
Duas coisas começam a pipocar no noticiário: Lula vai ganhar no primeiro turno e a inflação em 2025 termina o ano em 4,5%, dentro do limite da meta.
A primeira está muito cedo para sabermos, falta um ano para confirmar. Embora, no momento, eu esteja convencido de que a atual trajetória de popularidade vai levar o presidente à vitória no primeiro turno, não tem como saber a essa altura — ficamos combinados.
A segunda estamos a pouco mais de 60 dias para confirmar, porque a trajetória igualmente indica queda em direção ao teto da meta de 4,5% anual e recorde no pós-Plano Real da menor inflação acumulada nos três primeiros anos de um governo brasileiro.
Portanto, não estamos tratando de algo banal.
Iniciamos o ano no “Deus nos acuda” em termos inflacionários. Uma sequência de bons golpes dos adversários e algumas decisões precipitadas e mal comunicadas — lembram da taxação do PIX? — foram aproveitadas pela oposição política e midiática para encaixar jabs certeiros e provocar uma reação no mercado, levando a alta do dólar e dos juros, que caminhavam em números muito bons até então.
A consequência foi uma nova presidência do BC, que ao assumir precisou jogar as taxas na lua e segurar as apostas contra o real — o que, aos poucos, foi se ajustando — e contou com um Trump cada vez mais descontrolado, provocando a baixa do dólar no mundo. Somados os dois fatos, o dólar no Brasil foi caindo de R$6,3 para os atuais R$5,4, e a inflação de alimentos, atrelada a preços de commodities, se acomodou. Com ela, a popularidade do presidente foi se recuperando também, no que muitos analistas afirmam ser, atualmente, o melhor momento de todas as presidências, atuais e anteriores, do Lula, mesmo com a popularidade abaixo das anteriores por vários motivos, um deles o atual momento conflagrado mundialmente.
O que igualmente não é trivial.
Neste próximo domingo, provavelmente, teremos a primeira reunião presencial entre Lula e Trump, para negociarem as tarifas, e há quem diga que teremos boas novidades com queda na cobrança arbitrária cometida até aqui. Superada com muita paciência e sabedoria, reconhecida pelo mundo e internamente.
Com isso, podemos estar encaminhando um novo momento para nossa economia. Ainda pendente está essa questão dos juros muito altos, segurando o crescimento que todos entendem ser surpreendente nas circunstâncias de restrição monetária atual.
Feito isso, provavelmente, a partir de janeiro próximo, estamos dando a partida para mais uma reeleição e um período de prosperidade — sem esquecer que a frente da Margem Equatorial garante o equilíbrio futuro da balança comercial. E, se cumpridas as promessas de transição energética (que estão a pleno vapor, procure se informar), o Brasil de antes do golpe da Dilma está de volta, e esse intervalo de sombras e empobrecimento está definitivamente superado: voltamos a uma trajetória interrompida rumo a um país de classe média.
Dentro da nossa realidade, mas de classe média em todos os sentidos.
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