A Praça é do Povo.

Todos concordam que foi a maior presença de público da esquerda dos últimos anos.

No que deu pra ver, foi amplo, geral e restrito, no sentido da presença da militância que andava adormecida.

O que não é pouca coisa: essa mesma militância ganha todas as eleições desde 2004, com uma única e trágica exceção em 2018.

As pautas não foram somente a moralista, que justifica a indignação, mas é pouco para o histórico da consciência dessa militância. Se, por um lado, a indignação acendeu as ruas, não se limitou a elas, porque vimos as bandeiras do fim da jornada 6×1 e apoio à isenção de imposto de renda até os 5 mil mensais.

É muito importante não perder de vista as pautas. A indignação moralista pode sempre descambar para 2013, que acabou em golpe parlamentar e Bolsonaro.

Não perca isso de vista.

Foi tudo ótimo, mas me parece não ameaçar a convicção do centrão e muito menos dos extremistas; esses se movem nas suas próprias bolhas.

Mas acendeu uma luz de alerta geral, porque a coisa pode escalar, a depender da disposição de ser enfrentada.

E como a eleição está por quase um ano, foi uma excelente e inesperada abertura para o crescimento das bancadas progressistas.

E o contraste da bandeira nacional na Paulista com a recente exposição da outra no mesmo lugar, no último 7 de setembro, marca de forma indelével o discurso para 2026.

O que também, nem de longe, é pouca coisa.

Nota do PT:

“As manifestações de hoje, em todo o Brasil, que caracterizam uma data histórica, dão visibilidade à indignação do povo brasileiro. A política tem que traduzir o que de fato incomoda a maioria da população. O Congresso Nacional tem que pautar: a isenção do Imposto de Renda para os trabalhadores assalariados, a redução da jornada de trabalho, a PEC da segurança pública, o debate de medidas para o fim das filas na saúde pública, a universalização da educação integral e a tarifa zero para o transporte público. Ou as lideranças políticas entendem isso, ou a pauta do Congresso — anistia para golpistas e assassinos, prerrogativas etc. — será o fermento de mobilizações que só estão começando.”

Edinho Silva
Presidente Nacional do PT.

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