
Confesso!
Por mais vazamentos, minutas e conversas de whatsapp, patentes e pareceres envolvidos, os conhecidos e os ainda por conhecermos, isso e provavelmente muito mais; confesso, não me convenço.
Mesmo que o elo ausente até agora, mostrando explicitamente os nomes Braga Neto, Heleno e Bolsonaro, saltem das telas dos celulares.
Ainda assim não me convenço.
Não me convenço que estivemos a ponto de sofrermos um golpe militar clássico, com uma GLO convocada e tanques queimando óleo nas ruas garantindo a segurança institucional e o funcionamento da República.
É até provável que no passado, e por muito menos, gente do mesmo quilate tenha conseguido surrupiar nossas instituições.
Ou por menores e mais frágeis razões conseguiram assento no trono nacional. Não, não duvido.
E nem basta reconhecer e afirmar outros os tempos, porque agora mesmo na Colombia um presidente eleito enfrenta o golpismo à porta.
O que mudou, então?
Fomos nós, nós mudamos.
Endurecidos por anos de mediocridades, golpes baixos , mentiras escabrosas, pastores alucinados, imprensa cretina, políticos chinfrins e resultados desastrosos.
Reagimos.
Demos um basta.
Dissemos não.
Ou é possível separar a festa da posse do fracasso do levante fascista na semana seguinte?
É possível desconsiderar milhões de votos ainda quentes e contados um a um nas urnas ?
Claro que os aprendizes de golpes ficaram com medo. Claro que refizeram as contas e enfiaram a viola no saco.
O que o celular do Cid, agora Cidão, revela? Uma trama mal ajambrada de derrotados desesperados do segundo e terceiro escalão ,certos do futuro na Papuda.
Nisso acertaram.
Tem muito Cid aí para ser devidamente desconstruído ainda , cada rodada de vazamentos revelam uma faceta nova e novos integrantes da nau sem vento do fascismo.
O próprio Cid, nos diálogos virou Cidão, talvez por seu papel preponderante na turma.
Ou deveríamos pensar em Cidinho, que não fazia era nada além de cumprir ordens?
Talvez um meio termo, um Cidinho no padrão do ex-juiz mineiro, com lado e uma certa iniciativa.
Me refiro ao imortal Cidinho Bola Nossa, juiz dos clássicos entre Atlético e Cruzeiro. Quando já afoito e impaciente com o jogo chegando ao fim, placar em imutável 0x0, com seu Galo do coração finalmente num momento melhor na partida, e ele, o juiz, ajudando o mais que podia. Acontece a dividida e a bola sai pela lateral com a defesa do Cruzeiro desguarnecida. O atacante atleticano encara o árbitro e pergunta de quem é a bola…!?
-É nossa! É nossa!
Respondeu o juiz aflito.
Eram outros tempos, outros Cids.
Esse do clássico virou o Cidinho Bola Nossa.
O do celular, o Cidão, virou amarra-cachorro de fascista.
Façam suas escolhas.
2 respostas para “Cid ou Cidão? E o Cidinho?”
Muito interessante! Faz todo o sentido está reação de desesperados…
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Muito interessante! Faz todo o sentido esta reação de desesperados…
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