
Quando Lula venceu sua primeira eleição em 2002, contra o PSDB de FHC, Serra, Alckmin e Aécio, a aposta do 1% era simples: o fracasso seria inevitável. Muitos davam como certa uma volta triunfal de Fernando Henrique.
Mas o que se viu foi o exato oposto. O Brasil aprendeu, de forma concreta, que políticas públicas voltadas à maioria — e não aos mais ricos — fazem toda a diferença no desenvolvimento nacional e individual.
Políticas inéditas, como a valorização do salário mínimo, nunca haviam sido experimentadas antes. E até hoje são disputadas, mesmo com resultados amplamente reconhecidos. Investimentos em educação, saúde e inclusão social mudaram a vida real das pessoas. Tudo o que temos de mais sólido e justo no país começou a se construir a partir de 2002.
Antes disso, a prioridade era o “ajuste fiscal” e o chamado “tripé macroeconômico” — instrumentos que, embora importantes para a racionalidade administrativa, mantinham intactas as amarras da concentração de renda e o empobrecimento do povo.
Com Lula, aprendemos que justiça social e equilíbrio fiscal não são opostos. Podem, e devem, caminhar juntos como a melhor forma de tratar a coisa pública.
Os números confirmam: crescimento consistente do PIB, valorização dos salários, aumento da massa salarial, acúmulo de reservas internacionais e resultados fiscais positivos marcaram seus governos.
E esses indicadores voltam a aparecer agora — com o fiscal sob controle, o câmbio estável, inflação moderada, reservas em alta e avanços em emprego, renda e redução das desigualdades.
São fatos, não torcida.
Desafio qualquer um a apontar um indicador pior — seja em saúde, educação, criminalidade, emprego, renda, cultura, meio ambiente ou qualquer outro — quando se comparam os governos Lula aos demais.
É um dado da realidade, incontestável.
Quer um exemplo?: O Brasil tinha só 9% de eleitores com ensino superior em 2002. Hoje esse índice está em 22%, alta de 145%. O país formou mais pessoas nesses 23 anos do que em todo o século XX.
Nos primeiros mandatos, a bolsa de valores brasileira viveu um salto inédito. Antes de 2002, sequer existiam apostas condizentes com o tamanho da economia nacional. Hoje, paradoxalmente, apesar de o mercado estar nos índices máximos, os investidores andam de lado: celebram derrotas do governo como boas notícias e veem vitórias como ameaças.
Um comportamento que mais parece torcida do que análise.
São as mesmas vozes que, dia e noite, poluem o noticiário com a velha visão de mundo que prefere Paulo Guedes a Haddad, Bolsonaro a Lula. E nada parece fazê-los mudar de lado.
Pois que fiquem. Mas que atrapalham, atrapalham.
Um dos fatores mais importantes da queda recente da inflação — especialmente nos alimentos — é o câmbio.
Com o dólar mais baixo, toda a cadeia de preços recua: alimentos, combustíveis, gás. Mas, nas apostas do mercado, acontece o inverso. Quando o governo perde uma votação, o câmbio cai. Quando o governo tenta corrigir a decisão equivocada do Congresso, o câmbio sobe.
Ou seja, quanto mais forte o governo, mais o mercado aposta contra o real.
Se Lula parece favorito à reeleição, eles não querem bolsa subindo nem dólar barato.
Se acham que ele pode perder, comemoram dólar estável e euforia na bolsa.
Mas, no fim, essa queda de braço tem sempre o mesmo desfecho: nada resiste a um país em crescimento.
Vale lembrar que, se atualizarmos os números da bolsa brasileira do período Lula pela inflação acumulada, o índice de hoje deveria estar em torno de 200 mil pontos — muito acima dos atuais 140 mil, tratados como recorde.
A maneira de conter essa turma, infelizmente, ainda é via juros. A manipulação do câmbio futuro é um desafio que o atual Banco Central não pode enfrentar diretamente, mas o tema está na pauta — como o próprio BC já reconheceu.
Até lá, seguimos pagando juros altíssimos: um pedágio caríssimo para conter a fúria destrutiva dos ricos do Brasil.
E é urgente criar mecanismos para sair dessa armadilha monetária que nos aprisiona há décadas.
Se alguém vai conseguir fazer isso, serão Lula, Haddad e Galípolo no Banco Central.
Do outro lado, o cardápio é conhecido: privatizações, salários congelados, cortes na saúde, na educação, na cultura, juros nas alturas e desemprego — para sobrar mão de obra barata.
A escolha é nossa.
E o dia está chegando.
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