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Nas manifestações chamadas pelo PT em cima da hora para pressionar o Senado na votação da dosimetria benevolente para golpistas, promessa de campanha de Motta e Alcolumbre para a direita, estimo presença semelhante à última, quando evitamos nas ruas a votação da PEC da blindagem.
Em SP, um número menor; nas demais localidades, mais de 40. Repetimos a dose.
A repercussão desses atos, dessa vez aparentemente menor, vamos saber durante a semana, até porque o que vai acontecer no Senado na quarta-feira vai medir o pulso dos senadores e a resposta que estão dispostos a dar.
Diferente da votação da PEC da blindagem, engavetada no Senado, penso ver disposição na Casa para avançar e votar, mas ainda sem sabermos exatamente o teor.
O relator, Esperidião Amin, com enormes dificuldades de reeleição e ainda tem que enfrentar o filho Carlos 03, que abandonou a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e foi para Florianópolis disputar vaga no Senado. Carol De Toni, aquela bolsonarista meio atrapalhada, deve assegurar uma das duas vagas em disputa, junto com Carlos, ao menos as pesquisas atuais mostram, deixando Amin de fora. Devemos ver a atuação do relator nesse contexto, de tentar aparecer mais bolsonarista que seus concorrentes, de onde compreendemos as falas até aqui. Mas o texto mesmo a ser analisado passa por escrutínio pesado na Casa, e até pedidos de vista podem atrasar a análise, jogando tudo para o próximo ano.
A decisão de Flávio de se lançar a presidente, com a benção do pai, meio que embolou a estratégia do centrão de virar a página do bolsonarismo — o que teremos que confirmar depois nas urnas. Ao votar dosimetria e não anistia, agradou os candidatos de direita, mas não o bolsonarismo raiz, que sonhava com Bolsonaro livre.
O que, cá entre nós, ninguém do centrão sequer imagina ou quer.
Mas, ao alijar Tarcísio da disputa, deixou a manobra de agradar os radicais e atrair os votos dos extremistas via dosimetria capenga, sem certeza quanto ao resultado final da manobra visando efeitos eleitorais junto a essa parcela importante da população, sem rumo até então.
Flávio candidato faz a dosimetria capengar, anula o objetivo eleitoral de carrear votos para o candidato do centrão e ainda promove enorme desgaste junto à opinião pública.
E concluo com essa reflexão: a manifestação de ontem, se não provocou temores maiores, deixa seu recado e, nas novas circunstâncias descritas que tentei montar, pode não valer ser enfrentada e provocar maiores ondas de indignação na hipótese de aprovarem a dosimetria.
Depois tem o veto do presidente e mais uma rodada de votações no plenário para derrubar o veto; então há um tempo até a coisa virar realidade, entramos em 2026 e a disposição da política de enfrentar multidões fica cada vez menor.
Esse é o cálculo.
A ver.
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