O sete de setembro bolsonarista foi um abandono das ilusões e atos desesperados, sabedores de que o chefe da quadrilha está no fim e o novo ungido não apareceu.
Não se deixem enganar pelas aparências nem pelo discurso golpista, autoritário e criminoso do governador de SP, Tarcísio de Freitas. Apesar de abraçar publicamente as teses da família e se lançar na frente do golpismo, não convence ninguém do lado de lá e segue como um traidor em busca do voto alheio. Assim é considerado pela maioria dos que comparecem nos atos em SP e ignorado nas demais cidades onde promoveram suas tradicionais micaretas golpistas.
Dessa vez, micaretas antipatrióticas, porque a bandeira do Brasil está nas mãos do governo Lula e lhes restou abraçar a dos EUA. Maior demonstração de aniquilação cultural e rompimento com a história, sem falar na falta de patriotismo no dia da nossa independência, mostra que os seguidores de Mickey e Pateta são caso perdido. O que, de minha parte, nunca duvidei.
Mas em termos práticos não ficamos na mesma. A retomada dos valores nacionais pelas mãos de quem de fato sempre os defendeu, a esquerda nacionalista, terá consequências eleitorais, somando valores e votos aos candidatos realmente empenhados em melhorar o Brasil, e não os EUA. E o discurso golpista atacando as instituições, que seria a exigência a Tarcísio por parte da milícia bolsonarista, se a ele pouco acrescenta, muito retira, porque isola o governador de SP no nicho radical fascista de onde precisaria escapar para ter alguma chance eleitoral nacional. Além de perder a interlocução institucional com o STF, onde fingia tentar dialogar. E vai ser tratado como um criminoso em potencial, porque nem é preciso puxar tanto da memória para lembrarmos que Bolsonaro mesmo começou seu desatino em comícios de 7 de setembro e está onde está. Tarcísio perigosamente ultrapassa limites que o colocam na mesma direção do chefe do bando criminoso — e isso já lhe foi dito pelo ministro Gilmar ainda ontem, logo após a manifestação.
Mas eles que se virem com a sequência de crimes que promovem, porque nada têm a oferecer além de ameaças , roubo, crises econômicas e pobreza para a maioria.
Perceba que o exemplo Milei, consagrado nos jornais da mídia nativa e na visão turva dessa gente, daqui em diante desaparece como se nunca tivesse existido. A derrota eleitoral do doidão argentino em Buenos Aires ontem e os prognósticos de derrotas na sequência em outubro fazem da proximidade com o fracasso uma péssima companhia para essa turma.
E, não tenham dúvidas, Bolsonaro, mesmo condenado, não abrirá mão de inscrever seu nome no TSE no ano que vem, e ainda deve colocar de vice a mulher ou um dos filhos. Flávio, porque o Eduardo, se botar os pés por aqui, vai preso.
E penso que até em SP a reeleição de Tarcísio começa a naufragar, porque seu flanco pode ser acossado por nomes como Alckmin ou Haddad, e a hipótese de lançar a alternativa Kassab ao cargo é arriscadíssima para eles.
Observe como existe uma possibilidade crescente de os partidos populares recuperarem, se não os executivos estaduais, ao menos recompor em melhores números as bancadas na Câmara e no Senado, melhorando a correlação de forças para o próximo mandato do presidente Lula.
O sete de setembro foi uma importante vitória, em simbolismo, discurso e sinais para o futuro. A direita sem candidato e sem rumo se desespera e, sem nada a oferecer, caminha para a derrota.
Vamos ver a imprensa minimizar a fala de Tarcísio e apostar em arranjos mirabolantes de acordos entre bolsonaristas e centrão. Sonham com acordos inexistentes e em normalizar golpistas desesperados e sem votos como personalidades legítimas e não ratos, como os próprios filhos do chefe os chamaram.
Há quem prefira os ratos, mas para perder — e quanto a isso não fazemos objeções.
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