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Blog do Franco

  • Fariseus e Saduceus.

    maio 13th, 2018

    As origens dos dois famosos e distintos grupos antagônicos do judaísmo à época de Jesus são controversas.

    Mais, na verdade, com relação aos Sadoquitas, que parecem derivar do sumo sacerdote Sadoque, nomeado pelo Rei David para a função.

    Os fariseus não tem controvérsia, ninguém faz a mínima idéia de onde surgiram

    Também as sinagogas, a propósito, tem origem desconhecida.

    Os ideais e princípios gerais que seguiam, entretanto, já podem ser decifrados por conta dos escritos de Paulo e dos evangelhos.

    Os Saduceus eram os ricos e tradicionais que frequentavam o templo e mantinham sua atitude de fé na restrita obediência do que prescrevia a Torá, constante dos cinco livros do AT atribuídos a Moisés.

    Já os Fariseus aceitavam todo o AT mais menos como o conhecemos hoje,mais algumas tradições possivelmente perdidas, num novo judaísmo sincretista com o Zoroatrismo Persa. Pois acreditavam em anjos, demônios, céu, inferno, vida eterna e ressureição.

    Os Saduceus não acreditavam em nada disso.

    Os evangelhos mostram Jesus em constante atrito com os fariseus, de quem estava muito próximo em relação às crenças, e os conflitos acontecendo muito mais em função da ação hipócrita dos fariseus, que Jesus condenava o tempo todo, do que a críticas do ensino.

    Uma comparação entre esses grupos e os nossos poderíamos fazer, dizendo os Saduceus os evangélicos ecos católicos os fariseus. O grupo dos Saduceus/evangélicos atribuindo valor santo a um grupo restrito de escritos, e o outro de fariseus/católicos aceitando a simbiose entre escritos específicos mais a tradição acumulada como norma aceita de fé.

    Essa comparação é muito mais próxima da realidade do que aparenta.

  • Tentando isolar o PT.

    maio 12th, 2018

    Dois movimentos independentes procuram situar e acomodar interesses com claros objetivos eleitorais futuros.

    O primeiro foi a decisão de desistir de concorrer à presidência do Barbosa, que provocou um frenesi ainda não dissipado, dos interesses no entorno da candidatura Ciro.

    O segundo foi a divulgação dos documentos secretos da CIA que confirmam(!?) a participação direta de Geisel e Figueiredo nos assassinatos políticos da ditadura militar.

    O primeiro fato tem potencial para favorecer Ciro e o
    segundo de detonar Bolsonaro.

    Tanto Alckmin que gosta de jogar parado, quanto Ciro, tentam ocupar o chamado centro, um mais a direita e o outro mais a esquerda.

    Tentam isolar Lula e bolsonaro com esses movimentos.

    A minha expectativa é que fracassem miseravelmente.

    Na minha opinião, mantidas as atuais tendências com o único candidato de centro esquerda preso – nosso Lula – impedido de concorrer e ganhar, o favorito nas próximas eleições é bolsonaro e seu discurso de ódio.

    Cá entre nós, e já digo meses antes, merecido,na hipótese de impedirem a candidatura Lula, o suicidio tem esse nome: bolsonaro!

  • Ditadores e assassinos.

    maio 12th, 2018

    É plausível a revelação atribuída à documento da CIA, trazida ao nosso conhecimento por fonte suspeita de historiador com coluna na Folha e de formação em universidades americanas, que comprova a participação direta dos ditadores militares brasileiros no assassinato de opositores.

    O que se pergunta desde sempre é que para além das ações de assassinatos e seus agentes , a razão dessas ações, o contexto em que aconteceram, com quais objetivos e a favor de que e de quem foram tomadas.

    E porque aparecem com farta divulgação da mídia golpista nessa hora.

    Não pretendo viver em uma sociedade hipocrita, mentirosa, que esconde suas mazelas.

    Nem aceito passivamente as pautas que me impõem imaginando que as aceito com inocência.

    Poderíamos, aproveitando a denúncia dos documentos da CIA, perguntar o que faziam esses grupos de imprensa à época desses crimes? E o STF, todo o aparato de justiça, onde estavam? Defendiam a cidadania e a democracia ou aproveitatam para se lambuzar do sangue derramado?

    O que é importante e objeto de sérios e necessários debates para conhecimento e forma de evitar repetição no futuro, não pode ser mais motivo de divisão na nossa sociedade nessa hora já tão grave e difícil.

    Fazer uso do discernimento para conduzir mais essa fratura é tão necessário quanto fazer esse debate.

    Com cuidado para não fazer mais um jogo do nosso inimigo.

  • Serafins.

    maio 12th, 2018

    Já que falei dos querubins, vamos aos serafins.

    A origem desses seres alados que são descritos na tampa da arca da aliança de Moisés, enclinados para a frente, um de frente para o outro e cobertos da cabeças aos pés por suas asas, remonta ao culto do deus Cananita Iavé.

    No original os serafins eram serpentes aladas e que tinham por fim mais ou menos a missão desempenhada pelos seus genéricos sobre a tampa da arca, proteger .

    Usavam suas asas para protegerem os olhos e os pés do deus Iavé.

    Percebam que a figura das cobras e serpentes desempenham papéis distintos em diferentes ocasiões, com Moisés e seu bastão foi para curar o povo e no Éden enganou Eva.

    Curiosa a tradição que associou a figura do Diabo à serpente do Éden, não é fácil dar esse salto hermenêutico que de bom grado todos os pregadores cristão fazem.

    Enfim, também os serafins foram transformados em anjos, embora importantes, que curiosamente continuam na labuta de proteger alguém ou alguma coisa.

    Tem certos tipos que nasceram para ralar, e os serafins estão aí a milênios ralando, só mudam a cara.

  • Sacrifício humano ao Deus Moloque.

    maio 12th, 2018

    Para mim era pacífico que na terra Cananita e jebusita, antes da chegada dos povos judaitas em Jerusalém, a prática de sacrifícios humanos era fato aceito entre historiadores.

    Descobri hoje que existem fundamentadas desconfianças que as práticas descritas e condenadas na Bíblia, de sacrifício de crianças lançadas ao fogo, em honra a Moloque, podem ser propaganda difamatória dos conquistadores judaitas contra os povos derrotados cananitas e jebusitas e que tiveram suas terras tomadas.

    Uma espécie de EUA invadindo o Iraque com a desculpa esfarrapada de buscar armas de destruição massivas.

    Pesquisei um pouco sobre o assunto e descobri que até o nome do Deus Moloque, mlq, pode ser na verdade a prática do sacrifício em si, ou significaria ir, ou seguir, no caminho do sacrifício e não o Deus propriamente.

    Você pesca ali e aqui profetas condenando a prática de sacrifícios humanos na terra da Judéia, em Jerusalém, discretamente atribuída a imprevidência ou imprudência, ou como orientação do próprio deus para evitá-la.

    Uma vez ouvi que escavações em Jerusalém encontram crianças enterradas no portal de entrada de antigas casas, mas perdi essa referência e esse assunto é tratado com muita discrição e de difícil fontes seguras.

    Altos círculos do javismo na Judeia parecem ter praticado sacrifícios em períodos de guerras e graves crises, mas não parece ter disseminado entre o povo.

    Enfim, essas são características terríveis, embora relativamente comuns entre todos os povos antigos, que os autores procuram disfarçar e que são objeto de grande disputa e polêmicas.

    Cá entre nós, não vejo nenhum motivo para crer que entre os proto judeus não existisse a prática, uma vez que o desenvolvimento de sua religião em nada foi distinto dos povos vizinhos e nem dos demais espalhados por toda a terra, antes, como todas as demais , fruto de sincretismo de diversas matrizes.

    Voltarei ao assunto.

  • Apocalipse.

    maio 11th, 2018

    Funciona assim.

    A primeira vez que você lê todo o livro – Bíblia – mesmo relativizando o conhecimento primitivo mostrado nos primeiros capítulos de Gênesis – que foi o que fiz – e sem deixar de lado o conhecimento histórico, antropológico, psicológico, científico, acumulado pela humanidade, mesmo assim, a primeira leitura se acompanhada de interesse e motivada pela descoberta recente da fé, impressiona.

    Impressiona porque mostra um fio de história antiguissima, dos primeiros sopros da civilização, e que se supõem acompanhar a trajetória ímpar de um povo singular e tão perseguido.

    Quando você vence essa primeira etapa de descobrimento, que já lhe consumiu alguns anos, naturalmente o hábito adquirido da leitura dos textos, se acompanhada de reflexão e pesquisa sérias, vai mostrando as incongruências , depois as incoerências, chega nas antagônicas, improváveis, impossíveis, falsas, mentirosas etc.

    Porque tem tudo isso lá, e muito mais.

    Segue a necessidade de saber a verdadeira autoria, a época, o interesse, os objetivos e os resultados.

    Então em algum momento seguinte a ficha cai inexoravelmente.

    Estamos diante de textos em sua maioria políticos e escritos e utilizados por interesse próprio, na obtenção de resultados específicos e disponível como arma de controle social de massas humanas.

    Quando você acha que chega lá, volta a valorizar o esforço de séculos que o livro guarda, e o seu desejo de desvenda-lo, exatamente como tentou no início, retorna, desvenda-lo para todos, bem entendido.

    E cadê o apocalipse?

    Apocalipse significa isso: revelação, desvelamento,descobrimento, foi o que me aconteceu.

    E apocalipse, o livro, também não tem nada sobre o fim do mundo, sendo antes um estilo literário específico e datado, mas falaremos sobre isso outro dia.

  • O inferno.

    maio 11th, 2018

    Ahhh, o inferno.

    Quem inventou o inferno foram os Zoroastristas, religião Persa, que os judeus sincretizaram quando do encontro entre suas culturas no exílio que a invasão Persa impôs aos de Judá.

    Também a língua, o aramaico, é um dos dialetos Persas,falado até hoje no norte do Iraque. Observe a antiguidade dessa influência, que fez do Aramaico língua da Judéia desde a época do exílio ao tempo de Jesus, séculos depois. Embora Jesus fosse de Nazaré,vila ao norte e fora da Judéia.

    Mas falamos do inferno, que não é elaborado em uma reflexão nem descrito, no novo testamento e só aparece como idéia natural e conhecida na boca de Jesus quando ele fala do vale da Geena, local do fogo inextinguível.

    O local chamado de vale da Geena, conhecido desde os tempos dos jebuzeus que habitavam Jerusalém antes da chegada de David – que os expulsou de lá- e era local dos sacrifícios humanos, de crianças, para alegrar o deus Jebuzeu Baal. O local escolhido para esses sacrifícios era o monte Tofete.

    Se histórico ou não esses sacrifícios,porque podem ser propaganda contra o inimigo, o fato é que o povo de Judá considerava o monte maldito e ninguém ia até o local, com isso no seu tempo os romanos aproveitaram e lá faziam o despejo do lixo da cidade da Jerusalém vizinha.

    Do lixo acumulado, pra quem conhece lixo acumulado, surgiu o gás natural metano, altamente inflamável, explosivo, que pode ter inspirado Jesus na sua famosa frase do fogo eterno, inextinguivel.

    Eternizou-se uma imagem que era isso mesmo, uma imagem, um exemplo, que os intérpretes e teólogos não entendem e pior ensinam.

    Não sem objetivos claros: te enganar.

  • Uma idéia.

    maio 11th, 2018

    Uma idéia pode mudar tudo.

    O funcionamento peculiar da sociedade brasileira consagrou a imagem de cordialidade, que quer dizer movido por cordas, coração, emoção.

    Sem entrar na questão sociológica, distante das minhas possibilidades, essa imagem de condescendência e tolerância da cultura brasileira em algumas situações e a sua fúria e autoritarismo em outras, o domínio das paixões explica bem.

    Mas, essas seriam consequências comportamentais de alguma outra coisa que viria antes, modulando a resposta cultural que a sociologia identifica.

    O livro A elite do Atraso, de Jessé de Souza mudou a minha visão totalmente sobre os fundamentos de nossas disparidades sociais.

    Elas são consequências da matriz escravocrata das nossos relações e efeito desejado pelo desprezo e ódio ao pobre.

    O mesmo ódio que precisava existir para desumanizar e subjugar o escravo, tornado coisa e ferramenta de trabalho, entre outras formas de violências.

    Dai, infelizmente é preciso dizer, as feridas ainda abertas da herança das atrocidades que fez da ralé – expressão tristíssima, chocante, mas verdadeira – gado manso para ser tangido pelos donos.

    Não minimizar esse feito, produto dos séculos de violências e atrocidades, perpetuadas a ponto de mecanicamente reproduzidas, porque aceitas, nas repressões e assassinatos dos pretos do Brasil.

    Para mais, leiam esse magnífico livro, conheçam a obra de Jessé de Souza, transformado nesse trágico momento do nosso país como oráculo a denunciar a verdade.

    Escutem o que ele diz.

  • Troca-troca.

    maio 10th, 2018

    Uma possibilidade para o PT é levar ao último prazo a data para a troca de candidato, que acontece a até 20 dias antes da eleição, em 17 de setembro. Assim, o PT pode cadastrar Lula em agosto e, se tiver a candidatura cassada, substituir por um nome que concorra usando o prestígio do ex presidente.

    O contrário também pode acontecer, segundo as regras da lei eleitoral, o PT escreve um candidato e no prazo final troca esse nome pelo do Lula, não deixando mais tempo para impedir a sua candidatura ao menos no primeiro turno.

    Entenderam?

  • Saídas.

    maio 10th, 2018

    É muito difícil e doloroso encarar a realidade, sempre é.

    Por conta disso inventamos coisas, defeitos e virtudes, vícios, para lidar subjetivamente com a objetividade implacável da vida.

    Verdade é que sonhamos para seguir em frente, sem certeza de nada nos movemos nos nevoeiros enquanto a luz que aparece aqui ou ali nos animam e reorientam a caminhada.

    Se é pra lutar por alguma coisa, lutaremos por paz. No que depender de nós faremos a paz, que é muito melhor do que qualquer outra coisa.

    E não devemos instigar aos outros as batalhas que imaginamos comuns, de responsabilidade comum, porque o sofrimento do conflito não escolhe vítimas, distribui dor e danos sem distinção e cada um tem direito de escolher as suas batalhas.

    Talvez os que já sofrem e pagam com miséria as injustiças desse mundo, sofram e precisem pagar ainda mais nessas horas de conflito, e eles sabem disso.

    Criticam agora o Lula porque dizem que ele errou ao se entregar, desmobilizou.

    Essa questão reside na pergunta do quê exatamente consistia essa mobilização que imaginam existir no entorno do ex presidente. Sem ilusões, não existia e nem existe.

    Só vai existir, se, o quadro deplorável de desemprego e crise transformar-se em desespero. Dai, desse desespero pode nascer a necessidade de defender a vida, não a do líder preso, mas a própria.

    Aí, talvez, através de grande sacrifício nasce uma possibilidade, que precisa vencer seus entraves ancestrais de autonomia, independência, iniciativa.

    Como podemos ver, uma tarefa de desafios dos séculos que gerações tentaram e nas batalhas mais perdidas que vitoriosas construíram o sonho de um Brasil para todos.

    Enquanto essa batalha não começa e a realidade não impôs ainda fardos insuportáveis, o grande líder popular brasileiro terá que esperar.

    Ele continuará na luta, com chances de vencer, apesar de tudo.

    Apesar de nós.

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