Ontem, a desvalorização do peso argentino em 6% e o governo vendendo dólares desabaladamente para segurar o câmbio provocaram, no fim da tarde, a viagem do presidente Milei para os EUA, onde pretende que as promessas por mais dinheiro se efetivem antes das eleições e do provável desastre.
Na província de Buenos Aires, onde o atual governo perdeu nas municipais semanas atrás, as pesquisas para a eleição nacional em outubro agora mostram o mesmo cenário de enorme vantagem da oposição, com 14% de diferença.
Confirmadas as pesquisas, a maioria parlamentar do governo Milei virará pó.
Quanto à desabalada carreira aos EUA em súplicas por mais empréstimos, me faz recordar a reeleição de FHC no Brasil quando, igualmente quebrado como a Argentina de Milei, recorreu a Clinton, garantiu o câmbio congelado até vencer e depois desvalorizou — e nunca mais conseguiu fazer nada que prestasse no governo.
Nem isso Milei parece obter, além de promessas. A Argentina é o maior devedor mundial do FMI; há quem diga que nunca vai conseguir pagar o empréstimo e esperar mais socorro na véspera de uma derrota eleitoral que parece certa é improvável.
Nessa altura, os EUA devem estar conversando com os próximos ocupantes da Casa Rosada.
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Como parece que na próxima quarta teremos — finalmente — a votação da isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais mensais, toda a atenção está voltada para essa importante pauta.
Uma das principais promessas de campanha do atual presidente.
Considerando que nem a atualização de alíquotas os dois desgovernos anteriores fizeram — a rigor, só as administrações do PT a realizaram —, uma aprovação dessa monta tem lugar marcado na história.
Mas nem só os contribuintes estão de olho. Mais de 50 destaques aguardam a votação para tentar retirar suas “cascas” e até, no limite, inviabilizar a aprovação.
O relator Arthur Lira não deve apresentar nada de anormal. O que está no horizonte já é conhecido: isenção e compensação para rendas maiores.
Mas do plenário se pode esperar de tudo.
A matéria deve passar por aclamação, com todos posando para as fotos. Depois, começa a disputa verdadeira nos destaques.
E ninguém tem a menor ideia do que vem.
Por isso, a condução e os acordos formados são decisivos: ou se faz um pacto que possa ser cumprido pela maioria, ou teremos uma quarta-feira de disputas acirradas.
O ambiente é de acordo, mas pode mudar de uma votação para outra, dependendo das surpresas.
Duas coisas permitem certo otimismo: primeiro, a vigilância cerrada da população sobre a votação e o momento, digamos, pouco feliz dos congressistas acuados; segundo, a posição do Senado, que não vai deixar passar nenhum abuso e já tem um projeto bem costurado e aprovado para qualquer eventualidade.
Pontos como a progressividade na cobrança — quem ganha mais paga alíquotas maiores — e a tributação de dividendos são relevantes para um projeto digno e sustentável. E são os pontos a serem observados.
Haddad tem reiterado a justiça do relatório negociado na Fazenda com o relator Lira. Lira tem fama de cumprir acordos, embora nunca se saiba exatamente com quem ele os fez.
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Não se deixe enganar pelas aparências: se de fato o encontro casual entre Trump e Lula não passou de uma coreografia ensaiada por ambos, uma vez que estavam previamente combinados, informados e preparados por suas assessorias, o relativo silêncio das atuais negociações para o encontro definitivo entre ambos os líderes não significa que a coisa não andou.
Hoje o secretário de Comércio, Howard Lutnick, soltou uma das pérolas dos extremistas de lá, dizendo que “é preciso consertar o Brasil para que o país deixe de prejudicar os EUA”, o que para ele significa abrir a nossa economia. A disputa da decisão de Trump sobre o Brasil não foi até aqui somente comercial, a pauta política esteve sempre à frente. E o secretário Howard Lutnick, juntamente com Marco Rubio, são os principais interlocutores do bolsonarismo e da visão colonial da América Latina, que Lula enfrenta.
O fato de Trump procurar ou, no mínimo, aceitar o diálogo modificou o cenário, ao menos na expectativa, e a fala agressiva de hoje mostra que os extremistas de lá não se dão por vencidos e seguem tentando induzir a questão para que a supremacia política supere a comercial.
Trump balança nessas correntes, enquanto vê sua popularidade ir embora e a economia de seu país nem de longe apontar para seus objetivos, o que lhe sugere acertos na rota.
Sobre Bolsonaro não se ouve mais nenhuma palavra. A questão serviu e parece não servir mais. Também por lá, um bolsonarismo sem Bolsonaro soa como música, mas pragmaticamente vai se consolidando o cenário de reeleição, e não é possível manter ilusões de anistia ou derrota de Lula, o que impõe a negociação.
Como estava agendado para a semana até um encontro entre os dois chefes de Estado, no mínimo podemos esperar algum anúncio de uma data futura. Se de fato o encontro for realizado, deve ser por conferência eletrônica, o que também não deixa de ser um avanço.
Para nós, no curto prazo, importa reconstruir o comércio bilateral, enquanto buscamos outros compradores mundo afora, o que Lula fez e faz continuamente. Para eles, importa evitar a maior proximidade do Brasil com a China, o alvo real de tudo o quanto andam aprontando mundo afora.
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Depois de passarmos praticamente todo o ano esperando o relator Arthur Lira concluir seu trabalho, finalmente uma das principais promessas de campanha de 2022 deve ser cumprida ainda nesta semana: a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais.
O impacto é grande. O projeto deve beneficiar cerca de 16 milhões de pessoas.
Produção legislativa travada
Este ano foi marcado por baixa produção legislativa. O clima político ficou contaminado pelas incertezas eleitorais da oposição e pelas ilusões em torno da anistia.
Chegamos, portanto, à véspera da votação sem conhecer o relatório final de Lira. Ele segue a linha desejada pelo governo, mas ainda não está claro de onde virá a compensação pela queda de arrecadação.
Os rumores vão de medidas simbólicas contra quem pouco contribui até cortes em áreas sensíveis como saúde e educação.
A pressão do Senado
Outro fator decisivo foi a movimentação no Senado. O projeto de Renan Calheiros, rival alagoano de Lira, parece ter acelerado os trabalhos na Câmara.
A pressão é forte. O Parlamento precisa virar a página das últimas iniciativas mal recebidas e nada melhor que uma votação popular para recuperar credibilidade.
Expectativa e riscos
A expectativa é de aprovação unânime. Mas o ponto central continua sendo: de onde virá a compensação?
Ao mesmo tempo, os sucessivos adiamentos da anistia mostram que não há consenso nem mesmo entre os defensores do projeto.
As notícias de hoje indicam que surpresas podem aparecer justamente na hora da votação. O temor é de que parte da conta seja empurrada para o orçamento, aliviando os mais ricos.
E depois?
O tema é de enorme repercussão e dificilmente passará sem resistência. Até porque o Senado já sinaliza que não vai deixar barato.
No caso da anistia, o texto até aqui aponta para a redução das penas dos chamados “bagrinhos” do 8 de janeiro. Mas essa discussão só deve avançar após a entrega da isenção.
Concluída essa etapa, o jogo muda de fase. Aí, sim, entramos de vez na disputa eleitoral.
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Algumas unanimidades despontam no horizonte: uma, que assume o favoritismo de Lula para 2026, e a outra, que reconhece o fracasso do plano motosserra da Argentina de Milei.
Vamos tratar do nosso e deixar os hermanos para outro dia.
O que disse Antônio Lavareda
Essa semana o pesquisador Antônio Lavareda, em entrevista ao jornal GGN do Luiz Nassif, discorreu nos elementos que, a seu ver, mudaram os patamares de aprovação do presidente e o alçaram à condição de favorito à reeleição.
Ele lembrou da mudança da comunicação do governo, com a entrada do ministro e publicitário Sidônio. A queda dos preços dos alimentos e a disputa com os EUA. Esses fatores somados estão levantando a popularidade e o reconhecimento do atual governo, agora com números acima de 50% da população.
Bem, gostaria de lembrar que os números atuais não são superiores aos do final do ano passado, por enquanto.
Recuperação, não crescimento
Até agora, estamos tratando não exatamente de crescimento de popularidade, mas de recuperação. Consequentemente, a posição do presidente na corrida sucessória não mudou. A rigor, permaneceu ao longo do mandato praticamente na mesma posição após um tropeço.
E aí mora, a meu ver, o ponto — tantas e tantas vezes destacado pelo outro analista de pesquisas, Marcos Coimbra.
Segundo ele, existe um desinteresse enorme nas camadas majoritárias da população nos períodos entre eleições, que afastam o eleitor do dia a dia da política. Os reflexos nas pesquisas são enormes. Sem manifestar preferências, como avaliar o desejo das pessoas?
O padrão das pesquisas eleitorais
A queda de popularidade de governos no segundo ano de mandato, que costuma seguir no terceiro, tende a ser recuperada no último, na medida em que as eleições se aproximam.
É conhecida a frequência com que presidentes são reeleitos, com uma única e compreensível exceção: Bolsonaro.
O negócio da política fora de época
No fundo, o que essa gente passa é que, nessa entressafra que dura anos, precisam vender opiniões, manter a atenção, atrair patrocinadores, criar expectativas, provocar e até tentar emplacar nomes.
Porque PT e Lula não são e nunca foram os preferidos dessa turma.
Passamos meses e anos nesse lenga-lenga, discutindo porcentagens para cima e para baixo, buscando explicações e razões. E, na falta, inventam para não perderem a iniciativa, sempre interessados em tentar alguma novidade.
Geralmente chamada de terceira via.
A velha “terceira via”
Essa história de terceira via já rolava na época da disputa entre PSDB e PT. Agora, o mote é que existem extremos e se busca uma opção de centro.
É bem verdade que a disputa se acirrou, mas os métodos do bolsonarismo, turbinados pelas novidades tecnológicas de divulgação, não são em si inovações.
Quem primeiro inventou mentiras deslavadas em campanha eleitoral foi José Serra, com o atentado de bolinha de papel na cabeça, que virou ida de helicóptero para o hospital e exame tomográfico na sequência, além das calúnias sobre aborto.
Depois, quem primeiro desafiou o resultado eleitoral e as urnas eletrônicas foi Aécio Neves, quando perdeu para Dilma, não reconhecendo o resultado e pedindo recontagem. Além de dizer que iria boicotar e derrubar o governo recém-reeleito.
Popularidade e produto
Concluindo sobre o atual momento de popularidade: percebo que todas as avaliações sobre seu crescimento tratam de aspectos verdadeiros, mas escondem o fundamental — o produto.
Sim, porque, por melhor que sejam as propagandas, por mais equivocados que sejam os erros dos adversários, por mais sorte que tenha o político, se ele não tem méritos e realizações para exibir e comparar com seus adversários, bem, nada — mas nada — nesse mundo faz dele um ganhador de eleições.
Muito menos de uma, duas, três e… quatro.
Reflexão final
Quando vai ser o trabalho, a competência, o critério para reconhecer a vitória do Lula nas eleições e na condução de seguidos e relevantes governos?
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Para quem estiver interessado em saber mais sobre os motivos do genocídio em Gaza, vou deixar o link de uma palestra com legendas em português do professor e historiador Shelomo Sand, que foi dividida em algumas partes e pode ser acessada sem dificuldade.
Além disso, ele escreveu 4 livros sobre o tema, de grande impacto, e vou sugerir os dois primeiros:
O primeiro foi Marco Rubio, o ideólogo tresloucado, próximo de Eduardo Bolsonaro, que prefere rasgar dinheiro a abrir mão de ataques a desafetos ideológicos e políticos. Seu silêncio nos dias seguintes ao esbarrão entre Lula e Trump na ONU está ensurdecedor, além daqueles alucinados posts da embaixada dos EUA aqui no Brasil, igualmente em silêncio obsequioso.
O segundo velório foi do filho 02 (ou 03, não sei ao certo), Eduardo Bolsonaro, que ainda teve disposição para interpretar o encontro na ONU como mais uma jogada magistral do seu chefe do norte. Mas ninguém foi na onda, como os fatos seguintes mostram: exatamente um encontro programado, coreografado e esperado nos bastidores da diplomacia e, até aqui, comemorado por todas as partes, menos os bolsonaristas.
Que é o terceiro velório da semana: os bolsonaristas. Nem digo o titular do nome, segundo seus mais ativos e radicais seguidores um incapaz de reagir e totalmente anulado pelas atuais circunstâncias — opinião compartilhada pelo neto do ditador que fica lá pelos EUA fazendo o que ninguém sabe, além de promover ataques mentirosos contra o Brasil.
Quanto ao casamento, não vai ocorrer. Um encontro muito planejado e negociado está sendo preparado provavelmente na próxima semana entre os presidentes do Brasil e dos EUA, porque não faz sentido nenhum o que até aqui aconteceu economicamente falando. A questão política e ideológica, e o empenho dos EUA em isolar os BRICS para prejudicar a China, têm limites na realidade. O Brasil é parceiro dos EUA na economia e dá lucro para eles, diferente de quase todos os países com quem Trump usou tarifas para equilibrar a balança de comércio.
Se o problema for informação e manipulação do governo dos EUA para atingir um país independente, a coisa seguirá do jeito que está. Se o objetivo for comércio e observar a relação nos limites dos interesses econômicos, semana que vem alguns avanços concretos deverão ocorrer.
Se casamento não houve e nem haverá, o mesmo não podemos afirmar de padrinhos, porque todo dia aparece um querendo puxar para si a realização do encontro na ONU. Devem existir diversos, e somados conseguiram realizar o encontro.
E todos esperam o resultado para saber se valeu a pena.
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Sempre faço a ressalva de pesquisas que antecedem em um ano uma eleição. Nessa altura, em 2022, o Bolsonaro tinha quase nada de aprovação, e foi aquele sufoco para derrotar.
Mas, no caso, não podemos ignorar a trajetória da aprovação nem as circunstâncias. Com a inflação dos alimentos cada vez mais em queda e a maneira como os desafios atuais do país estão sendo corretamente enfrentados, é justo aceitar como verdadeiro o resultado atual das pesquisas.
Que, por sinal, todas convergem para mais aprovação, mesmo com números diferentes entre si.
A consequência das pesquisas a gente observa na desorientação dos adversários. Os arranjos encaminhados para um cenário adverso à reeleição estão sendo reavaliados e embaralham completamente os acordos visando 2026.
Os partidos do centrão, da Bahia para cima, não podem enfrentar um governo com popularidade em alta. E, se saímos das médias e ficarmos só na região Nordeste, com 70% de aprovação, é difícil imaginar sucesso eleitoral de um opositor.
E a conta não se resume ao momento atual, porque um candidato sentado na cadeira já leva vantagem; se ele é popular, fica difícil de enfrentar.
E, mesmo a contragosto — às vezes nem tanto assim —, o que interessa para a maioria da classe política é sobreviver. E, para bem disputar uma eleição, é preciso apoiar e ser apoiado por chapas vencedoras.
O adversário, que ainda nem saiu, quase toda semana muda. Agora estamos com Ratinho, mas tudo espera o Bolsonaro definir quem será. Sua influência termina em 2026, mas até lá temos que aguentar e fazer bancadas.
O que a aprovação do Lula ajuda demais.
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Zanin julga Moro no STF em processo que pode caçar o mandato.
Jornalista do Metrópoles tentou colar com a informação de que Bolsonaro fechou com Tarcísio para ser o candidato à presidência e foi desmentido pelos três filhos imediatamente. Eduardo aproveitou para reafirmar que o candidato é ele.
O relator do PL da anistia, o velho e manjado Paulinho da Força, começou dizendo A, passou para B e estamos no C, onde todos os acusados serão livres, leves e soltos. O diálogo que seria com todos passou a ameaças e, porque não têm candidato e nem parece que vão ter, ameaçam não votar a isenção do IR. O Presidente da Casa, Hugo Motta, desautorizou o deputado falastrão e confirmou a votação da isenção do IR para o próximo dia 1.
A PEC das prerrogativas morreu de morte matada, e quem mais está levando chumbo não são os autores, nem os interessados, nem os investigados, mas os 12 petistas que acompanham a maioria na suposição de que estavam cumprindo acordos para enterrar o PL da anistia. E perceba a dificuldade que segue para se conseguir derrubar esse monstro. No caso dos 12, penso que a direção partidária deveria atuar e explicar melhor o ocorrido, no mínimo, porque me parece improvável que tenham agido sem uma orientação partidária.
O PL da anistia parece que seguirá no mesmo caminho. Mas até o prazo final de inscrição das chapas de candidatos, essa história deve ficar pipocando.
A reunião de Lula com Trump deve mesmo acontecer, já se fala até em presencial, e começa a se formatar o conteúdo das conversas sem a inclusão de anistia ou interferência no Judiciário. As sanções por parte deles, se prosseguirem ou não, indicarão os avanços ou retrocessos nesse diálogo daqui em diante.
O presidente Lula chega hoje e deve anunciar Guilherme Boulos como ministro. Curioso porque, como o prazo para candidaturas em 2026 termina em abril próximo, me parece que Boulos atrela seu futuro ao do petista. Seu milhão de votos vai fazer muita falta ao PSOL, se confirmada a nomeação. O provável é que ele se filie ao PT também.
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Se voltarmos ao primeiro mandato do presidente Lula, a imprensa corporativa e os arautos do mercado sempre explicaram o sucesso da economia de então às commodities, que Lula nada mais fez senão surfar no preço alto das mercadorias.
E se olharmos para o preço desses mesmos produtos no pós-pandemia, durante o governo Bolsonaro, vamos descobrir que estavam acima dos praticados no período lulista, com a diferença de que ninguém surfou novamente e o país só andou para trás.
Para sermos justos, é preciso lembrar que o período bolsonarista na presidência foi atrapalhado pela Covid, e argumento que até certo ponto, porque se o governo de então não era capaz de providenciar as vacinas para combater a pandemia, de que cuidou essa gente durante os 4 anos em que assumiram? Puxando para o início do ministério de Guedes, o discurso seria juros baratos e dólar nas máximas, para atrair investimentos externos. Coisa que nunca ocorreu, porque ninguém queria negociar com aquela trupe mambembe, e o fracasso, com ou sem pandemia, estava agendado.
Exatamente como ocorre na Argentina, que agora se socorre dos EUA para não afundar antes das eleições – e como aconteceu na reeleição de FHC aqui no Brasil – podemos afirmar que o resultado dessas ajudas é mais crise, mais desemprego e mais fuga de divisas.
Mas estamos apontando para o atual discurso do presente que a administração Lula tem recebido, segundo nos informam: primeiro foi a bandeira dos EUA na Paulista em pleno 7 de setembro, e agora o aceno de Trump para negociar tarifas.
Observe que em todas as ocasiões, e não me refiro só a essa última, nunca o governo tem méritos, porque sustenta a defesa da democracia e das instituições, porque não aceita imposição de potência estrangeira, porque não aceita interferência de quem quer que seja. Quando a realidade se impõe e os opositores se veem encurralados e sem opção senão hastear uma bandeira estrangeira pedindo intervenção – já pediram até para ETs em outra ocasião – ou reconhecem o imperativo do diálogo diante da resolução de seguir a vida independente das vontades alheias, chamam a essa atitude altiva e correta de sorte.
Eu chamo de competência, inteligência e visão de mundo. E se segue favorito para ganhar em 2026, contra quem a oposição não consegue escolher, não é sorte e nem presente de nada, nem de ninguém, mas trabalho, muito trabalho e uma história impecável por trás.
E nós, que sabemos reconhecer.
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