
Vamos começar falando dos EUA, onde Biden está lutando com o Câmara dominada pela oposição e precisa de autorização para aumentar o déficit no orçamento, que é disparado o maior do mundo, superando o PIB do pais em 50%.
Não tem vida fácil por lá, para manter a ajuda bilionária a Ucrânia Biden ofereceu cortes de 1 trilhão nas despesas sociais, para tentar chegar a algum acordo que evite o calote da divida.
Sim, porque por lá o pagamento da dívida pública esta incluída nas despesas nacionais, evidente, mas não tão evidente para nós que insistimos em manter esse custo de financiamento da dívida pública fora dos limites impostos a todas as outras despesas, nosso chamado déficit primário.
Nos EUA, vejam vocês, além da necessidade de negociar duramente com o Congresso eles estão preparando mudanças na meta de inflação, coisa que por aqui parece provocar arrepios.
Quanto a arrepios, sustos e temores, parece ser esse o sentimento dominante das reações quanto a atividade do Congresso por essas terras abençoadas por Deus e bonita por natureza.
O estilo deixa que eu chuto do presidente da Câmara, faz sucesso nas hostes autoritárias e conservadoras, que são maioria , repito, m a i o r i a, e tem somente no governo progressista atual barreiras que evitam impor seus retrocessos, como faziam livremente no governo passado.
O que não quer dizer que não consigam impor pautas, provocar tensões e colher frutos de interesses distintos do governo eleito, certamente, mas o governo não foi eleito sozinho, também deputados e senadores , governadores etc, foram eleitos, e é com eles que o pais vai seguir, por bem e por mal.
Não vou entrar na avaliação das propostas da Câmara sobre as MPs que organizaram a administração, também o Marco Temporal que atropelaram ontem, mas está claro o viés ambiental e movimento para dificultar mudanças na área, provocado por ruralistas e conservadores apavorados com iniciativas nessa frente.
Vamos ver o que vem, imagino que vão encontrar resistências para impor uma pauta regressiva livremente, a sociedade e também o STF, talvez o Senado, devem negociar um meio termo.
Portanto, não há motivo para pânico, se Biden ou Lula, ou qualquer outro presidente acha que vai fazer o que quer na sua administração a realidade vai impor e frustrar inteiramente sonhos assim.
E, saibam, se tem alguém que não tem um pingo de ilusão quanto a natureza do desafio a frente, é esse nosso presidente, experiência e jogo de cintura não faltarão.
O filme está apenas no começo, fique firme na sua poltrona que gritos e sussurros espreitam mas o final será…..não vou dar spoiler, faça você sua previsão.
2 respostas para “Pânico”
Muito bom. Será! Com convicção.
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