Delação? Para quê?

De ontem para hoje um frenesi de expectativas com relação a vazamentos de conteúdos de celulares apreendidos da turma mais próxima do ex presidente.

Inclusive do incansável Cid, que aparentemente guardava Dólar em casa e supostamente sacados em conta própria no exterior.

O Brasil tem essa mania de atingir presidentes através da raia miúda, Collor foi derrubado por uma Fiat Elba e o motorista.

Vá lá que o onipresente Cid não era exatamente raia miúda, mas se fez de.

O Anderson Torres foi ontem na PF em mais um depoimento, segundo seus advogados disposto a falar.

De fato, falou, mentiras.

Que é direito assegurado, observem, ele não precisa declarar provas contra si, sabemos.

E também sabemos quem é Anderson Torres, diligente operador do caos, entusiasta do fascismo bolsonarista, envolvido até o pescoço com os bloqueios no dia do segundo turno para atrapalhar a votação do Lula e depois de derrotado na empreitada, na tentativa de comprometer o novo governo com um GLO logo de início.

Gilmar Mendes ontem disse em entrevista que a política sanitária do ex presidente durante a pandemia foi inspirada no Jim Jones, onde todos deveriam morrer. E, agorinha, Carmem Lúcia liberou para o plenário do STF o julgamento das acusações ao ex apuradas na CPMI da Covid.

Veja, repare nos fatos descritos nesse texto e tudo feito de memória e lendo notícias públicas e notórias, imagine a quantidade de crimes hediondos descritos, imagine as evidências acumuladas em declarações e ações e omissões dessa turma toda nos últimos anos.

Dizem que a prova testemunhal é a menos considerada nos processos, acho que da boca mesmo de um acusado só serve uma confissão e pouco mais que isso.

Nessa montanha de processos e tão fartas e fundamentadas provas, a delação só serve ao acusado para negociar alguma vantagem, nada mais.

Falem, se quiserem, negociem alguma vantagem, se puderem.

Para nós, tanto faz, sabemos o que vocês fizeram.


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