Cada um no seu quadrado.

Enquanto o Maduro vai lutando sua batalha, é bom fazermos o mesmo.

E fiz uma coleta de frases soltas nas redes sociais enquanto a Venezuela ocupava as manchetes, para um panorama .

.Fazem 4 meses que o Campos Neto  deu aquela guinada travando a queda dos juros. De lá para cá o juro longo só abriu, o dólar só subiu e a expectativa de inflação só aumentou. Quase todos os dias, em todos os Focus, de forma monotonica, enquanto a inflação manteve-se baixa.

.A dívida nacional dos EUA disparou nos últimos anos sob a liderança do presidente Joe Biden e seu antecessor, o presidente Trump, que havia prometido repetidamente reduzi-la durante sua campanha de 2016.

Quando Trump deixou o cargo, a dívida tinha crescido em US$ 8,4 trilhões (R$ 47,3 trilhões) para US$ 27,7 trilhões (156,3 trilhões), com mais da metade dos empréstimos referidos às medidas relacionadas à COVID-19. A tendência continuou sob Biden, com o presidente em exercício agora superando a marca de US$ 35 trilhões.

.As altas taxas de juros determinadas pelo Banco Central brasileiro são um aspirador de dinheiro público do Estado pelo mercado. No acumulado de 12 meses até junho de 2024, o setor público pagou R$ 835,7 bilhões (7,48% do PIB) de juros da dívida pública. O valor supera os R$ 638,1 bilhões (6,06% do PIB) pagos nos 12 meses até junho de 2023. Os juros da dívida custaram R$ 94,9 bilhões em junho de 2024 ante R$ 40,7 bilhões no mesmo mês em 2023.

Como podemos ver, a questão da dupla,  juros e dívida pública, poderia ser estendida a quase todos os países. Existe um problema central nos EUA e um no Brasil. O deles a necessidade de financiar a rolagem da dívida , a meu ver impagável, sugando a liquidez do dólar no mercado mundial. A nossa por um BC boicotando o crescimento econômico do país, que apesar disso segue firme.

O FED – o BC dos EUA – depois de muitas voltas parece rumar para quedas na taxa de juros a partir de setembro. Seriam 5 quedas sucessivas programadas. Confirmada a tendência, será um alívio mundial. Mas…Trump ameaçou o atual presidente do FED para ele não mexer nas taxas até às eleições de novembro, sob pena de demiti-lo. Lá, eles tem mandato fixo no FED como nós agora – que copiamos – mas o aviso do Trump inclui a decisão de não respeitar o mandato. Eles podem.

O que mudou recentemente nos EUA foi a probabilidade de vitória dos Republicanos. A novidade democrata Kamala assumiu o favoritismo,  isso pode ter estimulado o FED a seguir com seus planos.

Por aqui a agonia segue até dezembro, ontem o nosso BC confirmou a manutenção das maiores taxas de juros do mundo; e o pagamento de valores indecentes para especulação. Além dos juros, decidiu abandonar o equilíbrio cambial, deixando a flutuação ao livre arbítrio da especulação, provocando a maior desvalorização de uma moeda no mundo sem nenhuma razão econômica interna ou externa para isso.

Eu costumo entender o pagamento desses bilhões aos ricos como um pedágio que o povo paga para ter paz, quando no início de um governo do PT. Até o momento em que o Lula consegue fazer a nossa economia funcionar de tal maneira a todos ganharem, é quando a taxa de juros pode cair sem causar um terremoto.

O ano é 2025, sem o terrorista bolsonarista no comando do BC e com a nossa economia nos trilhos .

Boa sorte, Venezuela, fica firme aí Maduro, e boa sorte para nós, com a mudança estratégica no comando do BC em dezembro.

Quanto aos EUA, se der Kamala, ficamos na mesma atual. Trump é imprevisível.


2 respostas para “Cada um no seu quadrado.”

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