Rol de asneiras.

Em mais um daqueles dias estranhos, onde chegam notícias inacreditáveis sobre os feitos do gado bolsonarista, transitamos entre perplexidade, risos, espanto e reflexões.

Como foi possível chegarmos onde chegamos? Como foi possível permanecer no desastre, mesmo enfrentando a ameaça mortal de uma pandemia? Deve existir uma explicação , mas isso não nos exime do vexame e das responsabilidades.

O ex-presidente pediu e recebeu uma enxurrada de Pix de seus seguidores, em valores e quantidades suspeitas de R$17 milhões, destinados a pagar multas diversas de ações temerárias, além de ofensas e mentiras sobre a realidade e adversários. No entanto, ele recebeu o dinheiro, não pagou nenhuma multa e aplicou os fundos. Além disso, a data do início dos depósitos não bate com a divulgação da conta; os depósitos começaram meses antes da campanha pública de arrecadação, talvez para ocultar e misturar números.

Os terroristas da Praça dos Três Poderes, em Brasília, durante a invasão e depredação, fizeram cadastro para acessar o Wi-Fi livre e grátis dos palácios, fornecendo nomes e CPF pessoais.

Mauro Cid e um de seus militares, que davam apoio ao ex-presidente, trocaram e-mails oficiais entre si, enviando ofícios, nos quais combinavam de ocultar pedras preciosas recebidas pelo casal ex-presidencial em Téofilo Ottoni, conhecida região de extração de gemas valiosas.

E, finalmente, o cada vez mais famoso Hacker de Araraquara, aquele que invadiu o celular da Lava Jato e revelou os podres da turma toda, foi contratado pela tresloucada Deputada Zambelli para invadir o celular do Ministro Moraes do STF e invadir as urnas eletrônicas. Ele afirma que tudo foi combinado com o ex-presidente em pessoa e prometeu fornecer as provas do que diz.

O inquieto Hacker também teria sido o autor do questionário que as Forças Armadas enviaram ao TSE durante aquele carnaval, visando desacreditar o pleito e o uso das urnas no Brasil.

Por fim, o partido do ex-presidente, PL, planejou um teatro com a presença do Hacker em um comício antes do segundo turno da eleição, onde ele, ao vivo e espelhado em um telão, digitaria 17 em uma urna eletrônica e o visor da máquina mostraria 13, provando assim a fraude.

Deixo para vocês a avaliação, até porque são 7 horas da manhã e o dia começa, e só Deus sabe o quanto mais de loucuras e revelações patéticas e inacreditáveis nos aguarda.

Que tempo triste, que comédia, que desastre, que circo, que hospício!


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