Aos poucos, como previu o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a inflação no Brasil caminha para a meta de 3% (± 1,5%) em 2025. Considerando que iniciamos com 10% e disparadas nos preços de alimentos, é um feito digno de ser comemorado.
E vai ser, assim que for atingido — e tudo leva a crer que no máximo no início de 2026, talvez ainda no fim de 2025.
O preço para a convergência da inflação anual para a meta não é pequeno: nos custa R$ 1 bilhão por ano. Mas é preciso observar um ponto essencial: o custo da cesta básica.
Porque, de um lado, temos os rentistas satisfeitos, mas do outro, a maioria da população observando queda no preço dos alimentos, o que, em última instância, é o principal objetivo das políticas públicas: preservar o poder de compra da moeda da maioria da população.
Mesmo quando o crescimento do PIB tropeça, como estamos vendo, estimando pouco mais de 2% de crescimento para o ano, vale o esforço. Porque, se estamos com níveis de desemprego historicamente baixos, salários médios em máximas e déficit fiscal rigorosamente na meta, era hora de combater o mal inflacionário — e, para isso, era preciso conter a disparada do dólar, que indexa os preços das mercadorias internas e externas, que chegou a R$ 6,30 e agora caiu para R$ 5,30, e continua caindo.
Aliás, a maior queda da moeda americana é no Brasil, o que suscita outros comentários.
Porque se bastasse aumentar os juros — coisa que Argentina e Turquia, por exemplo, fazem sem alcançar o sucesso do Brasil…
É evidente que outras influências trabalham conjuntamente para fazer a âncora no dólar funcionar, e isso passa pela credibilidade da presidência do país, dos seus ministros, da sua balança comercial superavitária, do compromisso crível com as metas inflacionárias e com o fiscal e, cá entre nós, das erráticas decisões do gigante laranja do norte, que enfia cada vez mais os pés na jaca e faz do Brasil um oásis de investimentos, apesar das ameaças tarifárias, que sim atrapalham, mas nem tanto.
O resumo apresenta uma fotografia de cenário em movimento, que engloba também a estabilidade política, a duras penas conquistada, e o julgamento do fascismo.
De vez em quando a gente lia a explicação de as bolsas subirem porque Lula aparecia em desvantagem nas pesquisas eleitorais que abundavam no primeiro semestre. Mas, no atual momento, o petista se recupera e assume o favoritismo, e as bolsas batem seus recordes históricos, enquanto o dólar segue caindo. O que nos leva a entender o quanto valem essas previsões e o quanto um governo seguro e previsível inspira investimento e ignora falsas premissas.
Amanhã sai o índice IGP-10 de inflação de setembro, e tudo leva a crer que seguimos no melhor dos caminhos.
Sobre crescimento e queda da Selic: confirmada amanhã a queda dos juros nos EUA, a essa altura fava contada, abre-se o espaço para iniciarmos queda por aqui também, quem sabe ainda em 2025?
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