
Fim de ano é hora de fazer levantamento do estoque, fechar a contabilidade e avaliar lucros e prejuízos.
Sobre a candidatura Flávio, e a absoluta decisão de não ceder espaço nas próprias fileiras do fascismo nacional para terceiros sem o sobrenome Bolsonaro — no sangue, bem entendido — acertamos.
Sobre a queda da inflação para o teto da meta, justificando o sacrifício dos juros altos pelo nosso BC, o que garantiu a queda dos preços dos alimentos e permitiu a recuperação da popularidade do presidente Lula e de seu governo, acertamos.
Sobre o fracasso do governo Milei e do velho plano de recessão para controle da inflação com aumento da miséria, desemprego e fome — acertamos —, mas não no fato de que, mesmo assim, o povo de lá, certamente por conta da queda acentuada da inflação, aumentou a aposta no governo Milei e, com a nova composição do Congresso, acabou de aprovar pela primeira vez o próprio orçamento para 2026, inteiramente construído dentro da visão de destruição planejada e defendida até aqui por aquelas bandas, que promete aprofundar a crise econômica e humanitária. No que antecipamos piores prognósticos e uma rebordosa de crises imprevisíveis no vizinho para 2026.
Sobre a estagflação nos EUA e o dólar afundando — mais ou menos —, porque seguem com problemas de alto desemprego, mas o alívio das tarifas desarmou a bomba inflacionária, deixou a situação por lá indefinida, e a próxima sequência de queda dos juros, assim que trocarem o presidente do banco central, pode desencadear perda de capacidade de financiamento da dívida pública e piorar o funcionamento não só do mercado interno como do mundo todo. Ainda mais sem um euro forte para compensar e diante da dificuldade do Ocidente de incorporar a China como parceiro confiável. Então o prognóstico para os EUA segue mais ou menos o anterior: adiadas as consequências do desajuste improvisado do trumpismo, mas que virá.
O Brasil caminha para reeleger o presidente Lula, por estreita margem, no primeiro ou no segundo turno, mantidas as condições atuais, que podem mudar, mas tendem a favorecer o atual mandato. O que nos deixa em dúvida é a composição do Congresso, onde imagino uma melhora nos números da centro-esquerda, sem alterar muito o atual domínio dos conservadores.
O partido do bolsonarismo deve diminuir, fragmentar e, depois das eleições, não ser mais o mesmo. Mas não desaparece ainda. A direita vai tentar se reconstruir para 2030 e, para isso, precisa de Tarcísio crescendo e do bolsonarismo diminuindo. Nisso apostarão todas as fichas no pós-2026, com PIG, Faria Lima, centrão e evangélicos alinhados na construção de um adversário para o PT.
Que, por sua vez, fará o mesmo movimento de viabilizar, novo nome , entre Boulos, Haddad ou Camilo.
Aproveitem até 2030, tenho repetido, porque depois só Deus sabe. Até lá, o horizonte está definido e as oportunidades estão abertas, o Brasil continua soberano, em crescimento sustentável e acelerando.
Nosso blog manteve o alcance; esperávamos crescer, mas me sinto ainda um aprendiz por aqui e trabalho a médio e longo prazo. Então seguimos em 2026, contando com a companhia de todos vocês.
Aquele abraço e próspero 2026!
Para todos nós.
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Uma resposta para “Inventário 2025 e um pouco de 2026.”
Desejo prosperidade ao Blog em 2026. Conteúdo sério e de muita qualidade. Sucesso!
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