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Blog do Franco

  • Direita imobilizada, à espera.

    novembro 25th, 2025

    Vou voltar a esse assunto uma vez, e espero retornar apenas depois de alguma definição oficial da candidatura da direita para o pleito de 2026.

    O quadro permanece inalterado, ficamos dando voltas sobre o mesmo tema sem avançar, porque a definição está dada: Bolsonaro escolhe um filho — sobrou o Flávio — e faz uma escolha dura, sacrificial, porque sabe que vai perder. As chances de anistia sem o comando do Executivo são ínfimas, para não dizer inexistentes. Mas, ao escolher o filho, preserva o capital, mesmo que reduzido, mas importante, dos votos da extrema direita, que segue sob o comando de mais um Bolsonaro por mais um tempo imprevisível.

    Pessoalmente, não vejo em Flávio capacidade de conduzir extremistas como o pai; ele, apesar de tudo, não tem o mesmo perfil tresloucado. Quando o faz, apenas repete os excessos que aprendeu, sem acrescentar nada de novo.

    A originalidade do pai está perdida para a direita, e eles sabem disso.

    Lançar um nome mais ao centro, supostamente Tarcísio, poderia criar maiores dificuldades eleitorais para o governo em 2026, mas, mesmo assim, as chances de reeleição permanecendo maiores colocam o prêmio não na eleição em si, mas no pós-eleitoral, com o ungido, mesmo derrotado, alçado a líder da direita na sequência.

    Os Bolsonaros também sabem disso e não abrem mão, sendo essa, na verdade, a razão das disputas internas entre eles e da indefinição — na verdade falsa — porque os Bolsonaros estão decididos a empurrar a decisão com a barriga e afastar a concorrência, que precisa de tempo para consolidar nacionalmente um nome.

    Ao negar tempo para uma campanha nacional efetiva, porque o sobrenome Bolsonaro dispensa esse imperativo por ser nacionalmente reconhecido, o que a família faz é avisar que eles vêm, não importa o que aconteça.

    Não decidir é uma forma de fazê-lo, e a imprensa toda reage contra tentando afogar o bolsonarismo para que o outro possa surgir, sem sucesso.

    Os filhos choram, oram e não largam o osso; a vitimização é a exigência do momento, usando o emocional fragilizado dos apoiadores como sustento nessa hora crítica, porque decisiva.

    Jamais uma mulher virá como representante da extrema direita; Michele segue no papel da esposa e tentando manter o cabresto evangélico, para um dos pilares do fascismo não dispersar.

    Alguma coisa vai se perdendo pelo caminho; até 2026 muita coisa pode acontecer. A imagem da prisão definitiva e a necessidade de mostrar-se frágil e doente, para obter benefícios futuros como uma prisão domiciliar, é o que resta para o chefe entregar a coroa.

    Eles sabem que vão perder em 2026 e disputam o próprio legado; apostam nas bancadas para manter a força e a influência e o futuro a Deus pertence.

    Num certo sentido, todos os olhares estão voltados para 2030, quando, sem Lula, a verdade é que tudo pode acontecer.

    Até lá, é aproveitar o melhor governo da nossa história.

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  • G20,COP30 e Tarifas. O strike do Brasil.

    novembro 24th, 2025

    A semana foi particularmente proveitosa, com a política externa colhendo êxitos em distintos locais, públicos, agendas, interesses e comerciais.

    A COP30 de Belém, se não foi inteiramente um sucesso — sempre ameaçada por interesses dos produtores de petróleo, entre eles nós mesmos —, conseguiu produzir acordos suficientes para uma conclusão honrosa e, sobretudo, manteve os temas da preservação, emissão de gases e transição energética no centro da pauta mundial, algo que, no início, era visto como improvável diante das pressões internacionais.
    Além disso, o encontro consolidou Belém como referência global em debates climáticos e ampliou compromissos sobre financiamento climático, mecanismos de perdas e danos e responsabilidades compartilhadas, com destaque para a cobrança feita pelo Brasil por maior ambição das nações ricas, historicamente responsáveis pela maior parte das emissões.

    Teremos: os principais acordos da #COP30 incluem o esforço liderado pelo Brasil para um roadmap de transição para longe dos combustíveis fósseis e do desmatamento; recursos ampliados para financiamento de adaptação; o acelerador de implementação para manter 1,5 °C vivo; e um novo mecanismo estruturado para fortalecer a transição justa, especialmente para países em desenvolvimento.
    A conferência ainda reforçou a necessidade de que os compromissos de 2030 e 2035 sejam atualizados com maior urgência, o que coloca o Brasil em posição de liderança moral e técnica no debate.

    O G20 na África do Sul — meio a reboque das pautas ambientais e diante da tentativa de virada unilateral dos EUA, que não compareceram nem a Belém, nem a Joanesburgo — também produziu avanços.
    O documento final menciona explicitamente “mudanças climáticas”, termo negado pelo presidente americano em recentes pronunciamentos, e reafirma o multilateralismo como princípio central. A cúpula celebrou o “desfecho bem-sucedido” da COP30, mesmo enquanto a reunião em Belém ainda estava em curso, e reforçou compromissos sobre financiamento climático, reforma da governança global e estímulos ao desenvolvimento sustentável, temas alinhados às reivindicações brasileiras.

    Por fim, ainda não inteiramente concluída, a derrubada das tarifas de 40% sobre produtos da agroindústria — carne, café e outros — aponta para a normalização do nosso comércio com os EUA. Ainda faltam retirar sanções contra autoridades e tarifas sobre produtos industriais para superarmos todos os equívocos cometidos.
    Mesmo a prisão de Bolsonaro, motivo alegado inicialmente para as tarifas, não voltou a ser mencionada entre as partes nas negociações, que seguem em curso de maneira pragmática.

    A Venezuela segue na pauta diplomática para evitar o conflito, como Lula anuncia para breve um novo contato com o presidente norte-americano.

    Podemos afirmar que o anúncio da assinatura do acordo entre a Comunidade Europeia e o Mercosul, prevista para 20 de dezembro, nos coloca próximos de um ano praticamente perfeito de amadurecimento do papel imprescindível do Brasil — e de seu presidente — na condução do mundo multipolar, tão desafiado pelas iniciativas unilaterais do império norte-americano.

    Pelas bordas e dentro de suas limitações, seguimos fazendo diferença: multipolar, solidário e disposto ao diálogo, diante de um mundo pressionado a ser unilateral, distante e indiferente.

    Se depender do Brasil, não.

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  • Desdobramentos esperados.

    novembro 23rd, 2025

    A prisão do ex-presidente — porque dali ele não sai mais — aguardada ansiosamente por grupos de interesses distintos, aconteceu.

    E agora?

    Como esperado, quem deu o primeiro bote foi a imprensa golpista, há muito pregando o imperativo do bolsonarismo sem Bolsonaro, os mesmos da desejada terceira via de tantos fracassos.

    Mal a tornozeleira saiu da canela do miliciano e todos fazem coro sobre a dificuldade de emplacar um sobrenome Bolsonaro em 2026. De fato, por enquanto, sobraram apelos humanitários em torno de um pretenso doente — patéticos, vindo da boca de apreciadores de torturadores. É a estratégia para um pedido de prisão domiciliar por motivo de saúde, o mais breve possível. Mas, como apelo eleitoral, é desastroso.

    E o centrão, que finge não ter nada com isso, ensaia seus nomes — Ratinho e Tarcísio — com Leite correndo por fora.

    Tarcísio preferiu mergulhar, aliás, todos eles. Em suas manifestações até aqui protocolares, fazem referência a apelos humanitários e à suposta inocência do mito encarcerado.

    E não devem passar disso, porque as cenas de Bolsonaro com a responsável pela tornozeleira, com o mito falando baixinho sobre sua tentativa de rompê-la com ferro de solda… bem… ficam para a história como uma imagem definitiva de despedida de um personagem menor, ilusionista, falso, patético e covarde. Uma vergonha para si e para os seus.

    As previsões de declínio seguem aceleradas; não é possível imaginar outra coisa. Até onde cairá, vamos saber em breve — e quem pode ser o beneficiário da derrocada eleitoral do falso mito.

    Afetar Flávio já afetou. Manter sua fraquíssima vigília na porta da casa do pai em Brasília, com ele já na PF — vigília minguada que durou apenas duas horas, esvaziada e sem razão — serviu mais para tentar disfarçar objetivos anteriores. A meu ver, a tentativa de fuga não pode ser descartada. Lembrando que a esposa e a filha convenientemente não estavam em casa, talvez para afastar suspeitas de cumplicidade.

    A entrevista de Trump logo após a prisão de Bolsonaro — que ele desconhecia ao começar a responder aos repórteres —, quando perguntado pelo ex do Brasil, começou dizendo ter falado com ele “ontem” e que “se veriam em breve”. Em seguida, informado dos fatos e sem esconder surpresa, respondeu apenas “too bad”. Isso me deixou intrigado, e não consigo separar essa fala do que aconteceu aqui, com essa tentativa de romper a tornozeleira.

    A reação da embaixada dos EUA ainda ontem, atacando Moraes e ignorando a violação de segurança, pareceu demonstração de frustração e inaceitável inação — talvez de alguém que teve planos frustrados. Tal como receber um exilado perseguido pela Justiça…

    No mínimo, há uma história aí a ser apurada.

    A tendência é, sim, o bolsonarismo se isolar. A liderança da extrema direita no Brasil segue em aberto. Continuo apostando em Flávio — cada vez menor — e com o centrão tentando de tudo para emplacar um nome.

    Mas está difícil para eles.

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  • Interesses distintos, por enquanto?

    novembro 21st, 2025

    Claramente uma cisão aconteceu entre a Câmara dos Deputados e o governo, ainda cedo para saber a duraçao..

    O envio do projeto de segurança sobre facções, iniciativa do governo, foi recebido com forte reação, a ponto de o presidente da Casa, Hugo Motta, nomear relator um sujeito desqualificado, mas alinhado com interesses de Tarcísio e, de maneira geral, cuidando de afastar a intromissão do governo na pauta cara aos conservadores: a segurança pública.

    De lado a lado estão mantidas, até o momento, rispidez e troca de acusações. O líder do governo, Lindbergh, admite o desconforto, e Hugo Motta, por sua vez, insiste em cobrar explicações públicas do governo por manter veto à proposta da Câmara aprovada.

    Na sexta versão, depois de muitos vetos a pontos inaceitáveis e uma conclusão insatisfatória.

    Poderia ser muito pior, não fosse a inaptidão do relator “derretido”, Derrite, que foi testado e desaprovado para a tarefa. Conseguiu chegar a cabo com um projeto que o Senado já avisou que não segue como está.

    Mas o importante dos fatos é entender a motivação, a disputa da pauta e seus desdobramentos.

    Me parece claro que Congresso e governo iniciam voos distintos com relação a 2026. O ideal seria que isso acontecesse mais adiante, mas a questão do nome ainda por definir, após a prisão de Bolsonaro, para ser o candidato da oposição na disputa presidencial, provocou disputas entre os grupos da direita, que se atropelam para ver quem consegue a vaga.

    Naturalmente, desabou na Câmara mais do que no Senado, e obrigou que máscaras caíssem antes da hora.

    Seria melhor se permanecessem nas caras, até porque ficarmos divididos com a Câmara ainda a um ano da eleição não é bom. Por isso imagino que mais à frente teremos espaço para retornar ao diálogo, que interesse a todos.

    Como estamos nessa etapa de definições de candidaturas e cursos pré-eleitorais, já teríamos por aí algum estresse; somado à indefinição do nome da direita e à prisão de Bolsonaro, ferveu antes da hora, e interessa acalmar os ânimos para todos definirem posições.

    O fato de o governo manter alta a aprovação e o favoritismo eleitoral obriga a classe política à moderação e a manter pontes abertas.

    O oposto no bolsonarismo, com Tarcísio e os filhos brigando pela herança a céu aberto.

    Kassab deu declaração afirmando estimar em 45% a votação de qualquer nome da direita no segundo turno. Observe que ele está falando que Lula ganha com 55%. E pode ser um sinal de que desistem, por enquanto, da presidência e vão focar no Legislativo? Ciro Nogueira foi mais explícito e afirmou exatamente isso: “fazer bancada, porque desunidos como estamos vamos perder”.

    Acredito ser esse o cenário.

    E sobre a nomeação de Messias para o Supremo abrir mais uma frente de batalha, dessa vez com o Senado, aí me parece mais uma disputa de espaço entre Legislativo e Executivo do que entre Alcolumbre e Lula. A escolha de ministro do STF é exclusiva do presidente da República, mas o Senado, com essa postura mais agressiva de Alcolumbre, ensaia mais um avanço das prerrogativas sobre o presidencialismo, com desdobramentos futuros cada vez mais pendentes para o enrijecimento do regime presidencialista no Brasil. Assunto mais para o futuro, embora cada vez mais presente. Importa agora esperar alguma retaliação do Senado, marcando posição — e não deve passar disso — diferente da expectativa com a Câmara, onde a cisão foi mais profunda e imagino que este ano não se conserta.

    Resta esperar o recesso de Natal e, no próximo ano, ver como a coisa retorna, provavelmente com diálogo restabelecido.

    A popularidade do presidente e suas chances de reeleição seguem como o lastro do governo para manter o poder nas mãos; sem isso, os lobos o teriam devorado.

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  • O print é eterno.

    novembro 19th, 2025

    A primeira ilustração se refere ao editorial recente, sobre o local de prisão de Bolsonaro, ainda não divulgado.

    Mas não deve demorar.

    A segunda ilustração se refere à prisão do Lula na PF de Curitiba.

    Dispensa comentários e deixa, mais uma vez, à mostra com que tipo de gente, controlando as mídias tradicionais, estamos lidando.

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  • No Senado, a batalha pela sétima versão do PL da Segurança.

    novembro 19th, 2025

    A união do Centrão e do bolsonarismo na Câmara aprova a sexta versão do projeto do derretido Derrite, que não foi o desastre da primeira versão, mas também ficou longe do original do governo.

    O estrago foi minimizado; Derrite, apesar da aprovação, deixou a pior das impressões, e a relação do governo com Hugo Motta saiu trincada.

    Mas a aposta se volta para a sétima versão, aquela que vai ser votada no Senado, ainda em 2025 segundo se afirma, onde as mudanças que retiram recursos da PF deverão retornar.

    Sobre a integralidade do projeto original, não parecem haver muitas esperanças de aprovação.

    O governo sobreviveu aos anos anteriores negociando com o Congresso nas principais matérias de interesse, com sucesso. Sobre segurança, foi muito difícil, partindo da escolha de Derrite para relator e sua absoluta recusa e incompetência para negociar, ignorando o ministro Lewandowski nas tratativas e a ministra Gleisi, que chegou a anunciar encontro depois cancelado pelo bolsonarista/tarcisista. Seguramente motivados por prejudicar a atuação da PF e usando a pauta de segurança como cortina. Restou ao governo firmar posição, afastar as mudanças inaceitáveis e engolir os jabutis de ontem.

    Vida que segue: o desastre total foi evitado, a nova PEC da impunidade foi evitada e é ver o que pode ser melhorado no Senado

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  • Ninho de mafagafos cheio de mafagafinhos.

    novembro 18th, 2025

    Segundo consta, o governador Tarcísio prepara o anúncio de sua candidatura presidencial tão logo seja anunciada a prisão do chefe da milícia bolsonarista.

    Tem pedido para um encontro “o mais rápido possível” com o chefe no domicílio onde se encontra preso, de onde poderíamos imaginar sair alguma indicação de apoio para a empreitada.

    Mas, dependendo dos filhos — que afirmam o imperativo de a herança permanecer na família — e dos avisos do próprio pai, no sentido de adiar ao máximo a indicação do herdeiro, tendência que repetimos aqui à exaustão, não espere por parte do governador de SP nenhuma ousadia de voo solo, porque sabe que sem a unção do chefe ele não vai longe.

    E arrisca perder força em casa, como aliás já começou a acontecer.

    Se os filhos anunciam o imperativo de a herança eleitoral permanecer na família, a madrasta parece concordar e avisa ser ela quem melhor representa os ideais do marido. Talvez façam essa presepada para confundir, autopromoção e adiar, conforme o desejo do chefe, ao máximo uma decisão que, uma vez tomada, não tem volta — e a hipótese de ostracismo do velho é o seu provável destino, muito distante de qualquer anistia ou perdão presidencial de um herdeiro.

    Mas não só eles: Haddad parece se animar com os fatos e pode aparecer como candidato em SP. Percebe a decadência do Tarcísio enroscado na teia de indecisões do seu grupo e deve sair, no mínimo, ao Senado. A possibilidade de encarar a candidatura para o governo de SP, muitas vezes negada, aumenta a cada dia. Aproveitou para afirmar na imprensa que já entregou praticamente tudo prometido ao presidente no ministério é porque tem algum objetivo futuro na mira.

    Em Minas, Pacheco diz esperar a decisão do Lula sobre a vaga de Barroso no STF, enquanto prepara sua saída do PSD e uma candidatura para disputar com chances — aí sim — de vencer. Para o STF vem Messias, mais do que indicado pelo presidente.

    Outro que diz que muda de partido para concorrer, custe o que custar, é o velho líder das milícias ruralistas da UDR, atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Como dizia Lula em 2004: quando passar dos 2% a gente começa a levar ele a sério.

    José Dirceu para deputado federal; Marina e Tebet para o Senado, Tebet talvez em SP e Marina… também.

    No Rio, quem vem para o governo é o PSOL, com Braga, e Benedita para o Senado.

    Boulos não vem; mira o horizonte.

    Ciro e Aécio, perdidos no espaço.

    E depois vamos anunciando os desdobramentos desses nomes todos, quando tudo se confirmar.

    Ah, Lula para presidente, contra uma miríade de direitistas…

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  • A semana.

    novembro 17th, 2025

    Bolsonaro, Flávio, lei das facções,

    Aguardamos para a semana o trânsito em julgado do processo do chamado Núcleo 1, onde os principais golpistas foram agrupados e condenados. Os trâmites na Justiça são sempre intrincados, mas o máximo que ainda falta é uma decisão aqui e ali, sem muitas delongas.

    E não fechamos exatamente um ciclo porque, a exemplo do que ocorre no mundo, e nesse último fim de semana com manifestações violentas no México — contra uma presidenta com 70% de aprovação —, e eleição no Chile, com a esquerda competindo contra um candidato da direita, outro da extrema direita e um terceiro da extrema extrema direita, mostram o tamanho da encrenca em que estamos metidos. Mas sempre temos esperanças, como aconteceu no Equador que, também no fim de semana, rejeitou propostas do presidente extremista Noboa de instalar bases militares norte-americanas no país, além de mudanças constitucionais de interesses autoritários.

    Por aqui caminhamos razoavelmente bem, até por conta da tentativa de golpe após a derrota eleitoral, que provocou a reação institucional que deixou os extremistas acuados e sem candidato, tudo indicando uma vitória de Lula em 2026 e um Congresso de cores imprevisíveis a essa altura. Mesma coisa o Senado. Mas, no meu otimismo incorrigível, acredito que teremos boas surpresas e números melhores na correlação das casas legislativas. Até porque o centro está cada vez mais buscando alianças com a esquerda, na medida em que nos aproximamos da data eleitoral e a indefinição do candidato de oposição embaralha a decisão do grupo.

    Indecisão mais ou menos, porque me parece cada vez mais claro que o nome do Flávio será o escolhido, enquanto Tarcísio, que de tudo tentou para ser o ungido, vai cada vez se queimando mais com o bolsonarismo raiz. E, segundo tenho observado, começa a perder espaço também entre os moderados por conta de seu alinhamento canino. Ou seja, sua subserviência não convence os radicais e afasta os moderados, e suas chances de vencer a reeleição em SP, apesar de muito altas ainda, vão diminuindo.

    Com sinal invertido do cenário nacional, porque falta a esquerda definir o candidato em SP para enfrentar Tarcísio e aglutinar forças, para aí sim sabermos a quantas estamos.

    Toda essa confusão na aprovação das leis das facções pode ser explicada pela tentativa do Tarcísio de se aproximar do centrão — todo enrolado com desvios nas emendas parlamentares, investigações na Operação Carbono (com rumores de delações premiadas a caminho) — e tentar escapar da Justiça. Mas o derretido Derrite deixou mostra de enorme incapacidade e incompetência: ao tentar aprovar uma nova lei de segurança para afastar a PF de suas obrigações, entre outros absurdos, mostrou que não passa de uma besta — assassina? — e sempre olhei para o lixo que produziu no mesmo descaminho da anistia nas mãos do Paulinho sem força.

    Boa semana para todos, aqui ninguém morre de tédio.

    PS.: Saiu a notícia que Tarcísio só esperava prisão do Bolsonaro para lançar sua candidatura a presidente. Mas…Neste domingo (16), após Flávio e Eduardo Bolsonaro (PL) anunciaram que o clã Bolsonaro quer a “cabeça de chapa”.

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  • Oposição sem rumo mira nos juros.

    novembro 15th, 2025

    A vocação de seguir mirando nos próprios pés segue orientando as decisões da oposição no Brasil.

    A rigor, neste ano de 2025 eles só acertaram uma.

    Nos dois primeiros anos do atual governo conseguiram manter pressão sobretudo na Câmara dos Deputados, quando Lira comandava. E o fazia na base das ameaças e conchavos, enquanto controlava o fluxo de liberação de emendas, mantendo o esquema do desgoverno anterior e os bilhões.

    E mesmo assim os principais projetos de interesse do governo Lula foram aprovados e, aos poucos, os acertos dos conhecidos programas sociais e de investimentos públicos foram retornando, trazendo resultados conhecidos e esperados. Faltava trocar o presidente do Banco Central, Campos Neto, para que sua retórica explosiva fosse afastada. Com esse sujeito a oposição conseguiu seu maior feito, quando a falsa pregação do descontrole fiscal, a partir da avaliação oposicionista engajada do presidente da autoridade monetária, jogou o dólar para a estratosfera e a inflação.

    A entrada de Gabriel Galípolo mudou tudo: com silêncio, serenidade e administração das expectativas, e aumento das taxas de juros, mudou a trajetória da inflação e estamos próximos de fechar o ano dentro do teto da meta de 4,5%.

    Uma conquista pra lá de importante e decisiva.

    A curva de recuperação da popularidade do governo e da aprovação pessoal do presidente Lula é inversamente proporcional à queda da inflação. Quanto mais a inflação cede, mais a popularidade cresce.

    Pode ser que no momento estejamos no teto da aprovação, até porque, como temos tantas vezes afirmado, o desinteresse acompanha parte da população com a eleição ainda distante— que não é desprezível e pode decidir uma eleição de véspera.

    A oposição conseguiu emplacar um ataque com a chacina no Rio; a discussão sobre a segurança ganhou as manchetes e a popularidade, que vinha crescente, estabilizou. Havia previsões de catástrofe para o governo que não se confirmaram, até porque a reação equilibrada não afrontou o sentimento majoritário da população com relação a esse grave problema nacional.

    Que segue em disputa.

    Na semana observamos mais uma frente de ataques da oposição, e aqui me parece onde eles, no desespero, seguem tentando emplacar novas frentes de desgaste. Ao atacarem os juros do BC e seu presidente Gabriel Galípolo — nos discursos de plenário observamos esse movimento — tentam atingir o local onde a maior vitória do governo, a derrota da inflação, se consolida nas próximas semanas.

    Mas leva a oposição para o ringue das conquistas econômicas, onde o sucesso do governo é grande e com perspectivas de continuarem.

    Talvez a necessidade de enfrentar o governo na sua zona de mais conforto seja um imperativo estratégico; se não conseguirem fazer estragos o mais rápido possível na economia, não vão conseguir na véspera da eleição.

    Como é pouco provável que consigam — o estrago no câmbio já foi e está sendo resolvido, o mercado assimilando ganhos na bolsa e nos juros e não só acomodando como passando da precificação de nova vitória de Lula em 2026 (que nunca foi um desejo) para a aceitação e entendendo melhor como aproveitar a nova onda de desenvolvimento, em vez de insistir em ignorar e perder oportunidades.

    Ao fazer o ataque na economia, especificamente nos juros, tentam de alguma forma provocar alguma reação negativa que influenciaria a trajetória do câmbio e a inflação.

    Pouco provável, e mais um sinal da desorientação geral e da falta de rumos, enquanto esperam o chefe condenado e a caminho da prisão indicar o sucessor: o filho Flávio.

    Para perder, bem entendido.

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  • A razão da minha fé .

    novembro 14th, 2025
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