O Brasil nos trilhos certos.

Nos últimos dias, um estresse pode ser sentido no clima geral do país. Dá para perceber que o início do genocídio dos palestinos despertou a extrema direita, antecipado pela imprensa venal em sua visão distorcida do mundo. Desde então, não se viu mais nenhuma racionalidade na cobertura do genocídio palestino, sem apelar sequer para a humanidade, totalmente inexistente na cobertura.

A excitação parece ter disparado o apito que movimenta os extremistas. Não é a direita ensandecida que inicia o levante; ele vem escorado no ódio das palavras e reportagens cobertas de falsas premissas, que escondem a verdade dos fatos. É exatamente onde os extremistas constroem seus castelos de mentiras, retroalimentados pelo viés reacionário e cruel da cobertura da mídia sobre a destruição física e humana da Palestina.

Nesses meses, todas as iniciativas do governo para conter os massacres foram atacadas. Enquanto o tempo foi dando razão às palavras do presidente Lula e falar de genocídio agora não assusta ninguém, no início, cada ação de defesa das vidas e apelos diplomáticos contra os massacres era apedrejada pela mídia, que trouxe assim o extremismo de volta à pauta nacional, quando eles estavam acuados com a perspectiva de criminalização de seus atos passados.

De lá para cá, a frente fascista na política, que inclui o atual presidente da Câmara por atos e o do Senado por omissão e interesses eleitorais , foi escalando pautas reacionárias para segurar tanto o STF e seus inquéritos contra esses extremistas, quanto a condução da própria economia do país, que vai se ajustando enquanto enfrenta o saque de bilhões no orçamento por parte do Congresso e tentar evitar que o ajuste fiscal pela arrecadação possa se consolidar.

O Brasil é como um trem no trilho torto, e o Congresso Nacional é uma miríade de interesses dispersos. Se é verdade que sempre foi assim, também é verdade que, desde líderes do tipo Eduardo Cunha e agora Lira, a venalidade submersa encontrou canal para escoar seus piores instintos.

E se agora o STF procura remendar a barragem furiosa que ajudou a encher de furos, o mesmo não se pode dizer de todos os seus integrantes, muito menos de grande parte de juízes e promotores espalhados Brasil afora, que não se conformam com a justiça social e o cumprimento da constituição e agem mais para defender seus interesses e da classe social que representam.

Agora, temos no executivo um polo conciliador e racional, que procura negociar saídas e prover a justiça social e econômica, enfrentando a fúria conservadora que de tudo faz para barrar um país que precisa crescer e fazê-lo incluindo o máximo de pessoas possível. Mas, até recentemente, não era assim; o executivo era de todos poderes o polo mais desagregador e irracional, que destruía tudo que colocava os olhos e onde interesses estranhos dominavam a conduta.

Pouco mais de um ano e enfrentando os maiores juros do mundo e guerras externas, somados aos fascistas acuados e sem liderança para a próxima eleição presidencial, e a velha imprensa que vive dos juros que sustenta enquanto critica a dívida pública que ela mesma alimenta.

E se sempre foi assim, também é verdade que não basta só acreditar no rumo que o governo busca a todos alcançar; é preciso entender que nesse tipo de atuação é preciso sangue frio e coragem, para manter firme o rumo traçado, corrigindo eventualmente onde necessário.

O que quebra a onda reacionária é a economia, de onde atacam sem parar exatamente porque sabem. Com o STF, mesmo com alguns sem noção por lá, mas com sua maioria agindo de forma mais racional e a firme condução política e econômica do governo nos isolando do fascismo e pautando o Congresso venal, que dá seus gritos tentando inverter prioridades, vamos seguindo.

Faz parte, temos tempo para organizar o estrago e recolocar o país nos trilhos; depois, vamos poder aproveitar melhor a paisagem sem tantos solavancos.

Até lá é enfrentar a pauta da imprensa, os juros do Banco Central e os espasmos do Lira caminhando para o ostracismo.


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