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Blog do Franco

  • Ainda o Rosário.

    junho 12th, 2018

    Volto ao assunto.

    Afinal o Rosário não foi enviado pelo Papa, foi abençoado por ele, e, como já afirmei, nem Rosário é, trata-se de um Terço.

    Que, como diz o nome, tem um terço do tamanho de um Rosário.

    O argentino, verdade seja dita, não disse que o Terço havia sido enviado, mas sim abençoado.

    Me pareceu que fazia a visita em nome do Papa, de quem trazia uma mensagem, mas já não tenho certeza.

    Todo o desmentido foi publicado pelo portal Globo, citando carta oficial do Vaticano.

    Então, por enquanto, e se não acontecerem novos desmentidos, o tal Gabrois foi deixado no vácuo.

    Se pelo Papa ou o Vaticano, não sabemos.

    Há muitos mistérios entre os céus e a terra e, disso, muito bem sabemos.

    Na foto do terço aparece uma carta assinada com o nome Francisco.

    E!?

  • O piloto sumiu.

    junho 12th, 2018

    Na necessidade crescente de ocultar a presença e proximidade com o atual governo, e seus principais nomes, sobretudo do líder do golpe – Michel Temer – as bancadas do Congresso que até ontem literalmente berravam nos microfones, sumiram.

    Sim, os opositores do desgoverno, as bancadas do PT, PSOL e Pc do B, estão discursando nos plenários praticamente sozinhas, tentam em vão chamar o governo e os seus ex apoiadores para o debate e ninguém aparece para responder as contundentes críticas.

    Eu percebo que a estratégia é fingir de morto, tão velha quanto as próprias figuras, e manter o vampiro do planalto o mais quieto e escondido possível.

    FHC usou a larga esse expediente e conseguiu levar seu plano do Real aos trancos e barrancos até às vésperas da eleição que elegeu seu opositor, mas não colhendo igualmente resultado desejado.

    Política como sabemos, não permite o vácuo, alguém imediatamente ocupa o espaço.

    A ausência dos desgovernistas tão precocemente supõem uma decisão do desespero e constatação do fracasso irremediável, só sobrando a saída negociada na bacia das almas.

    É exatamente isso que está acontecendo, com cada grupo golpista defendendo interesses setoriais, pessoais, internacionais, de maneira desconectada e sem rumo.

    O quadro já grave e dramático tende a piorar.

    E a cada dia que passa fingir de morto não parece mais bastar para chegar até a eleição.

    Uma boa participação da seleção na copa do mundo de futebol pode trazer um hiato de tempo, mas logo depois o efeito da mola comprimida vai bater na porta dos golpistas.

    Quem tem olhos e ouvidos, treinados e experientes, aguarda o imprevisível, já não temos mais espaço para o mesmo.

    Apertem os cintos.

  • O Rosário.

    junho 11th, 2018

    Visitas para conforto espiritual do presidente Lula, após longo debate e várias negativas, estão liberadas para acontecerem todas as segundas lá na carceragem da PF de Curitiba.

    Já vi passarem por lá, sacerdotes católicos, teólogos leigos, pai de santo e nessa segunda a visita de um representante do Papa Francisco, trazendo um Rosário, visita agendada e liberada previamente, foi impedida de acontecer alegando a PF o fato do emissário não ser um sacerdote.

    O que abre uma interessante perspectiva.

    O que é um sacerdote?

    A resposta a esta pergunta é : depende.

    De qual igreja, grupo, seita ou comunidade etc, provem o sacerdote.

    Lutero, por exemplo, dizia que o sacerdócio cristão é universal, todos, segundo o reformador protestante, sao sacerdotes, obviamente os que assim escolher crer.

    O emissário do Papa não negligenciou essa questão, em sua entrevista após a negativa, expressou sua surpresa com essa alegação por parte das autoridades brasileiras, uma justificativa de cunho teológico, disse, e, portanto, incabível.

    Grabois, o nome do argentino que cumpria a visita em nome do pontífice romano, rebateu ensinando que segundo a doutrina católica todos são missionários e obrigados a cumprir o sacerdócio em nome do Cristo e da sua igreja.

    Lembrou que já fez isso inúmeras vezes em vários países do mundo, em diferentes contextos e que nunca havia sido barrado antes.

    Vamos aguardar para ver a reação do Papa.

    Quanto a ser sacerdote, verdade seja dita, a questão é mais relacionada a posição do que reconhecimento, ou título, ou investidura, na prática sacerdote é aquele que se diz ser e apresenta-se como tal.

    Nada nem ninguém controla.

    Quanto ao presente que o emissário trouxe do Papa para Lula, trata-se na verdade de um Terço, não um Rosário, embora eu tenha ouvido da boca do próprio emissário a palavra Rosário quando referiu-se ao presente.

  • Inventário.

    junho 11th, 2018

    A saída institucional ainda ao alcance é participar e ganhar a eleição.

    O candidato é Lula ou quem o Lula indicar.

    Não existe a opção Ciro, obstado à esquerda, incapaz de agregar no centro, só lhe restando a aliança à direita.

    Sua estratégia era firmar posição no centro, ignorar o PT ficando livre para negociar apoios no atacado, nada conseguiu, vejo Dem e PP acenando, vetou o Mdb, tentou Marina, parece que fracassou em tudo.

    Alguém disse que Pirro ou Lula contarão os votos, no que concordo.

    Fora a saída institucional, convenhamos, fragilíssima a essa altura, não vi ainda ninguém sinalizar alternativa, nem viável e nem inviável, mostrando que por essas bandas as poucas soluções são essas que estamos manejando.

    O que não significa que a direita ou a esquerda, alguém não possa abrir caminho nesse nevoeiro.

    Quem parece acreditar na saída constitucional é o grupo golpeado, apeado do poder por brechas constitucionais, segundo delicada descrição.

    Ou destituído na marra, o que descreve mais precisamente o ocorrido.

    Nesse inventário poucas cartas estão na mesa, o estoque não oferece opções, o mercado que já arriscou ao derrubar a Dilma parece relutar em dobrar a aposta.

    Então, repetindo alguém, ou Lula ou Pirro.

  • Na cadeia e no palácio.

    junho 11th, 2018

    A acreditar no que nos revelam as pesquisas de opinião, está mais promissor apostar em quem está preso e de lá comanda a política nacional do que em quem vive no palácio de governo em Brasília.

    O desastre golpista ainda promete sangrar nossa economia, mas ninguém mais tem ilusões sobre seu poder de destruição, já há quem diga que abateu-se a maldição do impeachment sobre seus líderes principais.

    O fim do governo do FHC foi assim, pendurado em empréstimos externos para garantir o equilíbrio cambial, teve corrida de juros e câmbio quando ficou claro que não faria seu sucessor, pior, o candidato do
    PT ganharia.

    Semelhante raciocínio fazem agora, imaginando que uma vitória do PT desestabilizaria o país, principalmente diante do protagonismo do judiciário e também do legislativo.

    Nesse caso todos têm razão, esquecem de observar que qualquer vitorioso deverá enfrentar esses grupos, o mais rápido e vigorosamente possível.

    Eles não darão trégua para ninguém.

    Por conta dessa possibilidade precisaremos de um eleito com votação importante, com destreza e suporte bastante para lembrar a todos de onde nasce o poder verdadeiro e a quem ele é entregue, por quem e em nome de quem exercido.

    Inevitável esse embate no futuro próximo, também por isso, além das questões econômicas e soberania, não temos outra alternativa a Lula.

    Como disse, da cadeia nos salvamos todos ou todos para lá caminhamos.

  • Os idiotas.

    junho 10th, 2018

    Não me lembro de uma candidatura do tipo dessa aí do ex tenente fascista, que ultrapassou números folclóricos.

    Aquele 1% do deboche.

    Hoje vi um comentário do indivíduo onde sugere que os gordinhos estão ou serão gays.

    Esse é somente mais um dos inúmeros exemplos de indigência moral e intelectual da figura.

    Que age sinceramente, exibindo com orgulho sua ignorância.

    Embora também esse comportamento pareça crescente, de exibir com orgulho a mistura de preconceitos com ignorância, não é possível aceitar esse padrão como uma opção de poder para governar vidas e um país.

    Parece uma comédia, trágica, mas comédia.

    De piada em piada, esse energumeno avança convencendo mentes frágeis e vazias de que o futuro a eles pertencem.

    Sinceramente, acho e espero que não.

    Com relação a seus seguidores passei de um estágio que sentia pena para desprezo e agora um sentimento mais ativo tem me incomodado, óbvio que conviver em sociedade com um número próximo de 20% da soma dos indivíduos simpáticos a esse estrupicio, tem tudo a ver com isso.

    Mas mesmo com toda a minha antipatia absoluta e certo recato imposto por minha educação, não consigo mais enxergar tais figuras além de pessoas que fazem uma opção infeliz.

    Prefiro dizer infeliz, evitando assim usar uma expressão mais forte.

    Como, idiotas, por exemplo.

  • Firme na rocha.

    junho 10th, 2018

    Quem analisa honestamente essas pesquisas de hoje precisa considerar as variáveis de sempre.

    Depois, analisar a diferença fundamental da ausência do melhor colocado e a sua influência em apontar um substituto.

    Aí sim uma novidade exclusiva presente nessa eleição.

    O primeiro ponto fundamental que ignorado demonstra a má fé ou a ignorância do analista.

    E, o que essas pesquisas dizem é que Lula ou um outro nome indicado por ele, estará numericamente no segundo turno, no mínimo.

    A hipótese de vencer ainda no primeiro turno varia de provável a boa.

    Outro ponto é observar a consistência histórica dos números que acompanham a tragétoria de vitórias do presidente, estacionados nos 62% da preferência do eleitorado nos votos válidos desde 2004, ano da sua primeira vitória.

    Qualquer análise que desconsidere essas duas questões, é irreal.

    Ou desonesta, ou interesseira, ou idiota.

    E,inútil.

    Toda essa ladainha repete em boa medida as campanhas eleitorais com Dilma.

    A diferença agora em dramaticidade e gravíssima crise acentua a esperança em Lula e a sua ausência nessas condições macula de forma indelevel a eleição.

    Perceba que começo o texto tentando vislumbrar a situação imposta e tentando encaminhar uma solução possível e acabo por concluir sempre da mesma maneira.

    Eleição sem Lula é fraude.

    A fraude que antecede a tragédia.

  • Após a farsa a tragédia.

    junho 10th, 2018

    Pesquisa após pesquisa, de diferentes institutos e métodos, repetem o cenário com Lula vitorioso.

    À medida que avançamos os dias aproximando das eleições a dramaticidade da situação transborda dos acordos e alianças para as ruas, na decisão que cada um de nós terá que tomar brevemente.

    Os partidos políticos e seus candidatos já vivem esse turbilhão, na necessidade de formarem suas estratégias, escolherem candidatos, formarem maioria, somar tempo de televisão, firmarem compromissos, tudo isso dentro dessa incerteza que não é menor, ao contrário, gigantesca.

    A presença do ex presidente decide a eleição em muitos estados, elege deputados e senadores, faz e desfaz maiorias, estabiliza alianças.

    A tentativa do PSDB e Mdb de formarem uma aliança viável explodiu com o fracasso miserável do desgoverno Temer, levando os principais nomes desses partidos para fora das principais disputas.

    Mas o grande drama permanece na definição da presidência, que no nosso sistema de poder significa muito, muita mais do que seria desejável.

    Enquanto não conseguimos impor uma sociedade mais participativa e influente, dependemos da escolha coletiva nas eleições, sobretudo presidenciais.

    E aí nosso drama me parece quase certo, mesmo na hipótese de elegermos um candidato escolhido por Lula.

    A hipótese de sua ausência indica que caminhamos inexorável para uma grande farsa.

    Farsa que, sabemos, antecede uma tragédia.

  • O porco de Herodes, o Grande.

    junho 9th, 2018

    Herodes era um Idumeu de nascença que foi alçado a rei dos judeus por sua aliança com os romanos.

    Na verdade, o nome correto para a posição do monarca era de rei-cliente, pois entre suas atribuições principais figurava o fornecimento de mercadorias e ouro a Roma, em troca da sua coroa.

    O exército romano garantia a paz e a segurança das rotas comerciais e das cidades.

    Um grande exército ficava de prontidão em Damasco , tinha como símbolo de seu estandarte um porco, cuja imagem servia como desafio ao povo da Judéia e seus líderes religiosos que orientavam a dieta prescrita do Pentateuco, sobretudo o Levítico, que expressamente proibia o consumo da carne de origem suína, porcos, entre outras dezenas de proibições.

    Herodes foi o grande rei da Judéia, o maior, mais rico e poderoso de todos os tempos, infinitamente superior a David e Salomão, e também de Acab outro grande construtor e administrador, marido da maldita Jezabel.

    Construiu seu templo, o terceiro templo , na capital Jerusalém na obra que durou cerca de 50 anos.

    Uma passagem dos evangelhos sugere que Jesus e o templo teriam a mesma idade, cerca de 50 anos, mas não te conto em que passagem.

    Herodes, a exemplo dos Reis de todos os tempos e lugares, construía suas alianças com casamentos, no seu caso, múltiplos, onde sedimentava o seu poder.

    E de onde as mais terríveis ameaças surgiam.

    Por conta de uma possível conspiração envolvendo uma de suas mulheres e dois de seus filhos, não teve dúvidas em resolver a questão assassinando os dois filhos.

    Esse episódio histórico parece ter servido de pano de fundo para o outro que contam os evangelhos, da matança dos primogênitos da Judéia supostamente na tentativa de eliminar o rival Jesus. Essa matança não consta das narrativas dos romanos da mesma época e nem dos da Judéia, diferente do assassinato dos seus filhos que ficou registrada nas crônicas dos romanos.

    Por conta desse episódio uma piada circulava por Roma : é melhor nascer como um porco do que um filho de Rei, na corte de Herodes.

  • Looping.

    junho 8th, 2018

    A nossa vizinha Argentina a essa altura já esgotou suas reservas em dólares e conseguiu US50 bi emprestados com o Fundo Monetário Internacional, permitindo aos investidores estrangeiros saírem do seu mercado com garantia de recebimento.

    É para isso que servem esses empréstimos, estabilizar o mercado e abrindo caminho para uma saída com a menor turbulência possível, uma espécie de retirada estratégica deixando os escombros para os derrotados de sempre nessas guerras econômicas.

    Os ajustes nessas horas ajustam os ajustes anteriores, preparando o país para os ajustes futuros.

    Cada nova rodada desses ajustes agravam a situação anterior, reequilibrando a economia em arranjos cada vez mais instáveis, num looping decrescente infernal, até a derrocada definitiva.

    Nesse momento quando o edifício de vidro desfaz-se no ar, os responsáveis pelos anos de ganhos estratosféricos com juros dessas dívidas crescentes já estão longe, com seus dólares nos bolsos.

    É quando os governos desses países quebrados repassam o mico para seu mercado doméstico com inflação e juros descontrolados e moratórias das dívidas públicas em moeda nacional.

    Esse roteiro já está passando ao vivo e a cores na Argentina e em pré temporada no Brasil, com volatilidade provocada pelo aumento dos juros nos EUA, a inevitável valorização do dólar aqui no país, a queima das reservas para levar o câmbio a níveis artificiais e assim até esgotarem por completo os bilhões guardados nos governos de Lula e Dilma.

    Com reservas suficientes para manterem o jogo por alguns meses, concluírem o atual estágio de liquidação nacional e a emergência futura de um novo governo em vias da insolvência.

    É isso aí.

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