A virada de mesa.

Iniciamos o ano de 2025 com algumas mudanças pontuais no ministério de Lula, mas fundamentais. A principal foi a troca de Padilha por Gleisi na pasta de Relações Institucionais.

Também houve uma mudança na liderança da Câmara dos Deputados, quando o PT trocou a liderança de Guimarães por Lindbergh.

Vale ressaltar que tanto Padilha quanto Guimarães são quadros extraordinários e continuam trabalhando firme: Padilha no Ministério da Saúde e Guimarães na Câmara dos Deputados.

No entanto, a mudança de ambos foi um sinal do novo perfil combativo das lideranças, já que o prazo de acomodação negociada tinha chegado a um limite.

Lembrando que começamos o atual mandato de Lula com Arthur Lira na presidência da Câmara, propondo o semipresidencialismo, com um primeiro-ministro escolhido entre os congressistas. E não faltaram apoios à proposta que afastava o presidente Lula do exercício do poder.

Chegamos ao início desse ano com realidades políticas completamente diferentes daquelas do início do mandato, com pautas importantes do governo já aprovadas e resultados iniciais das políticas públicas, que estamos conseguindo apurar com clareza agora.

Esses resultados devolveram ao país tempos melhores, e a popularidade do presidente, em números, antecipa um favoritismo eleitoral em um momento crucial.

Portanto, o tipo de embate que estamos vendo acontecer na Câmara seria impensável dois anos atrás. Mas o PT e Lula anteciparam esse cenário ao fazerem mudanças cruciais nos líderes e ministros, se preparando para o enfrentamento que estamos presenciando.

O rompimento de Lindbergh com Motta, por exemplo, não é algo ideal, mas pouco tem atrapalhado, pois, na casa legislativa, agora, o imperativo é que cada um busque seu espaço para a reeleição, com ações coletivas sob o crivo dos acordos locais e pessoais.

E até nisso há cálculo, pois a briga tem prazo para acabar no início do próximo ano, com o rodízio de líderes no PT, e Lindbergh cedendo seu lugar.

A disputa dentro da Câmara saltou para as ruas, antes com a derrota do projeto da blindagem no Senado e, novamente, com a votação da dosimetria na condenação dos golpistas.

Vale lembrar o papel de Gleisi na Casa Civil, onde permanece, ao menos até a data limite, pois também deve ser candidata à reeleição na Câmara. Com um perfil igualmente combativo, ela mantém a pressão para as pautas do governo e participa de forma contundente na disputa nas redes sociais, onde sempre se destacou.

Ao antecipar o cenário de 2025, o governo Lula se preparou para o embate que agora estamos vendo, ao trocar o perfil conciliador de alguns líderes por outros combativos, sem entrar no mérito de quem é mais ou menos. Cada um com sua personalidade, na hora certa e na necessidade política condizente.

Entramos no ano eleitoral com as ruas mudando de mãos, com a presença da militância pronta para enfrentar o período eleitoral. Com resultados contundentes na vida das pessoas e muito o que defender e mostrar.

Sem medo de ser feliz.

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