
Ontem, a desvalorização do peso argentino em 6% e o governo vendendo dólares desabaladamente para segurar o câmbio provocaram, no fim da tarde, a viagem do presidente Milei para os EUA, onde pretende que as promessas por mais dinheiro se efetivem antes das eleições e do provável desastre.
Na província de Buenos Aires, onde o atual governo perdeu nas municipais semanas atrás, as pesquisas para a eleição nacional em outubro agora mostram o mesmo cenário de enorme vantagem da oposição, com 14% de diferença.
Confirmadas as pesquisas, a maioria parlamentar do governo Milei virará pó.
Quanto à desabalada carreira aos EUA em súplicas por mais empréstimos, me faz recordar a reeleição de FHC no Brasil quando, igualmente quebrado como a Argentina de Milei, recorreu a Clinton, garantiu o câmbio congelado até vencer e depois desvalorizou — e nunca mais conseguiu fazer nada que prestasse no governo.
Nem isso Milei parece obter, além de promessas. A Argentina é o maior devedor mundial do FMI; há quem diga que nunca vai conseguir pagar o empréstimo e esperar mais socorro na véspera de uma derrota eleitoral que parece certa é improvável.
Nessa altura, os EUA devem estar conversando com os próximos ocupantes da Casa Rosada.
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