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Blog do Franco

  • Tarifas e julgamentos.

    novembro 14th, 2025

    Nesse dia 14 de novembro podem coincidir alguns eventos que iniciaram para uma determinada direção e acabaram por chegar a lugar oposto do inicial.

    Naturalmente, supondo verdadeiros os motivos alegados para as primeiras decisões.

    Estamos falando das tarifas impostas pelos EUA sobre os produtos que o Brasil exporta para lá, as mais altas do mundo até então — excluídas as idas e vindas com os chineses.

    O motivo alegado foi uma perseguição judicial contra Bolsonaro e que deveria acabar. Na sequência, ministros do STF foram enquadrados em leis antiterroristas adaptadas para perseguição política e ideológica mundo afora, excluindo pessoas do sistema financeiro mundial. O que, aliás, suscitou intenso debate por aqui sobre de que forma isso seria aplicado aos ministros na relação com bancos brasileiros — e o assunto sumiu da pauta.

    Quanto ao dia de hoje, temos então três eventos interligados: o fim do prazo dos recursos do Bolsonaro no STF, que pode anunciar o trânsito em julgado da sua ação; o início do julgamento do Eduardo Bolsonaro no STF, por tentar interferir no curso da ação penal do seu pai; e o anúncio dos EUA de aumento da lista inicial de produtos sancionados pelas tarifas, provavelmente frutas, café e talvez carnes.

    Há quem diga que podemos ter surpresas além disso, mas acho improvável.

    A lógica dos anúncios sobre tarifas por lá está ligada a declarações de vitória; no caso brasileiro ficou difícil em virtude da condenação de Bolsonaro e do início do julgamento do filho, que está lá nos EUA conspirando e é um dos promotores das tarifas. Então a justificativa deverá ser por acordos em terras raras e combate à inflação, com menor ênfase na inflação e mais nas terras raras.

    Uma vitória total e fim das tarifas e das sanções aos ministros do STF não devem ser esperados.

    Mas é uma vitória da diplomacia brasileira, que corre contra o tempo e o início de uma provável escaramuça dos EUA na Venezuela — não penso em guerra, mas ataques, e daí em diante veremos o que veremos.

    O Brasil se manteve distante do conflito e de Maduro. Lula esteve neste último fim de semana na Colômbia, na reunião da Celac, alertando para a necessária paz na América Latina, e daqui em diante ninguém sabe o que pode acontecer.

    Essa sexta-feira merece atenção.

    Semana que vem voltamos à Lei das Facções — ou não. O mais provável são outros adiamentos e o governo mais forte para impor seu ponto de vista.

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  • A Esquerda Eletrocardiograma.

    novembro 13th, 2025

    Sem mais comentários.

  • Sobre pesquisas.

    novembro 13th, 2025

    Tenho adotado o ensino de Marcos Coimbra sobre pesquisas tão distantes da eleição: parte relevante do eleitorado não se interessa por uma definição, cerca de 15% praticamente na boca da urna.

    Não são inúteis, porque servem de referência para as estratégias dos futuros candidatos e as expectativas de bancadas. Nesse sentido, os acertos e acordos partidários precisam ser fechados com antecedência, e pesquisas são os principais referenciais.

    Como tivemos um recente episódio da chacina no Rio de Janeiro e a disputa da pauta segue acirrada em torno de leis no Congresso Nacional — e como o apoio a essas operações tem respaldo enorme na sociedade —, exigem do governo muito cuidado no trato da grave questão da segurança pública.

    Ao mesmo tempo, essa mesma maioria apoia outro tipo de abordagem, com mais emprego de inteligência e menos violência.

    O que abre oportunidades de propostas e, portanto, a atual disputa na Câmara sobre a lei das facções reflete o que falam as pesquisas.

    Acabou de sair uma pesquisa Quaest sobre as preferências presidenciais e praticamente nada mudou, com Lula seguindo favorito para 2026. A oscilação permanece dentro das margens de erro, e tendências só devemos levar a sério lá para julho do próximo ano.

    Até lá, serve para vender notícia e debates — e nos distrair.

    E os profissionais que façam as suas apostas.

    De minha parte, a eleição permanece nas mãos do presidente Lula, salvo alguma tragédia negativa.

    E a possibilidade de primeiro turno segue no meu radar.

    Quanto ao projeto das facções, me parece seguir o mesmo caminho da lei da anistia: vai para a gaveta.

    A ver.

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  • Sujeito Oculto.

    novembro 12th, 2025

    O dia de ontem foi inundado com as idas e vindas do relator da Lei das Facções, um tal de deputado Derrite, policial do Bope, que só considera policial de verdade aqueles que mataram no mínimo uns cinco, e foi conduzido pelo presidente da Câmara para a relatoria de um projeto do governo federal. Poucas horas depois de nomeado relator, apresentou um parecer tenebroso — mantendo a máxima da cavalaria de tudo muito rápido e mal feito — e foi bombardeado por todos os lados pelo péssimo serviço. Na verdade, tentou ressuscitar a anterior e rejeitada pelo Senado PEC da Impunidade, e acabou voltando ao projeto original governista, com mudanças nos nomes dos tipos penais para dizer que fez alguma coisa.

    E todo esse rolo seria para abrir caminho de Tarcísio com o centrão em busca de apoio eleitoral nacional, apesar da indicação do chefe Bolsonaro permanecer negada.

    Hoje tentam votar a lei, e vamos ver o que vem por aí.

    Mas a manchete do dia — talvez do ano — foi a queda da inflação de outubro para número de 27 anos atrás: 0,09%.

    E para o menor índice acumulado de um presidente nos três primeiros anos de governo desde o Plano Real.

    E sabe o curioso do feito? O governo, ao menos no dia de ontem, praticamente não comemorou.

    Há quem diga que a inflação caiu por sorte ou por acaso. Mas sabemos que não é assim que funciona.

    No mesmo instante em que isso ocorre, o Brasil vive pleno emprego, recorde de nível salarial médio e investimentos estrangeiros e nacionais a pleno vapor.

    Sim, podem e devem aumentar muito nos próximos anos, mas considerando os números atuais de investimentos e a inflação em baixa e em queda — onde está o milagre?

    Porque isso não é trivial, nem aqui, nem na China, e muito menos na Argentina.

    A resposta está no câmbio, comprimido pelas altas taxas de juros que atraem fluxo de dólar, permitindo acomodar a demanda nacional a ponto de permitir a queda.

    A velha lei da oferta e procura: se sobra oferta, o preço cai.

    O custo para nós é o crescimento da dívida pública, que deve chegar a 80% do PIB em 2025. Nada de assustador, e com a queda prevista das taxas a partir de 2026, retoma trajetória sustentável nos próximos anos.

    O custo é alto para a façanha — eu costumo chamar de pedágio que o brasileiro paga para ter equilíbrio geral, econômico e político, evitando trapaças e golpes das forças econômicas hegemônicas. Sim, eles ganham muito nas aplicações e dão sossego para um governo inclusivo trabalhar; de outra maneira, é golpe, instabilidade e confusão.

    Esse é o resumo de nossa história, ou não?

    Enquanto enchem os bolsos de dinheiro, eles acalmam e permitem estabilidade para o país se desenvolver, crescer e até distribuir renda — outra façanha que só o nosso Lula consegue realizar.

    Que, por sinal, é o grande responsável por mais esse feito, novamente, seguindo seus mandatos anteriores e, dessa vez, com a ajuda determinada do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

    O silêncio nas comemorações da inflação no topo da meta em 2025, em algum momento, deve acabar, penso. Parece que, tantas críticas à condução do BC na busca do cumprimento das metas de inflação com o necessário emprego de taxas de juros exorbitantes inibem o reconhecimento do feito e suas consequências, como o aumento da aprovação do governo e do presidente.

    Sim, porque a inflação de alimentos no primeiro semestre do ano foi o motivo da queda da aprovação do governo, retomando a alta na exata medida inversa em que a inflação caía.

    Esperamos o reconhecimento do esforço do BC, que mostrou o imperativo de domar a inflação — porque é a variável mais importante de uma economia periférica como a nossa — e, daqui para frente, abrir espaço para reduções da taxa SELIC sem comprometer os ganhos, tanto no câmbio quanto nos seus reflexos inflacionários.

    E que o sujeito oculto da façanha tenha seus méritos reconhecidos, na condução serena, mas determinada, e com alvo implacável.

    Gabriel Galípolo é mais um daqueles acertos decisivos do Lula.

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  • Delírio Extremista.

    novembro 11th, 2025

    Seguindo o roteiro da tentativa anterior de blindar o andar de cima – e a classe política ameaçada pelas investigações do destino dos milhões em emendas secretas –, o projeto Derrite e Motta (e Tarcísio de Freitas) propõe engessar a PF e o MP Federal em investigações, que passariam a ser provocadas pelos governadores de Estado.

    Tentam votar ainda nesta terça na Câmara.

    Não faço ideia de a quantas anda o Senado dessa vez, porque foram eles que enterraram a iniciativa anterior, com a tentativa da PEC da Blindagem e vamos aguardar, porque a disposição na Câmara é de aprovar a toque de caixa novamente essa aberração.

    E é provável que consigam.

    Em desesperada reincidência.

    A fumaça que se esconde na mentira de equiparar facções a grupos terroristas é o disfarce para encobrir mais essa tentativa de limitar o trabalho da Polícia Federal, do MP e do STF, com o ministro Dino à frente, no encalço do dinheiro desviado nas emendas parlamentares dos últimos anos.

    O esforço e a desfaçatez deixam claro o tamanho do rabo exposto que tentam, mais uma vez, encobrir.

    As mudanças cosméticas realizadas no texto nas últimas horas não mudaram em nada o caráter deletério da proposta, que segue com o mesmo objetivo de impunidade das tentativas anteriores.

    É bem provável que passe na correria para diminuir o desgaste ao máximo. A dupla Tarcísio e Derrite faz o aceno definitivo ao Centrão, certamente para tentar colher eleitoralmente, na saga da candidatura à Presidência que diz não querer.

    E o bolsonarismo também não quer.

    Depois veremos como fica no Senado e, na sequência, se houver, de vetos e derrubada de vetos, a inconstitucionalidade flagrante que todos sabem evidente nesse tipo de coisa.

    O que importa é fazer os gestos e promover alianças, mesmo tentando passar por cima da lei, da justiça e favorecendo bandidos — os de colarinho branco, bem entendido.

    Para isso querem o poder.

    Lembrando que a PGR já fez a denúncia de três deputados do PL sobre desvio de emendas, e o STF deve julgar nos próximos dias se aceita. E considerando o relator Derrite, secretário de Segurança de SP, é policial que diz admirar parceiros que tenham no currículo ao menos três mortes.

    Esse tipo é o verdadeiro terror, não os pobres coitados nos morros, meros ladrões de galinhas usados como alvo para encobrir os grandes e verdadeiros criminosos.

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  • Aos costumes.

    novembro 9th, 2025

    A pauta da segurança pública entrou na ordem do dia, da pior maneira possível, como convém a esse tipo de desafio: uma chacina no Rio de Janeiro sem nenhuma explicação até agora.

    Acionou o Congresso ávido por vitrines de véspera eleitoral, com deputados e senadores ansiosos para mostrar serviço e garantir reeleição.

    Por baixo dos panos, é preciso tentar identificar a movimentação dos personagens, de todas as matizes, porque todos dependem da escolha das urnas para seguirem participando do jogo.

    E uma das mais sofisticadas manobras do poder consiste em não somente vencer o adversário, mas escolher contra qual adversário disputar, para vencer.

    O que acontece com mais frequência do que se imagina.

    E nem vamos lá atrás, na disputa PT/PSDB — vamos focar em 2026.

    Há poucas semanas, o Centrão se assanhava com nomes não somente para disputar 2026, mas imaginavam, para além de seus parcos apoios, incluir o bolsonarismo sem Bolsonaro. A moeda de troca seria a promessa de anistia para o capo, vencidas as eleições presidenciais.

    Zema, Caiado, Ratinho, Tarcísio — todos tornaram público o compromisso de abrir caminho entre o fascismo sem chapa e moribundo.

    Mas a chacina reacendeu o grupo extremista, com o vigor renovado da pauta escolhida antecipadamente para fazer frente ao governo federal, uma vez que, na economia, não encontram discurso convincente, nem mesmo um descontrole fiscal fictício que tentam emplacar. Porque, apesar dos juros altos, também no déficit fiscal o Brasil tem trajetória sustentável, considerando o horizonte de início de queda das taxas Selic a partir de março do próximo ano.

    Se não têm economia e nem corrupção do governo para alavancar discursos da oposição, o grave problema da segurança pública seria — e será — o foco da oposição para a disputa de 2026.

    Temos insistido nesse ponto.

    Mas um elemento que às vezes esquecemos é o quanto isso interessa ao governo Lula — não somente disputar a pauta, como está fazendo, mas dividir a cena com a extrema direita, alienando o centro da discussão e da vitrine — e como isso interessa aos dois principais antagonistas.

    Porque, na verdade, quem oferece maiores e imprevisíveis riscos eleitorais não é a extrema direita, que agora tem no nome de Flávio Bolsonaro um candidato para apresentar. O risco para Lula sempre foi o centro — com Ratinho, Leite, um nome não testado e que arrastaria o antipetismo, além de imprevisíveis outros votos do centro político.

    Já a extrema direita tem uma característica essencial para ser escolhida como adversário: perde.

    Os movimentos da Câmara e do Senado, com CPIs e votação de PECs, teses de fazer das facções criminosas terroristas, para agradar a direita trumpista e alinhar discursos — tudo entra em disputa com o governo, talvez de forma inédita, pronto para enfrentar o debate sobre o tema segurança e mostrando disposição para atuar com decisões diferentes e discursos renovados, reconhecendo a urgência do debate e seu momento de ser enfrentado com coragem.

    A chacina em si não está mais em discussão; fala-se em cassar o governador do Rio por abuso de poder econômico na eleição — veremos se acontece. E o STF abre investigação sobre ações criminosas com elos na política, empreendidas no estado, o que é uma necessidade, mas me deixou a impressão de, assim fazendo, desviar o foco das investigações sobre a chacina e seus responsáveis.

    A ver.

    Tudo leva a crer que vão colocar tudo na conta do governador Castro, e cada um vai seguir seus objetivos sem entrar no mérito dos crimes cometidos no Rio de Janeiro.

    Porque tem, e reconheça-se, aprovação da maioria das pessoas. Que, também em sua maioria, condena o excesso de violência, mas quer uma solução para o descalabro da violência e da insegurança.

    A resposta da política é, então, usar a realidade da exigência popular para si — cada um fazendo uso da maneira que pode e interessa.

    Uns, na repetição de mais rigor; outros, com discurso renovado, intercalando investigação, alvos de inteligência policial e estrangulamento econômico das facções. Mas todos envolvidos na pauta.

    Porque ela está aí para ser disputada.

    O assunto é delicado, o momento é decisivo para as escolhas em 2026 e o pêndulo das possibilidades está oscilando — e todo cuidado é pouco.

    Foi, sim, um ganho para a extrema direita, que volta para o jogo. Quanto ao governo Lula, temos na semana uma pesquisa Quaest para saber a quantas anda. Rumores de estabilidade na aprovação circulam, e vamos aguardar a confirmação na próxima quarta.

    O quadro geral não deve mudar, com a disputa aberta entre a direita e o PT, o antipetismo buscando definir seu voto e a porta se fechando definitivamente para o centro.

    Cenário de 2018.

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  • Apostas no câmbio.

    novembro 8th, 2025

    Para situarmos os desafios de uma economia periférica como a nossa, vamos refletir sobre o movimento do câmbio em outubro.

    Ficamos sabendo, por esses dias, que durante a discussão para a aprovação da lei que passou a cobrar 10% de imposto sobre lucros e dividendos acima de 50 mil anuais, o que fizeram as empresas estrangeiras? Compraram U$ 13 bilhões de dólares para fazer caixa na hipótese de a lei ser aprovada e enviar o dinheiro para as matrizes lá fora antes da cobrança iniciar. Cobrança que seria a partir de janeiro do próximo ano, mas, como não tem bobo nesse mundo, o governo percebeu o perigo no equilíbrio cambial se volumes expressivos de dólar saíssem rapidamente e incluiu na lei um período de transição para envio desses dividendos e lucros de 2025 até 2028, sem incidência do novo imposto de 10%.

    A decisão deve ter acalmado o ímpeto de aproveitar a janela sem impostos e enviar o dinheiro para suas matrizes — o que teremos que aguardar para conferir. Em todo caso, agora estão em dúvida sobre o melhor a fazer, porque, se o real continua sua trajetória de valorizar, quanto mais tempo ficarem com reais no caixa e esperarem o máximo possível para a troca em dólares, mais lucro se obtém. Outra questão é o que fazer com os dólares comprados em outubro, e o correto seria se livrar deles o mais rápido possível, segundo a mesma lógica de que estão se desvalorizando frente ao real.

    Aqui e ali, as notícias sugerem que os administradores dessas multinacionais estão em dúvida sobre o que fazer. A alegação de evitar a espera até 2028, sem pagar imposto, correria riscos porque no Brasil a coisa sempre muda.

    O argumento é falso e tenta, a meu ver, ocultar uma decisão errada desses administradores: acumularam reservas em moeda estrangeira sem necessidade — no fundo, uma aposta contra o real — e agora estão “micados” e amargando prejuízos.

    E fora se o movimento do câmbio temido de fim de ano for invertido, com venda e desova desses U$13 bilhões, e não de compra como costuma ocorrer no fim de ano, exatamente para fechamento de posições e contabilidades das grandes empresas.

    Ano passado, o movimento de câmbio foi fora da curva — altíssimos U$ 24,3 bilhões — porque a aposta contra nossa moeda foi pesada e lucrativa, o oposto do que se esperava para este dezembro.

    A ver o que acontece.

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  • Papuda.

    novembro 8th, 2025

    Não fosse o histórico recente de decisões por parte do Judiciário brasileiro, culminando com a prisão sem crime do Presidente Lula, muito haveria a comemorar sem ressalvas quando o fim de um personagem terrível como Bolsonaro encontra seu destino.

    Em vários posts enumeramos dezenas de crimes cometidos por essa figura criminosa e seus asseclas siderados, de ganância, de ódio e de mentiras.

    O nosso STF não tem mais como apagar os erros do passado, e parte dos que ainda estão por lá estiveram naquele trágico momento anterior, que não podemos esquecer.

    E a prisão de um ex-presidente não é coisa para comemorar, porque representa uma falha de julgamento grave do nosso povo e de nossas instituições. Imagine se ele fosse reeleito, a quantas estaríamos.

    Seguramente, nada de julgamento atual estaria correndo — talvez o oposto, com ministros do STF sendo expurgados de seus cargos.

    Se não comemoramos, devemos observar com esperança o fato, porque mostra uma decisão correta dentro das regras democráticas e é, sim, uma reação proporcional ao dano e ao perigo atual e futuro que essa gente, com esse falso mito à frente, representa.

    Ou representava.

    Vamos ver como será 2026, com a provável candidatura presidencial de Flávio Bolsonaro, se enterramos parte dessa herança que tenta se manter e viramos essa página do fascismo nacional cortado pela raiz.

    Esperamos a prisão na próxima semana, na penitenciária da Papuda, e ainda estamos ouvindo rumores de uma decisão lateral vindo do Superior Tribunal Militar, que espalha não ser permitido um oficial do Exército preso na penitenciária, senão em instalações militares.

    Tenho como certo que militar condenado na Justiça perde a patente e esse tipo de direito. Alguma coisa parece que vem por esse lado, para fazer mais um fuzuê e depois acabar em nada — do jeito que eles gostam.

    O prazo de votação dos recursos agora negados segue até o dia 14, e essa deve ser a data para decretar a prisão.

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  • COP da Amazônia.

    novembro 7th, 2025

    Aos poucos, a presença de 170 signatários dos países envolvidos na realização da COP 30 em Belém supera a tendência invencível do noticiário de divulgar aspectos negativos das iniciativas do governo.

    Qualquer que seja.

    Nosso presidente é talvez o mais experiente de todos os que estão participando dessa rodada de encontros sobre o tema Meio Ambiente e, não por acaso, bate na tecla de medidas efetivas para além de discursos.

    Focado na preservação das florestas tropicais — a nossa Amazônia, entre outros lugares —, luta por compromisso financeiro de todos através de um Fundo de Preservação dirigido para as pessoas que vivem nesses ermos e são os maiores interessados na manutenção sustentável das matas, desde que possam sobreviver com essa preservação. Num certo sentido, Lula está dizendo para o mundo que a mata se mantém quando as pessoas sobrevivem sem precisar destruí-la.

    O primeiro-ministro do Reino Unido discursou afirmando que o consenso ambiental que havia no mundo não existe mais, referindo-se aos EUA de Trump, que nem mandaram representante para o Brasil. Talvez esteja certo na avaliação e talvez esteja com planos distintos, usando Trump para camuflar interesses. Sua contribuição ao fundo é esperada para esta sexta, ou não — e aí vamos ver a quantas anda o compromisso da Inglaterra com o assunto. O príncipe quase rei, ou rei meio príncipe, anda por aí papagueando, mas o dinheiro mesmo ainda não apareceu.

    Enquanto outros países — e também o Brasil — contribuem, a meta de 10 bilhões de dólares alcançou metade no primeiro dia e deve ser atingida, apesar dos pesares.

    Lula está dizendo que compromisso é colocar a mão no bolso. O resto é conversa — e ninguém aguenta mais.

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  • Mil Perdões.

    novembro 6th, 2025

    “Te perdoo
    Por fazeres mil perguntas
    Que em vidas que andam juntas
    Ninguém faz.”

    Os ataques de Eduardo Bolsonaro ao governador de SP, Tarcísio de Freitas, entre tantos ataques proferidos a granel pelo filho auto exilado e a caminho de se tornar réu no STF, seguem na base diária e mostram a quantas andam a disputa pela herança dos votos na extrema-direita.

    A reunião dos governadores de direita, na onda de perplexidade com a chacina no Rio de Janeiro, tentando capturar a pauta de segurança do governo federal e também do bolsonarismo, foi duramente atacada pelos filhos do ex-mito, exatamente porque não incluíram os supostos líderes da direita no movimento.

    Tarcísio, apesar de negar a candidatura à Presidência e contratar equipe de marqueteiros com experiência em pleitos nacionais — o que eu pessoalmente sempre duvidei, pois não creio que vá trocar SP por uma derrota na disputa com Lula —, pediu desculpas ao ministro Moraes, até então em caráter privado, argumentando ser mais fácil se reconciliar com o STF do que com o Bolsonarismo..

    Estamos falando do pedido de perdão pelos ataques que Tarcísio fez a Moraes naquela manifestação de apoio à anistia em SP, quando chamou o ministro de “tirano”.

    Seria o caso de perguntar quem vazou o pedido para a imprensa: se Moraes ou Tarcísio.

    Porque, dependendo, temos distintas leituras.

    Se foi Tarcísio, é porque desistiu mesmo da candidatura à Presidência; se Moraes, porque quis mandar recado de força e justificar alguma aproximação entre eles no futuro.

    O pedido, seja de quem for, terá consequências no eleitor bolsonarista, e alguma queda das intenções de voto em Tarcísio — mesmo na candidatura à reeleição em SP — deverá ser notada. E, quando saírem as pesquisas, cá entre nós, na hipótese de nada ocorrer na direção de perda de votos de Tarcísio, é porque alguma coisa acontece na desagregação do bolsonarismo, a ser observada com atenção.

    Parece que, na relação Tarcísio e Bolsonaro, vale, por enquanto, a poesia de Chico Buarque na música “Mil Perdões”: “te perdoo por te trair!“

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