A entrevista bomba do diretor geral da polícia federal ao Estadão do domingo está tendo a repercussão devida, proporcional à sequência de crimes que descreve detalhadamente.
Difícil entender os motivos que levaram o experiente policial a cometer esse sincericidio público, se é verdade que a vaidade é uma bebida que muito embriaga, segundas e terceiras intenções não podem ser descartaras, embora ainda ignoradas.
O fato concreto é que tal entrevista provocou um terremoto, com consequências ignoradas.
Certo é que mudou o assunto do tresloucado aumento auto concedido pelo STF, com aumentos em cadeia capazes de atingirem a cifra de 10 bilhões.
Mudança de assunto para um ainda pior, mantendo pressão sobre diferentes prima donas do judiciário tupiniquim, cada um em situação mais criminosa que o outro, numa disputa pra saber quem mais despreza as leis e a constituição que todos eles supostamente deveriam defender.
Carminha aproveitou a carreta ladeira abaixo e contribuiu com mais um elemento de desastre informando ao distinto público, sem que ninguém a perguntasse, que a depender dela a lei da ficha limpa terá aplicação rigorosíssima.
Parece que todos esses movimentos patéticos aparentemente desconectados, na verdade formam o quadro circense do picadeiro onde o poder judiciário escolheu como lugar de existir e agir.
Alguém precisa dizer a esses tristes artistas que na intenção de distrair a plateia, o que fazem com canastrice e péssimo roteiro, esqueceram que a má arte não basta, ainda faltam os brioches.