
Na esteira da confusão com as alíquotas do IOF, parece que todos decidiram tirar os coelhos das cartolas e a coisa anda muito diferente. O governo entendeu o recado do Centrão, na direção da disputa eleitoral antecipada, e embarcou na canoa com proposta de agenda ousada, totalmente indesejada pelo Centrão por vários motivos.
Primeiro porque reinaugura a fase “nós contra eles”, o PT sai da defensiva e passa a defender bandeiras importantes e factíveis. Depois, porque o Centrão tem trauma de quando chegamos nessa fase da disputa: quando Lula saca o “nós contra eles”, a coisa não costuma correr bem para eles.
No Congresso, os bombeiros trabalharam bem nos últimos dias e, discretamente, a rotina começa a voltar. Ontem, tanto Senado quanto Câmara aprovaram projetos sem fazer barulho ou causar confusão. Alcolumbre reconheceu o direito do Executivo buscar justiça no STF e batalhar por suas prerrogativas. Motta, se fica em silêncio, é porque concorda e prefere ainda esperar. Todos têm algumas pautas para entregar: isenção do IR até 5 mil e regulamentação da Tributária. O pano de fundo do julgamento permanece. Num certo sentido, o Centrão se assanhou com a queda de popularidade e impedimento próximo do Bolsonaro e pode ter tentado colocar as mangas de fora — sem sucesso. Nem a imprensa acreditou e segue investindo no candidato bolsonarista, de preferência o Tarcísio, de SP.
Não podemos nos prender na retórica da bancada bolsonarista e muito menos no programa liberal derrotado. Ambos estão tentando emplacar teses contra as verdadeiras reformas. Ao indicar suas próprias bandeiras, claramente e na direção correta, o governo incendiou a militância, que reage com empenho, abandonando a defensiva e acreditando nas novas possibilidades abertas.
Como a economia vai se ajustando, podemos ver os resultados reais e positivos começando a fazer parte da rotina de todos nós, com inflação de alimentos mais baixa, combustíveis, a vida retornando a níveis melhores — no lazer, nos negócios, na esperança. Se faltava uma razão para investir no futuro, não falta mais. As propostas podem ser alcançadas, e o Centrão, quando voltar, abandonará suas ilusões. Parte volta para o barco para sobreviver, e os acordos para a eleição deslancham, diminuindo a pressão no Congresso.
E emendas saindo para cada um fazer suas campanhas… é o jeito.
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Uma resposta para “É hora.”
As pautas propostas pelo governo merecem esta luta! Significam uma mudança histórica no processo de distribuição de renda no Brasil. Que tenhamos mais justiça! Os que ganham mais devem pagar mais. E não, menos. Esta pirâmide colonialista precisa ser invertida.
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