
O título acima é uma provocação, no meio de tantas mudanças e distintos horizontes, quem arriscaria um prognóstico ainda no inicio de uma acirrada disputa como vivemos?
Mas os sinais estão ai, não significam ainda as mudanças definitivas, porque as peças depois de algumas décadas imóveis, ou movendo em uma determinada direção, passaram a mover-se em direção oposta.
A iniciativa das transformações mundiais desloca-se para o oriente, de maneira inédita, provocando a reação do ocidente nos termos e nas atitudes de séculos coloniais, claro que atualizados, mas que continuam envolvendo guerras, ameaças e industrialização bélica como suporte.
Funcionou para eles durante os séculos, é de se esperar que tentem repetir, até talvez por não saberem fazer de outra maneira.
Quem reage distintamente somos nós, sim o Brasil está incluído nessa resistência da volta de modelos coloniais de domínio, juntando forças não mais com aqueles países dominadores e violentos, mas com aqueles que conquistam com trabalho e pacificamente.
A guerra da Rússia não entra nesse cálculo, porque não é exatamente uma guerra da Rússia, mas também reação a parte desses movimentos de domínio bélico conhecido e extremamente perigoso.
Claro que longe do ideal, e tomara que fique como uma exceção, porque provocações com a China são e estão frequentes também.
Mas queria falar do Banco dos Brics, agora conduzido por Dilma, nossa ex presidenta, mesmo tendo assumido recentemente o Banco ela parece que iniciou um deslocamento relevante de conduta, priorizando o comércio entre seus membros sem o uso do dólar como padrão de pagamento e afirmou que o Banco vai atuar para conter danos de seus integrantes no caso de sanções.
Isso equivale a uma movimentação da rainha num tabuleiro de xadrez, com consequências em todas as frentes.
Observo para acompanhar, como todo o jogo dinâmico os problemas e soluções mudam rapidamente, e mesmo assim importa distinguir o rumo para saber onde podemos chegar.
O objetivo é um mundo multipolar, com vários líderes industriais e tecnológicos, ambientalmente equilibrados.
Não seria o caso de iludir com a reação do mundo rico, o ministro da economia britânico ainda no G7 declarou que não acredita em economia de soma zero, e eu acredito nele, porque sempre somou somente para si, custasse o que custasse.
Da parte dele, ou deles, não se espera nenhuma mudança, no que deixa a mudança nas nossas mãos.
E, repare, do que estamos tratando atualmente, comércio mundial, disputas bélicas na Europa, superação do Dólar como intermediário das operações, volta Mercosul, volta do Sul, volta dos Brics, África e Argentina, entre outros temas mundiais relevantes e que definem o futuro nosso e de todos.
Ninguém mais fala de cloroquina, celebremos o nosso progresso.
Que seja definitivo.








