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Blog do Franco

  • 35 anos .

    maio 14th, 2018

    O Desenvolvimento do nosso país sempre  dependeu das empresas públicas, nosso capitalismo sempre foi incapaz de acumular o suficiente para financiar seu crescimento. Os recursos públicos foram entre nós, mais que preponderantes, praticamente exclusivos nessa tarefa.

    Esse modelo, mais do que de desenvolvimento, mas de subsistência, sustentou a rapina do estado até a ponto de teses identificarem no pratrimonialismo a razão de ser da existência desse estado em simbiose com sua classe dirigente, privada e estatal.

    Sem discordar da tese, porque todos conhecem famílias poderosas e numerosas onde os sobrenomes se confundem com as instituições públicas, mas aprendi na leitura do livro recente do Jessé Souza, que o cimento dessa simbiose é o preconceito e o racismo, nessa aliança vitoriosa no caso brasileiro da eterna guerra dos ricos contra os pobres.

    De toda sorte, esse modelo de subdesenvolvimento ruiu no final da década de 70, iniciando o período de pouco mais de vinte anos de empobrecimento do país.

    Combatido unicamente pelo estado, através de emissão e déficits crescentes que culminaram nos níveis inacreditáveis de 82% de inflação em um único mês.

    Depois de sofrermos toda sorte de experiências em planos mirabolantes de combate à inflação, todos eles sob orientação rigorosa dos bancos internacionais, sobretudo o Banco Mundial e o Fmi, a inflação foi controlada com o suporte no câmbio-déficit-inflação, utilizado em toda a América latina com sucesso.

    Era a época da abertura econômica entre os países, arranjo que sustentou o crescimento das grandes economias e permitiu a China acumular forças para tornar-se o gigante de agora.

    Essas histórias são longas e precisei ao menos dessa introdução para afirmar algumas coisas mais.

    Naturalmente o caminho que o país seguia nos traria o seguinte cenário para os dias de hoje : não mais existiriam bancos públicos, nem previdência, nem sus, nem universidades federais, nem Petrobras, etc.

    O acidente de percurso se chamou Lula e PT, que nesses últimos anos deram um rumo diferente ao nosso desenvolvimento, mas tem agora sua obra em processo de acelerado desmonte.

    Por assim dizer, voltamos no nosso normal  de subdesenvolvidos sem nenhuma expectativa além da subsistência, nesse modelo de concentração brutal de renda nosso velho conhecido.

    Agora, entretanto, agravado e sem os recursos estatais dizimados e em processo de privatização E abandono do capitalismo nacional que restava , vendido a preço vil para estrangeiros.

    Desse arranjo não é difícil prever que o futuro será de choro e ranger de dentes.

    Infelizmente.

     

     

  • Pesquisas.

    maio 14th, 2018

    PMDB e PSDB valem hoje, somados, metade do Bolsonaro que pariram
    – Fernando Brito

    A razão do golpe não deve ser buscada no prometido sucesso econômico, elas ultrapassam as nossas fronteiras e são em última instância a garantia e a coragem de que revestiram-se Aecio, Temer e cia.

    As falas do general e ministro do exército na véspera da decisão do habeas corpus de Lula no STF e outra recente, onde atribui ao estado de São Paulo e sua notável parceria entre empresários e forças armadas – palavras do general – como a base necessária para liderar o norte e nordeste brasileiro ao desenvolvimento, mostram o denodo de quem despreza a vontade popular .

    Todas esses aparentemente desencontrados fatos, uns poucos anos à frente e melhor saberemos sobre isso, a desvantagem de conspirar com os EUA é até um dia eles entregam todos.

    Estamos lidando com uma restauração da política oligárquica paulista em aliança com os norte americanos.

    Um relativo desempenho econômico, todavia, é imprescindível para essa turma.

    A se acreditar nos levantamentos de vários e distintos institutos de pesquisa eleitoral, teremos no segundo turno um petista contra o bolsonaro.

    Discordo daqueles que acreditam na fácil desconstrução do candidato da extrema direita, sua base entre evangélicos e jovens do sexo masculino me parece estável para mantê-lo nos números atuais.

    Parece que o problema está no centro, sem candidaturas viáveis, sem espaços nas duas pontas para avançar.

    Já expliquei porque concordo com a estratégia do PT em manter a candidatura Lula, seu nome garante protagonismo do partido dos trabalhadores e dificilmente algum nome indicado por Lula não passa ao segundo turno, na hipótese de ele próprio for mesmo impedido.

    O MDb com Temer e seu governo é uma espécie de âncora eleitoral daqui em diante e a aceleração dos problemas macroeconômicos na Argentina parecem prenúncio para os nossos.

    Com o tempo aprendemos a fazer leituras e prognósticos razoáveis sobre eleições e essas me parecem caminhar mais uma vez para polarização, só que entre PT e Bolsonaro, que substitui o PSDB.

    Outro engano é imaginar que os eleitores do psdb não irão votar em bolsonaro, eles o farão com gosto, porque muitos votam também contra o PT.

    Daqui até as eleições o tempo voa e alguma coisa ainda pode mudar, alguma coisa, muita não.

  • Europa.

    maio 14th, 2018

    Parece que os europeus, ao menos os alemães, estão se dando conta que todas as bombas desse mundo terão que, antes de chegar a algum outro destino, voar sobre suas cabeças.

    As pressões sobre o Irã, após abandonados todos os tratados sobre uso nuclear por parte dos americanos, parecem servir também para os europeus que ameaçarem tentar manter os acordos em pé.

    O jogo duro americano não é feito às escondidas, em conversas reservadas, é jogado às claras, usando a opinião pública mantida sempre em stress.

    Essa mesma tática arruinou os países do médio oriente, pressionam a Venezuela, tentam o mesmo na Rússia que até aqui resiste, na Turquia e no Brasil.

    Chamam de doutrina do choque, que consiste em executar o maior e mais desconcertante número de decisões destrutivas de uma só vez, desnorteando a oposição que eventualmente surgiria.

    Maquiavel já ensinava que o mal deveria ser todo feito de uma só vez, enquanto o bem aos poucos.

    Parece que na atual quadra dos acontecimentos só leram a primeira parte dos manuais do espertíssimo conselheiro dos Reis da idade média.

  • Mortalidade infantil.

    maio 14th, 2018

    A divulgação do índice de 2016 de aumento de 11% nos óbitos de crianças com 1 a 4 anos, óbitos evitáveis, objeto exclusivo dessa pesquisa, nos coloca na situação de alerta total quanto ao tipo de país que estamos construindo e para quê.

    Para quem já sabemos.

    Os números divulgados empilham vidas desperdiçadas que se somam ao escândaloso índice de assassinatos dos pretos dos pobres.

    E das putas e travestis. A média de vida dos travestis no Brasil é de 35 anos.

    A guerra mais mortífera do mundo é aqui no Brasil. Dos ricos e remediados contra os pobres.

    Anexei acima o gráfico das mortes evitáveis para análise, não deixam dúvidas da fragilidade social em que vivemos os brasileiros e como tragicamente nos afetam os rumos de nossa economia e a ação interessada ou de abandono dos governos.

    Quando divulgados os números acima, os pesquisadores já adiantam que os de 2017 serão piores.

    Então, da nossa consciência adormecida no costume com o convívio da miséria, mesmo no soluço dos últimos anos que mostraram que poderíamos ser e fazer diferente, escolhemos não ser e não fazer.

    Preferimos dizer que cuidamos das nossas vidas.

    Mas não é isso que fazemos, sujamos nossas mãos de sangue enquanto insistimos em dizê-las limpas.

    A pergunta permanece : até quando?

  • Uber.

    maio 14th, 2018

    Ninguém simboliza melhor esse modelo econômico excludente do que a plataforma do Uber.

    A relação de trabalho e de exploração é levada ao extremo, porque finge transferir o poder de decisão laboral ao empregado.

    A garimpagem global permite que em qualquer tempo e lugar as crises cíclicas forneçam a mão de obra infinita para manutenção do sistema.

    A regulamentação dos países e cidades também não oferecem ameaça, sujeitas a pressões das necessidades dos próprios explorados em busca de uma oportunidade qualquer de trabalho e ganho.

    O trabalho precário que o mundo nunca conseguiu superar, alimentado em estimados 2 bilhões de pessoas disponíveis , superexcedente de necessitados e carentes de renda mínima que seja.

    O mecanismo injusto que mantém funcionando sistemas econômicos de governos de faz de conta e as ilusões da prosperidade que nunca chegam, ainda mais uma vez ou outra serão desafiados até que se resolvam essas pendências, ou continue a girar essa roda em sua eterna imutabilidade.

    Até lá, ou até nunca, os modelos do precário, do injusto, do provisório, governam esse mundo.

  • Ilusões perdidas.

    maio 14th, 2018

    Você já ouviu falar do curalito, que funcionava na Argentina?

    Pesquise.

    As previsões de crescimento da economia brasileira estão se dissolvendo em areia, com a dura realidade do desemprego e a incapacidade de retomada de crescimento.

    O banco Itaú estimou em 2% o crescimento do pib esse ano , até ontem eram 3%.

    Alguém ouviu falar de consumo nesse dia das mães?

    Falamos de tudo um pouco mas quem observa a paisagem leva um choque: para onde vamos?

    Não é difícil prever, porque é como um filme de tempo passado que julgava-mos esquecido e distante.

    O nosso esforço de vidas foram gastas na tentativa de exorcizar esses mesmos demônios que insistem em atazanar as gerações de brasileiros.

    Como nada está e nem vai ser feito para mudar esses destino conhecido, que cada vez mais nos espera, sem fatalismos e sem ilusões, porque assim desejam os que nos mandam.

    E nós, nem só incapazes, mas concordando.

    O curalito é aqui, nesse imenso bananal de bananas de pijamas.

    Espere e verás.

  • Segunda.

    maio 14th, 2018

    Não se avexe que o tempo parece estar parado, e quem tanto corre tenha impressão de não sair do lugar.

    O tempo tem dessas coisas, ele desacelera esperando alguma outra coisa passar, quando não está passando nada.

    Por esses dias, por exemplo, nada espere do governo, dos mercados, dos sonhos, sim, também os sonhos param pra esperar.

    Que o dia aconteça, apesar dos pesares, que as coisas banais e rotineiras, tão importantes e mais frequentes do que tudo nessa vida, se repitam, no que já é uma grande coisa.

    Assim às vezes é a vida, quando tudo para esperando, nada parece acontecer, senão a própria vida.

    E suas exigências, labutas, duras, leves, apenas e sempre as suas exigências.

    As mesmas?

    Seguir em frente.

    Sempre.

  • Caminhos para o Brasil.

    maio 14th, 2018

    Não são tantos quantos poderíamos imaginar, ou desejar.

    O caminho da inércia, essa força poderosa do nada fazer, conduzirá Bolsonaro ao poder, apoiado pelos justiceiros incrustados nas instâncias da justiça a quem o reforço das polícias somadas, civil e militar, comporão a base do nosso holocausto.

    Nesse projeto das escolas sem partido, sem lenço sem documento e sem verbas, a ignorância será motivo de orgulho, como agora,e exibido como modelo do cidadão ideal.

    Burro, mas feliz.

    Feliz em termos, porque até a maior das burrices percebe a carência e a falta, mesmo quando atribuídas a falsas causas, sem alfafa até o mais renitente sofre.

    Depois o bastão deve passar para alguém da TV, um Luciano ou coisa próxima. Um Doria desde já segue aposta promissora.

    Não destruído por completo poderemos tentar um Barbosa ou um Mouro, necessitados de restaurarmos o baixo moral com nova rodada de caças às bruxas.

    Até aqui o povão, certamente aliado à elite econômica, batem palmas para maluco dançar,perplexos com a falta de resultados positivos mas renovando as esperanças a cada ano com as doações do criança esperança.

    Sem contar uma reeleição ou outra, já teremos vencido uns 12 anos de nossas vidas nos três nomes desse desastre descrito.

    Improvável?

    Veremos.

  • Petrobras e o preço gasolina.

    maio 13th, 2018

    Analista de mercado é coisa muito rara, o que normalmente temos por aí é um papagaio dos interesses das corretoras e bancos, com capacidade de explicar, superficialmente, o movimento da bolsa e dos negócios naquele dia, e só.

    O dia de amanhã pertence a Deus.

    O exemplo da recentíssima valorização das ações da Petrobras, que nos últimos 2 anos saiu de valores próximos a 5 Reais e está em 25, não encontra explicação além de elogios a Pedro Parente.

    Que nada faz além de vender a empresa e seus estoques.

    O milagre tem um santo chamado preço do barril de petróleo, que nesse período saiu de 25 dólares e chegou a 75, com expectativa de atingir 100.

    Ainda longe dos 170 dólares do passado recente e das previsões que chegaria a 200.

    Nessa época de petróleo caríssimo, importa dizer que a Petrobras dava seus primeiros passos no descobrimento do pré-sal e enfrentava imensa companha contra a sua descoberta, tachada de inviável, de falta de meios para explorar o petróleo porque sua operação encareceria por demais o produto final.

    Tudo boicote, tudo mentira.

    Também problemas com valorização do câmbio a empresa enfrentou durante o governo Dilma, com ataques especulativos da moeda norte americano que rondou os 4 reais, sem que os preços internos da gasolina e gás tivessem aumentos.

    A empresa era administrada com olhos nos prazos médios, o que faz todo sentido por cuidar de produto indispensável e monopolizado.

    Se por esses dias o custo da gasolina caminha para 5 Reais o litro e o gás de cozinha subiu 100%, não é só porque o petróleo e o dólar sobem, mas porque das variáveis que compõem esses custos um elemento dessa matriz foi trocado.

    Tiraram o consumidor e colocaram o investidor.

    Isso faz toda a diferença na nova política dos preços, eles ganham na ponta da valorização das ações e na receita dos dividendos e você, paga.

    Cada vez mais caro.

    Também nesse caso o pato foi você.

  • Nenhum indicador está positivo.

    maio 13th, 2018

    Neste final de semana o Dieese soltou um estudo que comprova o que já estamos todos vendo e vivendo no nosso Brasil varonil: não há um único indicador econômico do país no positivo.

    Na minha página do Facebook,onde eu entrei por me sentir desafiado durante aquele festival de burrice, que ficou conhecido pela campanha dos 20 centavos, escrevi durante meses e anos solicitando a qualquer um dos que protestavam que me apresentasse um único indicador comparando os anos Lula e Dilma com os anos anteriores, que mostrasse uma piora.

    Percebam o que eu dizia.

    Que me apresentassem um único indicador, econômico, policial, segurança, moradia, construção, saúde , educação, comércio exterior, qualquer um em qualquer atividade ou área específica, pior do que os do período anterior.

    E a verdade é que não eram capazes.

    Agora vou propor um novo desafio, com sinal trocado,que me apresentem um indicador qualquer que demonstre alguma melhora em relação ao período petista anterior.

    Só unzinho.

    Essas divagações demonstram o tamanho da burrice e ignorância que nos trouxeram de volta a esse abismo.

    Pior, ainda percebenos potencial de estupidez acumuladas suficientes para afundar ainda mais o país.

    Já tem gente achando que o nosso país cometeu suicidou.

    Ainda não, penso, até depois das eleições saberemos.

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