
Nosso ministro Haddad participou de uma sequência de debates em 3 diferentes comissões da Câmara, no dia da aprovação da urgência para a análise do novo arcabouço fiscal.
Fora as discussões de praxe, provocadas pela oposição que nada tem a dizer ou propor, nem quando era governo, Haddad em algum momento das conversas respondeu que nosso novo arcabouço fiscal também era uma jaboticaba, igual ao anterior do Temer.
E que era mais restritivo que demais ancoras fiscais existentes no mundo.
Vi reações de muitos do campo progressista estranhando a fala, isso sem contar com o Psol votando contra a urgência na Câmara.
Sobre o Psol falaremos noutro Post, já as reações de surpresa dos progressistas, inclusive economistas renomados, merece uma breve reflexão.
De fato é estranho quando nos deparamos com uma opinião sincera de uma autoridade do governo, ministro da economia então, coisa raríssima de se ver.
O que Haddad fez ao chamar a nova âncora de jaboticaba foi simplesmente nomear sem margem de dúvidas o lugar onde esse tipo de ferramenta se situa no conjunto das referências da economia real, e que no fundo não passa de uma invenção nacional para sinalizar ao mercado financeiro e seus porta vozes intenções e nada mais do que isso.
A perplexidade da ausência de punição na hipótese de descumprimento da proposta fiscal, desconcertou até o redator do projeto a ser votado, o pobre homem precisou incluir proibição de reajustes de salários para o funcionalismo e de realização de concursos públicos, para não aparecer diante de seus pares e dos críticos do governo de mão vazias.
Mas a fala de Haddad não deixa dúvida quanto ao que ele entende ser e significar esse tipo de tradição fiscal brasileira que, como as jaboticabas, só existem aqui no nosso país.
Dizem isso sobre as jaboticabas, mas não sei se é verdade.
Quanto a essas âncoras inventadas ao longo de todos os governos, todas fracassadas, não tenho dúvida da procedência nacional exclusiva.








