Sim, polarizados. E do lado certo

Não se trata de Tarcísio e Plano “T”, nem ratinhos, zemas ou caiados. Estamos tratando de bolsonaros e da polarização da extrema direita contra a esquerda e o centro-esquerda. E de um centro dividido e sem candidato.

O esforço para inviabilizar a candidatura de Flávio permanece em alta e deve seguir por aí até meados do próximo ano, quando desistem e passam a apoiar a tese da “escolha difícil” entre Lula e seu opositor.

Nas pesquisas, o favoritismo do atual presidente segue firme, precisando conquistar pouco mais de 1% para sacramentar a vitória no primeiro turno. Como as abstenções têm aumentado a cada pleito, podemos imaginar o quanto isso pode favorecer quem está na frente, e pode estar aí a chave para a vitória de início. Porque, embora 1% pareça ser pouco para ser conquistado, e se por um lado Lula mostra liderança firme, também parece atingir um teto de votos que vem desde 2022, quando obteve cerca de 48,5% dos votos no primeiro turno.

E como aparenta seguir na mesma quantidade atualmente, apesar de colher um sucesso importante nesse fim de ano — não somente econômico, mas social e internacional — praticamente nada refletiu na popularidade, até provocando, por parte do presidente, queixas aos ministros, exigindo maior visibilidade, divulgação de feitos e participação no esforço de mostrar aos indecisos a importância de seguirmos com o projeto atual.

Corretamente, atribui a dificuldade ao ambiente de divisão social, que, se por um lado permite assegurar a vitória, deixa margem para a eleição de um Congresso muito dividido, para dizer o mínimo. Porque, se aprovam os principais projetos do governo — e acolheram — seguem nas pautas populistas da direita, contra o meio ambiente e minorias, e sustentam os discursos de ódio.

O quanto é importante para uma disputa escolher seu projeto e ter um adversário contrário e bem identificado, o que facilita a definição do eleitor. Quando tentam jogar com nomes pouco conhecidos e nas sombras da indefinição, podem colher ventos inesperados e de difícil contenção, como tantas vezes assistimos no passado.

Por isso a resistência ao nome do Flávio e ao sobrenome, por isso um certo desespero da direita com a disputa onde a preferência está marcada. Sim, preferência não é resultado, mas encaminha uma série de acordos partidários que refletem essas expectativas e equilibram a disputa no Congresso, onde precisamos melhorar a representação.

Fechamos o ano em bom momento, confiantes, otimistas sem exagero e mais espertos.

Foram tantas bolas nas costas com os meios digitais, as mentiras e os discursos de ódio, que parece que melhoramos muito na lida com esse embate e sua divulgação instantânea e perigosíssima.

Vamos para uma disputa duríssima, mas confiantes e mais preparados.

💳 Apoie nosso trabalho
Se você acompanha e valoriza o que fazemos, contribua via Pix: 30.454.964/0001-70.
Seu apoio mantém o projeto vivo e fortalece um trabalho independente e comprometido.

📩 Inscreva-se com seu e-mail para receber as atualizações do blog e não perder nenhum conteúdo novo.

💬 Curta, compartilhe e junte-se a nós.


Deixe um comentário