Um casamento e três funerais

De fato, ninguém casou, foi mais uma paquerada.

Mas os três funerais estão confirmados.

O primeiro foi Marco Rubio, o ideólogo tresloucado, próximo de Eduardo Bolsonaro, que prefere rasgar dinheiro a abrir mão de ataques a desafetos ideológicos e políticos. Seu silêncio nos dias seguintes ao esbarrão entre Lula e Trump na ONU está ensurdecedor, além daqueles alucinados posts da embaixada dos EUA aqui no Brasil, igualmente em silêncio obsequioso.

O segundo velório foi do filho 02 (ou 03, não sei ao certo), Eduardo Bolsonaro, que ainda teve disposição para interpretar o encontro na ONU como mais uma jogada magistral do seu chefe do norte. Mas ninguém foi na onda, como os fatos seguintes mostram: exatamente um encontro programado, coreografado e esperado nos bastidores da diplomacia e, até aqui, comemorado por todas as partes, menos os bolsonaristas.

Que é o terceiro velório da semana: os bolsonaristas. Nem digo o titular do nome, segundo seus mais ativos e radicais seguidores um incapaz de reagir e totalmente anulado pelas atuais circunstâncias — opinião compartilhada pelo neto do ditador que fica lá pelos EUA fazendo o que ninguém sabe, além de promover ataques mentirosos contra o Brasil.

Quanto ao casamento, não vai ocorrer. Um encontro muito planejado e negociado está sendo preparado provavelmente na próxima semana entre os presidentes do Brasil e dos EUA, porque não faz sentido nenhum o que até aqui aconteceu economicamente falando. A questão política e ideológica, e o empenho dos EUA em isolar os BRICS para prejudicar a China, têm limites na realidade. O Brasil é parceiro dos EUA na economia e dá lucro para eles, diferente de quase todos os países com quem Trump usou tarifas para equilibrar a balança de comércio.

Se o problema for informação e manipulação do governo dos EUA para atingir um país independente, a coisa seguirá do jeito que está. Se o objetivo for comércio e observar a relação nos limites dos interesses econômicos, semana que vem alguns avanços concretos deverão ocorrer.

Se casamento não houve e nem haverá, o mesmo não podemos afirmar de padrinhos, porque todo dia aparece um querendo puxar para si a realização do encontro na ONU. Devem existir diversos, e somados conseguiram realizar o encontro.

E todos esperam o resultado para saber se valeu a pena.

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