Chegou na meta. Por quê?

Lembrando que a inflação de alimentos chegou a bater 16,17% anuais e a inflação geral rondava os 10% no início de 2025, o ajuste monetário, que nos custou um trilhão, deu resultado: inflação anual de 4,3% e inflação anual de alimentos em 1,3%

Repito: as altíssimas taxas de juros praticadas pelo Banco Central não foram por acaso; visavam exatamente combater a carestia, sobretudo no preço dos alimentos. E, nesse aspecto crucial, objetivo e de interesse geral, foi vitoriosa. Ponto.

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O freio dos juros na economia reduziu o crescimento anual em 1%, mas não afetou o nível de emprego nem o das rendas, que seguem em seus máximos.

A sensação geral de queda nos preços dos alimentos foi sentida, embora alguns itens de primeira necessidade, como carnes, queijos e café, tenham permanecido caros, refletindo aspectos próprios das commodities que são.

E trazem outros benefícios em termos de comércio mundial, junto à soja, milho, minério de ferro e petróleo e seus derivados. O Brasil promove superávit de conta no comércio mundial como fornecedor de petróleo e derivados, coisa relativamente recente e decisiva. Coisa do pré-sal e da futura margem equatorial no horizonte.

Ano de aprovar a escala 6×1, PEC da segurança e iniciar a discussão sobre ônibus gratuito para todos. O Brasil tem pressa por soluções coletivas que empurrem nossa população para driblar limitações de ganho de produtividade de um trabalho muito artesanal e primário em grande parte. O setor de serviços funciona como nas economias modernas mundo afora, mas com salários muito abaixo da média mundial, e compensações como tarifas de ônibus grátis fazem a diferença.

Entrada de 85 bilhões por conta do aumento do salário mínimo na economia e mais 25 bilhões da isenção do IR garantem, por si só, cerca de 0,5% de crescimento no PIB. E depois a gente se pergunta por que cresce o país.

Quanto à inflação, 2026 vai ser o ano em que começaremos a desmamar dos juros estratosféricos e rumar para 5% real e saudável de juros reais até o fim do próximo mandato do presidente Lula. Evidente que temos uma montanha para descer, e seguir controlando as expectativas fiscais a partir de agora é a variável crucial, uma vez que a âncora cambial fez a sua parte e precisa ser gradativamente substituída pela confiança no rumo fiscal do Brasil para a inflação seguir controlada.

Durante o ano vamos falar muito de eleição e saídas fiscais para o Brasil avançar.

Mas fica o registro da eficácia do plano do Banco Central, que rapidamente controlou as expectativas de inflação sem comprometer o crescimento do PIB e sem derrubar a arrecadação segurando demais a economia. Seguimos batendo recordes de arrecadação e crescendo dentro das médias mundiais, embora com modestos 2,3% ao ano.

Juros devem cair a partir de março, e não em janeiro, mas vou alimentar a ideia de que virá redução inicial de 0,5% e não somente 0,25%, como costumam fazer.

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