5 meses e 5 anos : Margem Equatorial.

“A diretora técnica do Instituto de Estudos Estratégicos em Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), Ticiana Alvares, afirmou que o debate sobre a exploração da Margem Equatorial precisa ir além da questão ambiental e se concentrar no uso estratégico da riqueza nacional. Em entrevista ao programa TV GGN 20h, exibido na noite desta segunda-feira (20) no YouTube, Ticiana destacou que a pergunta central não é “liberar ou não liberar” a Petrobras para atuar na região, mas sim “para que aumentar a exploração de óleo e gás no Brasil”.

Saiu a tão esperada licença para a pesquisa que a Petrobras precisa fazer e apurar o tamanho das reservas de petróleo existentes na Margem Equatorial, litoral do Amapá, a 500 km da foz do Rio Amazonas.

Na verdade, “Foz do Amazonas” não se refere à foz imediata do rio Amazonas — aquela desembocadura visível entre o Amapá e o Pará — mas sim a uma província geológica chamada Bacia da Foz do Amazonas, delimitada por critérios geológicos e sedimentares, e não apenas geográficos.

O tamanho das reservas e a qualidade do produto a ser extraído irão informar a viabilidade da exploração.

Coisa que ninguém duvida, uma vez que o vizinho Guiana está nadando em petróleo e dólares.

Quando discutimos a prudência de seguir explorando petróleo no Brasil, é importante salientarmos dois aspectos diretos e um indireto.

Primeiro, a inexistência de substituto para o petróleo na atual conjuntura mundial; e segundo, o compromisso da Petrobras de usar os recursos apurados na exploração para modernizar e promover a nossa transição energética.

Por fim, o fato de estarmos lidando com um governo comprometido com metas climáticas, comprometido em cumprir a transição e — importante ressaltar —, sendo um governo vencedor de eleições e mantendo seus compromissos, evita que a riqueza caia nas mãos de governos sem compromisso e, além de tudo, que vão vender tudo para quem, sem nenhuma cerimônia, vai espremer o limão até a última gota, sem deixar rastros, levar a riqueza embora e deixar a desolação e a transição para energias limpas no Brasil como um sonho de uma noite de verão.

Ou não?

Não é no mundo ideal que vivemos, mas no possível.

Cinco meses de pesquisas e cinco anos para a operação comercial iniciar.

Tic Tac.


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