
Como parece que na próxima quarta teremos — finalmente — a votação da isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais mensais, toda a atenção está voltada para essa importante pauta.
Uma das principais promessas de campanha do atual presidente.
Considerando que nem a atualização de alíquotas os dois desgovernos anteriores fizeram — a rigor, só as administrações do PT a realizaram —, uma aprovação dessa monta tem lugar marcado na história.
Mas nem só os contribuintes estão de olho. Mais de 50 destaques aguardam a votação para tentar retirar suas “cascas” e até, no limite, inviabilizar a aprovação.
O relator Arthur Lira não deve apresentar nada de anormal. O que está no horizonte já é conhecido: isenção e compensação para rendas maiores.
Mas do plenário se pode esperar de tudo.
A matéria deve passar por aclamação, com todos posando para as fotos. Depois, começa a disputa verdadeira nos destaques.
E ninguém tem a menor ideia do que vem.
Por isso, a condução e os acordos formados são decisivos: ou se faz um pacto que possa ser cumprido pela maioria, ou teremos uma quarta-feira de disputas acirradas.
O ambiente é de acordo, mas pode mudar de uma votação para outra, dependendo das surpresas.
Duas coisas permitem certo otimismo: primeiro, a vigilância cerrada da população sobre a votação e o momento, digamos, pouco feliz dos congressistas acuados; segundo, a posição do Senado, que não vai deixar passar nenhum abuso e já tem um projeto bem costurado e aprovado para qualquer eventualidade.
Pontos como a progressividade na cobrança — quem ganha mais paga alíquotas maiores — e a tributação de dividendos são relevantes para um projeto digno e sustentável. E são os pontos a serem observados.
Haddad tem reiterado a justiça do relatório negociado na Fazenda com o relator Lira. Lira tem fama de cumprir acordos, embora nunca se saiba exatamente com quem ele os fez.
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