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Blog do Franco

  • Não chore por mim etc e tal.

    agosto 21st, 2025

    ” 247 – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu ao pai dele, Jair Bolsonaro, que se apressasse em manifestações de apoio ao presidente norte-americano, Donald Trump. A Polícia Federal indiciou os dois políticos da extrema direita brasileira por obstrução judicial no inquérito da trama golpista. 

    De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (20) pelo Portal G1, Eduardo demonstra preocupação de que o republicano “vire as costas” ao Brasil e “passe para a próxima”, caso não recebesse um gesto público de Jair Bolsonaro.

    “Opinião pública vai entender e você tem tempo para reverter, se for o caso”, afirmou Eduardo ao pai dele. “Você não vai ter tempo de reverter se o cara daqui virar as costas para você. Aqui é tudo muito melindroso, qualquer coisinha afeta”, continuou. 

    “Na situação de hoje, você nem precisa se preocupar com cadeia, você não será preso. Mas tenho receio que, por aqui, as coisas mudem. Mesmo dentro da Casa Branca tem gente falando para o 01: ‘ok, Brasil já foi. Vamos para a próxima’.”

    Em seguida, Eduardo reforçou a necessidade de Bolsonaro publicar mensagem de agradecimento a Trump. “Eu quero postergar este bom momento de agora, mas se o nosso cara vai encontrar o 01 sem nenhum tweet seu, te adianto que isto não será bem recebido.”

    Ontem à noite comecei a preparar o post desta manhã (sim, precisa preparar com tempo) quando surgiu a primeira informação do conteúdo do celular do Bolsonaro, aquele apreendido durante a imposição das cautelares. Ficamos sabendo da minuta em que o ex-presidente preparava o pedido de asilo político na Argentina. Mas sabíamos que a capivara seria muito maior e que uma enxurrada de diálogos entre Bolsonaro, Eduardo e Malafaia atravessaria a noite.

    Copiei a reportagem acima do 247 como exemplo, mas o pior trecho foi o diálogo de Bolsonaro com o advogado de Trump, em que combinavam ideias e reações que agradassem os EUA para promover o ataque institucional e econômico atual. Me parece de enorme gravidade as tratativas e tudo o mais, absurdo e confirmando a traição aos próprios eleitores, aos governadores que os apoiam, a Tarcísio, a todos menos a si próprios. Deixam claro que até Trump está sendo enrolado nessa trama de milicianos. Claro que Trump tem a agenda própria e usa os traidores para seu interesse nos BRICS, mas também é usado por pai e filho na tentativa de escapar da prisão.

    Outra questão que fica clara é que, de fato, as sanções começam a descer na escala de preocupações de Trump em relação ao Brasil. Entramos na “geleia geral” do pacote BRICS e do balanço comercial, entre tantos, e a questão Bolsonaro começa a sair pela tangente. Isso provoca em Eduardo enorme preocupação, porque sente o chão começar a faltar sob os pés. Sem contar que Trump não será presidente para sempre, e o dia de pagar a conta com a Justiça brasileira vai chegar.

    Malafaia entra na roda e vamos guardar o conteúdo do seu celular apreendido ontem pela PF. Promete ser um festival muito, mas muito divertido.

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  • Taí o milagre. Falta o nome do santo.

    agosto 20th, 2025

    Seguramente o santo tem nome : Gabriel ( nome de anjo, a propósito)

    E segurou o dragão da inflação – e até agora das tarifas- na unha, contra todas as expectativas, inclusive as minhas.

    Vida que segue.

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  • Almoços e jantares.

    agosto 20th, 2025

    O presidente Lula vem promovendo almoços com ministros de sua base nesse início de semestre, decisivo para a formação de interesses visando à eleição de 2026. Aos poucos, todos os partidos que andam negando votos na Câmara e no Senado (se bem que em projetos, digamos, laterais) foram convocados a responder pela disposição de permanecer nos ministérios ou ceder o lugar para alguém mais fiel. O que temos visto até aqui é a confirmação, sem exceção, da disposição de permanecer nos postos.

    Uma segunda rodada de almoços incluiu o presidente da Câmara, essa semana, e depois da tentativa de bloqueio do plenário pela oposição desesperada. O resultado estamos vendo ontem, hoje e veremos na semana que vem: os projetos de interesse do governo andam a toque de caixa, enquanto anistia e fim do foro, alvos do bolsonarismo moribundo, não saem das intenções.

    E quem promoveu jantar ontem à noite foi o líder do União Brasil, Rueda, recebendo vários governadores de oposição e demais líderes da direita e do Centrão. O que se vê são juras de amor insinceras; todos reafirmam intenção de união no segundo turno, “se Deus quiser”, mas ninguém entrega ministério — nem o União Brasil, do Rueda.

    A situação de todos ali é delicada: dependem do aval de Bolsonaro para lançar Tarcísio — para perder — e nem isso devem obter, nem o aval, nem Tarcísio, que vai de São Paulo à reeleição para não ficar na chuva nos próximos quatro anos pós-2026. E tem uma questão aí que Tarcísio parece começar a entender: a necessidade do Centrão e dos partidos de direita nem é derrotar Lula, mas fazer bancadas e garantir o espaço dessa turma. E, para isso, até um Flávio da vida resolve para o sacrifício: perder a eleição para Lula e, talvez, liderar a oposição. Esse “liderar”, no entanto, tenho minhas dúvidas, porque o Centrão é como a hidra e tem muitas cabeças. Mas pode sim liderar o bolsonarismo, que, mesmo mais uma vez derrotado, sobrevive mais um tempo por aí. O Centrão, esse, sim, é eterno.

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  • Jogando parado.

    agosto 20th, 2025

    O tarifaço americano tem importância para a nossa inflação de curto prazo, principalmente em um momento em que alguns produtos não consigam ser redirecionados rapidamente para outros países. Pois há toda uma questão de estocagem que pode levar a solução inicial a ser direcionar para o mercado interno. Isso levaria ao aumento da oferta e os preços cairiam muito. Até por isso há uma mobilização das empresas para uma solução com os EUA. Se o caso não se resolver, pode haver um desequilíbrio na oferta de frutas, a exemplo da laranja e da manga, muito exportadas, e de carnes no mercado brasileiro, o que pode acentuar a deflação de alimentos que já aconteceria naturalmente.

    Mas quando olhamos para a outra ponta, o consumidor norte-americano, a leitura é oposta: escassez e aumento dos preços.

    Toda vez que você ouvir o presidente Trump comemorar o aumento de receitas de seu país, lembre-se de que estamos tratando de arrecadação de impostos. Quem promove o crescimento da arrecadação é quem paga o imposto, no caso o consumidor e, como mostra a ilustração do post, paga caro. Na foto que ilustra o Post, a carne de segunda moída está custando R$ 80,00 o quilo, o dobro do nosso custo, e custava menos lá do que aqui antes das tarifas. Que, a rigor, mal começaram a fazer efeito e já provocaram — leia atentamente — a demissão do responsável pelas estatísticas oficiais dos EUA, demitido porque divulgou números de empregos que não satisfizeram o chefe. Mas, a meu ver, o que Trump estava mirando não era nem o fiasco nos números de desemprego, mas o cálculo da inflação. O fato é que as estatísticas oficiais dos EUA, todas, estão sob suspeita a partir de agora. Aliás, na Argentina de Milei o cálculo da inflação também está sob suspeita. E no Brasil tivemos essa experiência de ajuste em índices estatísticos oficiais: durante a ditadura, quem fazia e divulgava o crescimento do PIB e da inflação era o ministro Delfim Netto — e eram manipulados.

    O que se verá é a crescente insatisfação do consumidor dos EUA e, para se prevenir do mau humor, Trump tomou as seguintes providências: colocou a força nacional nas ruas (lembrou do Temer intervindo no Rio de Janeiro?) e está mudando as regras eleitorais, e seu partido anda mudando o cálculo do número de delegados, alterando coeficientes para facilitar a vitória dos republicanos. Ou seja, um Bolsonaro do Norte em plena atividade, inclusive com ajuda militar. Sem falar do fim do voto pelos correios e da proibição de urnas eletrônicas nos EUA, que tenta impor.

    Depois, quando aquilo vai parar no pântano, como fizeram por aqui, tem gente que se assusta.

    Ah, e sobre o título: quem joga parado nesse imbróglio todo somos nós mesmos, o Brasil.

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  • Delírio Imperial.

    agosto 19th, 2025

    Reagindo à decisão do ministro Dino sobre o fato de que leis de países estrangeiros não valem no Brasil, a embaixada dos EUA publicou o comunicado acima.

    É verdade que o texto fala em jurisdição, mas também mantém o tom de ameaça.

    O fato de seguirem com foco no STF e, particularmente, no ministro Moraes começa a mostrar fadiga de material — parece que o arsenal anda vazio. Atacar o programa Mais Médicos, de 2013, confirma a falta de elementos para continuar ameaçando o Brasil.

    O governo brasileiro, empenhadíssimo em não escalar a piora das relações, finge que mantém sua postura estoica de seguir a vida, embora o ministro Haddad dê sinais de que a compreensão geral é de que, no momento, o que se tem está posto e será preciso nos virar daqui em diante, aceitando os fatos.

    Enquanto isso, o tempo não para e a posição brasileira conquista cada vez mais respeito da comunidade internacional, o que parece deixar os EUA ainda mais incomodados.

    Quando Lula chama Trump de imperador — ou de um pretenso imperador — o próprio e seu governo ficam visivelmente incomodados e sempre procuram responder, negar as pretensões imperiais.

    Se por um lado a posição brasileira segue angariando respeito, os EUA de Trump mostra não possuir rumo e tantas decisões erráticas e contraditórias – quando não inteiramente falsa, como no nosso caso – deixa o rastro da improvisação e a falta de rumos.

    Com consequências para todos, inclusive neles.

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  • Tarifas : um ano ou dois,segundo Haddad.

    agosto 18th, 2025

    Nosso ministro da Fazenda informa que as negociações com os EUA sobre tarifas estão paralisadas. E que as exigências permanecem sobre decisões institucionais inaceitáveis e, sobretudo, fora do alcance do poder executivo. Quanto à duração, estima entre um ano ou dois, o que significa dizer que não faz a menor ideia.

    Somado a esse tranco no nosso setor exportador, pouco mais de 10% do nosso comércio são bilhões — e os produtos qualificados, as manufaturas, e Haddad comenta, não deixa passar — e pela segunda vez seguida — sobre a taxa de juros restritiva: “demais”, segundo afirmou. Aqui ele faz mais do que comentar; a meu ver, prepara para um futuro mais breve do que distante uma queda nas taxas. É esperada, por parte do FED dos EUA, uma queda de 0,25% nas taxas, o que abriria a porta para fazermos o mesmo sem provocar turbulência no nosso câmbio.

    Não está difícil acompanhar a sequência das decisões econômicas. Tanto Brasil quanto EUA têm roteiro previsível, o que sugere uma certa qualidade. Por lá, o nível de abertura de empregos estagnou, e por aqui a atividade econômica anda de lado. Depois de um primeiro semestre de 2025 com 1,4% de crescimento, nesse segundo trimestre estaremos longe de repetir a façanha.

    E foi consciente: tentávamos controlar a inflação, sobretudo nos alimentos, que provocavam enormes dificuldades para a vida no nosso país. Como a inflação anda se ajustando, com previsões abaixo de 5% em 2025, um alívio nas taxas seria bem-vindo, permitindo renovar o movimento de crédito que anda sofrendo. Sem dúvida, a decisão anterior nos EUA, prevista para setembro, no mesmo sentido de queda das taxas, nos permitirá seguir sem provocar pressões no câmbio com consequências inflacionárias, como vimos no fim do ano passado até recentemente.

    A estratégia do BC de segurar a âncora cambial pelo chifre está funcionando, mesmo nessa travessia conturbada da economia mundial, estressada com as tarifas de Trump. Nossa moeda serve de refúgio para fuga de outras paragens, graças aos juros na lua, e pagamos por todo esse movimento, que caminha para ter valido o investimento.

    Daqui a pouco saberemos das conversas sobre a guerra na Ucrânia. Um acordo bem-vindo daria fôlego para a Rússia e afastaria mais ameaças de tarifas por conta da nossa parceria nos Brics com eles. É uma boa notícia, diante das circunstâncias.

    E a inflação nos EUA e a ameaça de estagnação econômica podem, mais à frente, abrir espaço para uma negociação mais decente e dentro das regras civilizadas.

    Sonhar é preciso, além de navegar. Aliás, precede.

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  • Ratos, canalhas e traidores.

    agosto 18th, 2025

    O recado de Carluxo e o fracasso da liderança bolsonarista

    O ataque do filho 03 contra os governadores de direita que disputam o eleitorado do pai – hoje inelegível – expôs o óbvio: divisão e falta de acordos futuros. Mas o episódio vai além. Revela o fracasso da liderança bolsonarista, a ausência de uma estrutura partidária – que tentaram construir e não conseguiram – e, principalmente, a falta de um ideal orgânico para além das mentiras e do conservadorismo tosco que sustentou tantas candidaturas nos últimos anos.

    Daí vem a necessidade de virar a página. Não por acaso, vemos editoriais desesperados na velha mídia e nos seus canais de TV. A cada eleição tentam inventar um nome para influenciar o resultado, sem sucesso. Conseguiram apenas uma vez, com Collor, e todos sabemos como terminou.

    Ao explodir contra os governadores, Carlos Bolsonaro deixou claro: não haverá composição de chapa no próximo ano. Cada um da família vai tentar preservar o sobrenome custe o que custar. E ninguém deve esperar algo diferente disso.

    A mensagem foi entendida. As consequências, certamente, não demoram a aparecer. O primeiro passo pode ser o cancelamento da reunião prometida pelo líder do União Brasil, Rueda, marcada para amanhã em sua casa, em Brasília. Ele havia convidado os presidenciáveis da direita para um encontro festivo, mas é difícil acreditar que a agenda se mantenha depois do recado.

    A explosão do filho 03 mostra o desespero diante da proximidade do julgamento e antecipa a postura que a família adotará. Ninguém se iluda: o bolsonarismo não deixa herança política. Prefere a terra arrasada.

    Ao tachar os pretendentes a herdeiros de “traidores”, Carluxo carimba todos com a pior das ofensas e envia um recado inafastável: não há espaço para sucessores. O que lhes cabe é apenas assistir à família Bolsonaro defender o que resta de sua influência, custe o que custar.

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  • 02 de setembro começa o julgamento.

    agosto 15th, 2025

    STF prepara julgamento do núcleo 1 do golpismo: reta final e cenário político em ebulição

    O ministro Zann reservou as datas do plenário da Turma para o julgamento do núcleo 1 do golpismo, que reúne os principais responsáveis pela tentativa de golpe de Estado no Brasil, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
    As sessões foram marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

    Como funciona o julgamento no STF

    1. Liberação para julgamento – Com o processo já instruído pelo relator, ele é incluído na pauta.
    2. Sustentação oral (se houver) – O presidente do colegiado concede a palavra aos advogados de defesa, se solicitada, e ao Procurador-Geral da República, quando aplicável.
    3. Votação – Segue a ordem crescente de antiguidade dos ministros.
    4. Resultado e publicação – O resultado aparece no andamento processual e o acórdão é publicado no Diário da Justiça Eletrônico (DJe).

    Tradicionalmente, o STF leva cerca de três sessões para encerrar um caso desse porte. Sem pedidos de vista ou surpresas — improváveis —, o julgamento deve terminar em setembro, com prisão para todos os condenados a partir de outubro.

    Pressa para virar a página

    O clima em Brasília é de urgência para encerrar essa etapa. Aos poucos, consolida-se a percepção de que não há meio termo na relação com os EUA de Trump. A pressão internacional vai continuar, mas também existe um jogo interno: certos grupos políticos — dos quais o próprio STF não está imune — querem se livrar de Bolsonaro e testar uma versão “gourmet” do bolsonarismo.

    Movimentos no tabuleiro político

    Tarcísio, nome forte da direita, elevou o tom contra Lula e o governo, buscando espaço e atenção. Pode ser estratégia para sair da defensiva, agradar a base ou disputar espaço no campo bolsonarista. Outros políticos seguem a mesma linha — todos com um ponto em comum: perdem para Lula nas urnas.

    Enquanto isso, o presidente ganha força, inclusive nas redes, com a disputa aberta contra Trump e suas narrativas fantasiosas.

    Economia: cenário de resiliência

    No Brasil, a moeda segue resistente, o crescimento é moderado e os juros permanecem altos. A inflação, porém, mantém trajetória de queda em direção à meta no médio prazo. Em 2026, ano decisivo, pode haver alinhamento raro de fatores — câmbio, inflação, fiscal, emprego e renda — que sustentariam o sucesso de um governo.

    E, sinceramente, não sei vocês… mas eu acho isso o máximo

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  • Winter is coming.

    agosto 14th, 2025

    Tarifas, empregos e a tempestade que se aproxima

    Pode ser cedo para cravar, mas os sinais são preocupantes: as tarifas impostas por Trump mal começaram a surtir efeito e já pressionam o custo de vida nos Estados Unidos.  Um salto nos preços ao produtor dos Estados Unidos em julho parece ter apagado a possibilidade de o Federal Reserve realizar um corte de 0,5 ponto percentual na taxa de juros em setembro, embora as expectativas de uma redução de 0,25 ponto no próximo mês, seguida por outra em outubro, permaneçam intactas.

    Os preços ao produtor dos EUA subiram mais do que o esperado, a 0,9%, em julho, em meio a um aumento nos custos de bens, mas também de serviços, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

    O cenário no mercado de trabalho também preocupa. Há três meses seguidos, a oferta de empregos vem caindo, reflexo direto do clima de medo e da perseguição a imigrantes. A repressão tem afastado trabalhadores essenciais, especialmente os responsáveis pelas colheitas. Muitos se escondem, outros foram deportados, e há ainda quem tenha sido impedido de entrar no país — no caso dos vizinhos mexicanos, a situação é ainda mais dramática.

    ( ah, e na Argentina, a gestão de Javier Milei segue acumulando sinais de crise. Desde o início de seu mandato, alertamos para o “desastre ferroviário” no horizonte. As condições econômicas e sociais pioram dia após dia, enquanto o programa de austeridade afunda, acumulando dívidas e corroendo o bem-estar da população.)

    Nos EUA, o último relatório de empregos foi o pior em 15 anos — um golpe duro para a economia. Ainda assim, Trump insiste em pintar um cenário cor-de-rosa, sustentando a imagem de um “reino mágico” e afirmando que as estatísticas foram “manipuladas” — sem apresentar qualquer justificativa plausível.

    A ex-procuradora Sally Yates apontou uma série de medidas adotadas por Trump que, segundo ela, vêm ameaçando a economia:

    • Tarifas que encarecem produtos e insumos;
    • Afrouxamento das leis para empresas e indivíduos;
    • Interferência política em agências federais estratégicas, como o IRS;
    • Clima hostil a visitantes, derrubando o turismo e as viagens de negócios;
    • Conflitos com universidades, reduzindo o número de estudantes estrangeiros;
    • Corte no financiamento público de pesquisas acadêmicas;
    • Prejuízos à segurança da aviação e aos sistemas de alerta e resposta a desastres.

    Apesar de todo o estrago, é improvável que as tarifas atinjam os objetivos desejados pelo ex-presidente. E, por mais que ele tente se manter em sua narrativa, a realidade não perdoa. Para usar uma metáfora conhecida: o inverno está chegando.

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  • Super Quarta.

    agosto 13th, 2025

    13 de agosto: prazos decisivos, expectativas e boatos no ar

    O mês começa movimentado. O dia 13 de agosto não decepciona — mesmo sem cair numa sexta-feira — e já traz uma agenda carregada de decisões e expectativas.

    No Brasil, encerra-se hoje o prazo para a apresentação das defesas do chamado núcleo 1 do golpe, onde estão reunidos os principais nomes envolvidos, incluindo generais e o próprio ex-presidente. A partir daqui, entramos na reta final do julgamento, com grande expectativa pela condenação de todos os envolvidos.

    Enquanto isso, na Itália, a deputada Carla Zambelli tem seu pedido de extradição finalmente apreciado. Foram 22 tentativas frustradas de deixar a prisão, todas barradas por recursos negados. Agora, resta acompanhar de perto qual será a decisão das autoridades italianas.

    No cenário econômico, o presidente Lula anunciou um pacote robusto de R$ 30 bilhões para enfrentar a crise das tarifas, com medidas voltadas à contenção de danos, preservação de empregos e ampliação de mercados no exterior. As negociações para isentar produtos como café, carnes e frutas brasileiras seguem, embora ainda sem garantias concretas. O prazo final é em outubro, ligado à data de compra anterior ao anúncio das tarifas até a entrega efetiva nos Estados Unidos.

    Informações vindas de lá indicam que os estoques, normalmente suficientes para 60 dias, já começaram a ser usados, e os preços subiram. Um sinal de que o impacto pode acelerar as conversas.

    Entre fatos e rumores, três boatos ganham força: que o ministro Luís Roberto Barroso deixaria o STF após o julgamento de Bolsonaro, possivelmente para assumir uma embaixada; que o ministro Luiz Fux pediria vista no processo, atrasando a decisão; e que a prisão domiciliar poderia ser revogada por cumprimento das exigências legais. Nada confirmado, mas cada dia esses rumores circulam com mais intensidade.

    Agora, resta acompanhar de perto os fatos certos e manter atenção redobrada sobre os boatos — porque agosto começou e já promete muito.

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