A fase das intrigas.

Antes de tudo, é importante lembrar que o jornalismo corporativo é um negócio, embora muitas vezes deficitário e não diretamente lucrativo em si. Recentemente, tem sido influenciado pelo mercado financeiro, assim como no passado foi influenciado pelas fazendas e indústrias.

Essa relação com o mercado financeiro cria interesses orgânicos e de classe, pois, mesmo sendo um negócio, o jornalismo precisa atrair e manter leitores curiosos e fiéis. No entanto, como as notícias políticas e econômicas têm sido predominantemente boas ultimamente, as empresas de mídia enfrentam o desafio de atrair a atenção do público e manter o interesse, já que boas notícias nem sempre são tão chamativas e não interessam aos donos dos veículos.

Essa dinâmica tem levado à ascensão das intrigas palacianas como uma estratégia para reter a audiência. Futricas, fofocas, revelações de fontes ocultas e traições são cada vez mais exploradas, assim como nomeações, sejam elas supostas ou inventadas.

Essas intrigas servem aos donos dos veículos como um termômetro para avaliar seus investimentos nos colunistas, observando o quanto eles estão dispostos a se envolver para segurar a audiência.

Cabe a nós, os leitores, filtrar cada intriga e, na maioria das vezes, ignorá-las. É verdade que um palácio é um ninho de cobras, e as intrigas são prósperas nesses ambientes. No entanto, é essencial perceber que parte do sustento dessas intrigas está do lado de fora, nas redações, que muitas vezes inflamam as diversas situações e extraem os venenos.

Por fim, é importante lembrar que, quando essa turma não tem muito o que dizer, é porque a situação pode estar favorável.


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