileiras não devem ser afetadas nem pelos 10% de tarifa geral, nem pelos 40% adicionais aplicados a outros setores.

    Um novo decreto?

    A declaração sugere que um novo decreto de caráter geral ainda pode ser publicado para formalizar a isenção desses itens — o que beneficiaria não apenas o Brasil, mas todos os parceiros comerciais dos EUA. Por ora, seguimos aguardando a confirmação oficial.

    Segurança alimentar e proteção ao consumidor

    A decisão, ao menos no que diz respeito aos alimentos, parece buscar o equilíbrio entre os interesses comerciais e a segurança alimentar americana. Leis específicas protegem o mercado interno de medidas que possam colocar em risco o abastecimento ou causar impacto excessivo nos preços pagos pelos consumidores.

    Apesar das tensões políticas e do desrespeito a certos protocolos internacionais, há mecanismos legais nos EUA que limitam o poder do Executivo nessas decisões — e o decreto faz menção a essas normas.

    O impacto no Brasil (e o que ainda está em aberto)

    Mesmo com café, carnes e frutas temporariamente poupados, outros setores brasileiros sentirão os efeitos do tarifaço. O governo brasileiro já sinalizou que pretende apoiar os segmentos atingidos, sem escalar a crise ou falar em retaliação.

    E, para além das tarifas, o cenário continua tenso. Os ataques à Justiça brasileira, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, devem ser enfrentados por meio de recursos no próprio sistema judiciário americano — onde há boas chances de reversão, dada a natureza da medida.

    E ainda vem mais por aí…

    Na próxima semana, outro tema delicado deve ganhar força: as relações comerciais com a Rússia. Há rumores de novas sanções em preparação, o que pode trazer desdobramentos adicionais para o comércio exterior brasileiro.

    Por ora, seguimos acompanhando. E, claro, aguardando o prometido decreto que pode selar a isenção para três dos nossos produtos mais emblemáticos.

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  • TACO?

    julho 30th, 2025

    Quem leu nosso blog pela manhã estava informado da possibilidade de tarifas reduzidas, exatamente porque são produtos raros no disputado mercado internacional, primários, e caso sofressem aumento, quem iria pagar seria o consumidor norte-americano. E elevar preços de alimentos não é boa política nem para um sujeito descompensado como Trump. Mas burro, não é.

    Agora vamos acalmar e baixar a bola, porque semana que vem ainda tem a questão das sanções contra a Rússia e com os países que negociam com Moscou. E é uma coisa mais séria, não vem das mãos afoitas de Trump, mas do Congresso dos EUA, e aí sim a coisa pode complicar.

    O ataque a Moraes e as referências aos nomes de Figueiredo no texto oficial das sanções foi uma maneira política de Trump e seu entorno de satisfazer os egos dos traidores enquanto pulavam fora e aplicavam tarifas muito abaixo das expectativas anteriores, e que nem de longe comprometem a economia brasileira.

    Mas não deve ficar sem resposta — não em forma de revides ou tarifas de volta, mas de aprofundar as negociações e avançar, superando esse ataque afrontoso e ignóbil.

    E seguir fazendo exatamente o que estava antes, sobretudo com os BRICs.

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