Estou desconfiado que alguma coisa muito séria aconteceu no nosso Brasil há 7 ou 8 anos atrás.
Praticamente todas as manchetes, análises, comunicados, levantamentos estatísticos, comparativos, históricos, gráficos e declarações, fazem referência a um certo período anterior, frequentemente; exatamente situado a 7 ou 8 anos passados.
Uma data misteriosa, ninguém fala dela, do contexto, dos fatos e , apesar disto, ninguém escapa do uso repetido e inevitável do marco, quando precisam comentar algum novo dado de nossa economia .
Obeservem.
O desemprego voltou aos níveis de 7 ou 8 anos atrás, o dólar, o PIB, os inscritos no Enem, os índices de expectativa positivos para o futuro, balança comercial, inflação, investimento, superávits, etc etc.
Repetem, repetem, repetem.
Desconfio que até namoros e casamentos estão voltando a números de 7 ou 8 anos atrás.
Mas o que aconteceu de lá para cá?
Melhor, que fato desconhecido foi esse, que marcou nosso calendário e nossas vidas de forma tão relevante, mas que ninguém consegue lembrar?
Peço aos eventuais leitores, ajuda, quem souber favor comunicar urgente, sobretudo para aquele que são os responsáveis por bem informar a população.
Todos os dias alguma novidade expondo a desonestidade do atual presidente da Câmara dos Deputados, aparece.
E sem surpreender ninguém.
Mesmo o chocante testemunho da ex-esposa, quando acusa Lira de crime de violência sexual contra ela, deixa um sentimento de dejavu.
O perfil de políticos como o de Lira, é conhecido.
Infelizmente.
E mesmo situações como as contidas na acusação da ex-esposa, e que provavelmente ocorrem com muito mais frequência que as noticiadas, não deixam de compor o tipo de perfil político Lira.
De vez em quando alguém do baixo clero, como são chamados os políticos de pouca expressão, ascendem na hierarquia de comando do legislativo. E nunca surpreendem positivamente.
Eleitos nas margens das leis, sempre pendurados em alguma liminar, cheios de processos e acusados de crimes muitas vezes sérios. Abrem seus caminhos na marra e na marra exercem seus cargos.
Muitas vezes sorridentes, como é o caso do atual Presidente Lira.
Todos os estados mostram figuras iguais em seus representantes. Sugerindo que o problema não esta em enquadrar fulano como coronel, caudilho, chefe ou coisas semelhantes. Por certo um deputado é uma espécie de líder, alguma coisa ele precisa representar para chegar lá.
E nem colocar a culpa no eleitor, que reconhecemos escolhe seus Deputados com pouco critério e frequentemente esquece em quem votou.
Acho que estamos em um processo de aglutinação partidária. Depois da ditadura e a permissão de existirem somente dois partidos : Arena da ditadura e MDB da oposição consentida. E após a promulgação da Constituição de 1988, a fragmentação partidária reprimida, explodiu. Inúmeros partidos foram criados e agora, finalmente, depois de décadas, parece que estamos caminhando para redução desse número de opções.
Nossa democracia é jovem, ainda sujeita a imensos desafios. Lira insinua em mudança de regime, uma proposta absurda de presidencialismo meia boca, com Lula de Rainha de Inglaterra e ele de manda chuva. Felizmente as pesquisas disponíveis, recentes, mostram que os brasileiros não concordam com mudança.
Quanto a Lira, imensas dificuldades irá enfrentar futuramente, a sequencia de denúncias é imensa, ainda em andamento e crescentes. Para o governo nem é tão ruim, mantendo Lira enfraquecido politicamente e permitindo planejar um sucessor menos perigoso.
Algum cuidado é necessário, um animal acuado, reage. Mas não é um roteiro que depende do governo, os fatos falam por si e as apurações em andamento tem ritmo próprio, apesar das acusações de Lira que o Ministro Dino ou o governo agem contra ele.
É uma situação lamentável e delicada.
Políticos como ele nunca deixarão de existir, o que sempre tentamos é alertar quando do momento das escolhas, que façamos da melhor maneira possível
Com as mudanças em andamento reduzindo partidos e limitando opções, ao mesmo tempo que depura o cardápio e permite ao eleitor compreender melhor a tendência por onde cada partido pretende atuar, pode ajudar a escolha.
A montadora alemã informou suspensão das atividades em três das suas fábricas, interrompendo, a meu ver, a sequência de notícias positivas de retomada de nosso crescimento econômico.
Os motivos são os conhecidos: os juros de financiamento para a compra na lua e massa salarial comprimida. Mostra também que o alcance da recente ajuda do governo reduzindo impostos e preço dos automóveis, alcançou o limite.
Serviu para desovar alguns estoques. E mostrar a dura realidade para uma retomada sustentável no crescimento da economia.
Mais de uma vez salientei a fragilidade do número de desempregados fornecido pelo IBGE, cerca de 8%. Os critérios atuais de medição deixam de lado uma série de mazelas, como desalentados e precários, disfarçando a realidade do desemprego no Brasil.
Talvez até do mundo, onde esses critérios duvidosos de medição de desemprego são comuns.
Critérios a parte, a decisão da Volkswagen é uma ducha de água fria, paralisando exatamente a indústria em seu setor mais relevante. E cobra solução, urgente.
O Presidente Lula vai na Bahia no dia de hoje, anunciar a chegada de uma montadora de carros elétricos chinesa.
Uma excelente notícia e que nos provoca duas questões.
Uma relativa a expectativa positiva futura de nossa economia, a ponto de fábricas inovadoras estarem chegando.
Outra quanto a viabilidade das montadoras tradicionais com motores a gasolina e álcool, qual o futuro para eles? Qual o impacto nesse caso?
Uma terceira, incluo, entre o futuro e o presente temos o momento atual, que precisamos enfrentar rapidamente e superar a tendência de estagnação e inércia de vários setores.
O anúncio do novo plano do PAC é aguardado com enorme expectativa, previsto para anúncio no início de julho. Acredito em boas medidas e uma melhora importante no médio prazo.
Um dos pilares do ajuste fiscal prometido para 2023, pelo atual Ministro Haddad, é o déficit primário de R$ 150 bilhões.
Parece um desastre, mas estamos saindo de um rombo de R$ 1 trilhão deixado pelo dupla Guedes/Bolsonaro, que prometia paralisar a economia do Brasil.
Lembremos que o atual governo precisou agir no orçamento antes ainda de tomar posse, agindo diligentemente para organizar a previsão catastrófica do governo derrotado e preparar o pais para enfrentar os inúmeros desafios deixados sem solução. Para isto aprovou um novo orçamento ainda durante o mandato anterior, como sabemos.
Na sequência, e ai dentro do planejamento da nova âncora fiscal, Haddad propôs suas reformas contando com crescimento da arrecadação ainda no ano corrente, e em várias vitórias bilionárias em disputas tributárias nos tribunais.
Essa aposta foi duramente criticada quando do seu anúncio.
Pois estou aqui para informar que a AGU calcula, só nos seis primeiros meses de governo , uma economia de R$ 286 bilhões nas seguidas vitórias nas tais disputas tributárias, entre outros acordos.
Trabalho que dará tranquilidade para que novos objetivos orçamentários possam ser cumpridos.
Ontem pela quarta vez o Presidente Fernandez da Argentina visitou o Brasil. Com a ida de Lula à Argentina recentemente, 5 encontros em 6 meses de governo. Quase uma reunião por mês. Não é uma frequência normal, muito ao contrário.
Fernandez como candidato a Presidente visitou Lula no Cárcere, antes das eleições no seu país e que acabou vencendo. Um gesto que na época mostrou coragem e acabou forjando essa proximidade que desfrutam agora.
Desta vez veio negociar financiamentos, receber homenagens e vai se despedindo do cargo que anunciou não pretender disputar novamente. A grave crise no pais impeliu a não tentar uma improvável reeleição. Eu defendo a tese que os Presidentes da Pandemia não estão conseguindo reeleger, a exceção foi o invencível Erdogan na Turquia. Mas no caso de Fernandez, outros desafios surgiram.
As razões da crise por lá não me parecem estar somente na pandemia, o legado Macrista foi demasiado pesado também. Mas com a decisão de Fernandez não candidatar, acaba por zerar o jogo da eleição, jogando para os novos pretendentes as razões e as saídas da crise atual. Virando a página, Fernandez tenta facilitar o trabalho do Peronismo, seu partido.
Na Argentina temos na disputa um fascista, Milei. Até aqui com pouca chance de vitória, mas nunca se sabe ao certo.
O jogo do Peronismo e de Fernandez na escolha por tantas e frequentes reuniões com o Brasil, está claro, mas a questão é qual a posição de Lula nessa disputa pelo poder na Argentina?
Embora não se refira nenhuma vez a disputa no pais vizinho, esse tema não sai da agenda do nosso Presidente, aposto.
Praticamente todos os acordos e compromissos que junto com Fernandez tem assumido, indicam uma escolha de rumo para o futuro da Argentina na direção oposta a anunciada pelo candidato fascista Milei. Lula trabalha pesadamente para influir no pleito argentino, em silêncio, mostrando ao eleitorado de lá as vantagens que a proximidade com ele e o Brasil, podem obter.
E, na hipótese de vitória do fascismo, perder.
Vamos aguardar o candidato do Peronismo, Massa, que disputará a vaga na Presidência, e se ele também procurará proximidade e apontar para um futuro comum entre nossos países. E se a presença de Lula será explorada na sua campanha e de que forma.
Voltamos ao Banco Central e o seu Presidente Bolsonarista, que apesar de cada vez mais isolado ainda não mostra disposição para mexer nos juros mais altos do mundo.
O histórico na relação entre o governo, sobretudo o Haddad, e Campos Neto, guarda uma sequência de iniciativas – todas por parte do governo – para reorganizar a economia enquanto ficavam na expectativa de alguma reação positiva do Banco Central.
Nesta altura da relação nenhuma expectativa pode mais ser mantida, o divórcio tem data marcada ao fim do atual mandato de Campos Neto, aguardado com ansiedade.
Mas um divórcio litigioso pode acontecer antes.
O que segura a fúria do governo em não remover antecipadamente Campos Neto, e apesar de depender do Senado, é a proximidade em receber o grau de investimento e incrementar o ingresso de capital no Brasil, entre outras vantagens. Uma crise com o Banco Central antes da promoção do grau de investimento não é coisa boa e atrapalha.
Depois, pode ser.
Até agora, o governo mudou a Âncora Fiscal, ameaçou mudar a meta de inflação, diminuiu preços administrados do combustível e energia elétrica, batalhou no orçamento e venceu, projetou déficit infinitamente menor que os anteriores e zerou no ano próximo, promove uma Reforma Tributária tentada há décadas, pacificou a agenda política, abriu mercados, mantem inflação e câmbio declinantes.
E o Banco Central e seu Presidente e Diretores, todos nomeados pelo fascismo, nada fizeram.
E quando fizeram foi ameaçar de piorarem a situação.
Hoje temos a ata da última reunião do COPOM, dirão, provavelmente, que está tudo sob controle e fica como está.
Não temos mais adjetivos para eles, quando lemos as atas sobram somente ofensas que prefiro evitar.
Uma última tentativa parece ter surgido no horizonte nublado. Alguém, não sabemos quem, ainda, apareceu com a ideia de prolongar o calendário para Banco Central cumprir a meta de inflação. O atual prevê 12 meses para a tarefa. Na nova proposta o prazo seria esticado pra 18 ou até 24 meses, facilitando o trabalho do Banco Central e abrindo mais uma oportunidade para juros decentes.
Penso que é uma boa saída.
E pensando um pouco mais, percebemos que com essa mudança estamos alterando até o calendário Gregoriano milenar, para tentar agradar o Banco Central e seu Presidente e Diretoria.
Na hipótese temerária de mais um fracasso na empreitada, só restará no arsenal tentar reduzir a velocidade de rotação do planeta, ou parar. Não seria a primeira vez, a se crer na Bíblia.
De início uma coisa precisa ser dita, quando a nossa imprensa é chamada a informar sobre os acontecimentos no mundo, conseguem faze-lo de forma pior do que cobrem os fatos internamente.
A maneira tosca e parcial como descrevem e entendem a agenda internacional do Presidente Lula, só é superada quando uma guerra começa em alguma lugar.
Se levadas a sério as informações fornecidas por nossa imprensa tradicional sobre a guerra Ucrânia e Rússia, por exemplo, os Russos deveriam estar derrotados há muito tempo, Putin perdido e a economia soviética dizimada.
Evidente as dificuldades, mas nenhuma previsão certa.
Não por acaso. Como nada apuram senão distorcem e manipulam as notícias fornecidas pelas agências internacionais. Agravadas, porque repercutem interesses da OTAN, acrescentando análises distorcidas por conta própria.
Fora o despreparo, porque sem a presença de Lula e seu estilo de governo participativo no mundo e influente por méritos, a imprensa corporativa brasileira não tem nenhum interesse em cobrir os acontecimentos mundiais. O esforço que faz quando o Presidente Lula acontece mundo afora, é mínimo, preferem esconder o quanto podem o sucesso internacional do Presidente.
Mas voltamos a guerra.
Esse motim dos mercenários Wagner merece uma consideração especial. Porque mostrou que não somente nossos jornalistas não entenderam nada dos fatos neste caso, como também a imprensa ocidental também não entendeu nada.
E nós, consequentemente, menos ainda.
O que seria um motim destruidor e definitivo, não durou 24 horas. A derrota total da Rússia e seu líder Putin, virou demonstração de força.
Daria para arriscar que coisa boa não foi, o tal Regimento Wagner ameaçou publicamente, ganhou anistia e mudou de pais, tudo em 24 horas.
Uma salada Russa pra ninguém botar defeito.
O fato é que guerra é coisa imprestável, o ocidente usa para enfraquecer adversários e movimentar economias combalidas pela Covid, promovendo sofrimento e miséria pelo mundo.
E precisa parar.
Até esse dia chegar, aparentemente distante, não convém acreditar em nenhuma análise e previsão de nossa imprensa.
Seguindo a rotina da chantagem semanal, agora o Centrão investe no Ministério da Saúde, usando a manjada Revista Veja para atacar a Ministra Nísia.
Fica o registro da aliança do Banco BTG e de seu dono Esteves, proprietários da Editora Abril que publica a Revista, com o chefe do Centrão Arthur Lira. Mais a frente as razões desta aliança podem aparecer.
Acessei o Portão da Transparência para observar alguns dados:
Emendas Parlamentares
Bolsonaro, em 2019 R$13,8 bi empenhados e R$6 BI pagos , sendo 49,5% saúde. Bolsonaro, em 2020 R$37,5 bi empenhados e R$17,6 BI pagos, sendo 33,9% saúde. Bolsonaro, em 2021 R$33,4 bi empenhados e R$15,9 bi pagos sendo 47,3% saúde. Bolsonaro, em 2022 R$25,4 bi empenhados e R$17 bi pagos sendo 58,4% saúde.
Lula, em 2023 R$6,88 bi empenhados e R$2,44 bi pagos, sendo 73,9% saúde.
Percebemos o interesse do Centrão no Ministério da Saúde, grandes e vultosos valores empregados no sistema, controle estava frouxo durante o desgoverno derrotado e permitindo desvios absurdos, esquemas funcionando há anos e agora certamente com dificuldades em delinquir.
Fora a significativa queda dos valores empenhados nas Emendas Parlamentares no atual governo, naturalmente esvaziando ainda mais as práticas criminosas.
Vocês devem lembrar que várias cidades apresentavam relatórios contendo consultas médicas em números superiores a própria população do município. Consultas pagas com recursos de emendas e que não carecem de explicação para o destino em casos assim. Mas fica fácil imaginar aonde foram parar.
O choro do Centrão em perder o Ministério da Saúde fica evidente. Além dos valores reduzidos no atual governo, velhas práticas estão sendo desmontadas.
O Presidente Lula precisa de uma base parlamentar estável e confiável, sabemos, ele mais ainda. No caso da saúde os líderes do governo avisam que não vão ceder, resguardando a correta aplicação destes recursos e coibir as práticas criminosas.
A gestão Nísia precisa ser defendida, tem muito em jogo nesta disputa, inclusive a integridade do atual governo.
Confirmada a inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro, prevista para a próxima quinta feira no TSE, a fase de especulação quanto ao futuro de seu legado está aberta.
O seu legado de votos, especificamente.
No mais ninguém quer saber, antes negar e torcer para esquecermos.
Vou usar o exemplo da Cidade de Vila Velha, aqui no ES, para exemplificar o que entendo sobre a questão.
O atual Prefeito tentará a reeleição, sua base anterior era formada pela soma da direita tradicional da cidade com a nova direita extremista vinda do Bolsonarismo.
Esta base está rachada para a disputa da próxima eleição municipal, que acontecem no próximo ano. Segundo percebemos na formação das chapas em discussão.
Vai para a eleição dividida entre os dois grupos de direita que compunham a base original do Prefeito, para disputar com os demais candidatos de centro e centro esquerda conhecidos.
Imagino esse cenário no Brasil inteiro, com a direita tradicional se posicionado mais distante da direita extremista, mesmo que fazendo acenos para disputar preferência.
O resultado deste movimento é, a essa altura, imprevisível, mas só a divisão antecipa as dificuldades que a extrema direita enfrentará para manter o discurso fascista vitorioso.
Mesmo os seguidores mais fiéis do Bolsonarismo reconhecem que as chances de candidatos mais moderados é maior. E entre eles procuram selecionar estes para as próprias futuras disputas municipais.
Pleitos municipais são descolados do nacional, tem sido sempre assim. Vivemos tempos estranhos, verdade, mas a tendência deve ser mantida.
Então o resultado final do Bolsonarismo nas municipais deverá ser relativizando, no máximo uma sinalização e depois acompanhada de análise caso a caso. Municípios são mundos distintos entre si, cada um com história e desafios diferentes .
O bolsonarismo, se o exemplo de Vila Velha servir para este universo municipal tão vasto, mantém o discurso dos representantes do segmento da segurança, que deve vingar nas cidades médias. No meio rural, o da defesa do agro. Nas grandes cidades o discurso moralista.
Os três nichos de referência do discurso conservador deverão ser estes, cada um adaptado para sua localização e do eleitor.
Em todo o caso a eficácia será medida, e o que percebo é um nicho aguerrido mas isolado, definhando.
Os mais espertos antecipam o declínio e pulam fora antes, esta a tese.
Vamos acompanhar.
O Bolsonarismo dependeria do próprio, e este é incapaz para a tarefa: preguiçoso, desleal e desonesto.
O discurso conservador, por sua vez, encontrou seu lugar e permanece, mesmo dividido.
E ainda tem o conteúdo religioso agregando seus distintos segmentos, e mantendo-os unidos e relativamente coerentes.
Por isso tão perigoso.
A nosso favor o governo integrado e plural que só o Presidente Lula consegue manter .
Será o suficiente, ao menos no curto e médio prazos.
Depois que perdeu a vaga para a disputa do segundo turno com Collor, vaga perdida para um jovem político chamado Lula da Silva, e perdeu por uma margem muito pequena, Brizola rapidamente reuniu seu eleitorado cabisbaixo e muito chateado, e orientou o voto para Lula. Mas reconhecendo o estado de espírito de sua turma precisou forjar uma imagem que expressasse o sentimento geral, ao mesmo tempo que firmasse o compromisso para a efetiva transferência de votos ao seu escolhido.
Para tamanha tarefa, que nunca é certa, o genial Leonel inventou a imagem de que todos seus eleitores, inclusive ele, deveriam engolir o “Sapo Barbudo”. Conseguindo assim traduzir seu sentimento e ao mesmo tempo a urgência da melhor escolha entre os dois candidatos restantes .
De fato a transferência foi total, infelizmente insuficiente e Collor saiu vitorioso.
Pois bem, depois desta última viagem do Presidente Lula a Europa, reunindo primeiro com o Papa Francisco em Roma, e outros presidentes que estavam por lá, entre eles o Sul Africano e o Cubano, e depois em Paris para uma sequência de discursos impressionantes, em quantidade, qualidade e para públicos inéditos, como para os jovens reunidos na praça da Torre Eiffel em Paris. Discurso que todos devem procurar e ler atentamente, onde Lula assumiu a condução não somente das questões ambientais no mundo, também a defesa do sul global e de seu desenvolvimento .
Mas por aqui, senhores e senhoras, como imprensa, jornais, revistas, televisores abertos e exclusivos, oposição, âncoras, comentaristas, donos e acionistas, e, finalmente, os eleitores adversários perplexos, como, todos se entre olham e perguntam, como lidar com uma liderança do tamanho do Lula?
Não vou me alongar na resposta, temos o exemplo do velho Brizola como guia e direto vamos ao ponto e sugerir, delicadamente : engulam !
Sim, engulam, engulam o Sapo Barbudo, engulam o nome que preferirem.
Mas não só engulam, sugiro uma boa digestão, que certamente propiciará os benefícios necessários.
E, depois, desfrutem meus irmãos e irmãs, aproveitem, aprendam, uma vez devidamente assimilado em toda a sua sabedoria, nos acompanhe porque ainda muito mais veremos.
Garanto satisfação e devolvo o dinheiro em caso contrário.