
Mídia, mentiras e interesses
Todos os dias a chamada mídia corporativa, seus analistas e cronistas, repetem a mesma narrativa. Aproveitam ocasiões como a ida da delegação brasileira à ONU, quando o presidente faz o tradicional discurso de abertura, para reforçar mentiras que distorcem a realidade.
Desde a imposição das tarifas, insistem em dizer que o governo brasileiro não dialoga. A verdade é exatamente o contrário: mesmo antes das tarifas, o Brasil enviou carta oficial sobre negociações — nunca respondida — e, até hoje, insiste no diálogo por meio da diplomacia. Quem se nega são os Estados Unidos.
Para piorar, a própria embaixada dos EUA no Brasil usa as redes sociais para espalhar ataques, infâmias e ameaças contra nossas instituições.
O rebaixamento dos ataques
Vale uma observação: os ataques ao Brasil parecem ter perdido força na hierarquia norte-americana. O que começou com Trump, passou por Rubio e, recentemente, ficou restrito a um assessor do secretário de Estado. Isso pode sinalizar um desinteresse crescente e o afastamento gradual da pauta bolsonarista usada como arma comercial contra nós.
Esse comportamento, no entanto, não é privilégio do Brasil. Trata-se de uma conduta imperialista decadente que se repete mundo afora, gerando resultados ruins para todos — inclusive para quem a promove.
O papel da mídia
Nosso foco aqui é outro: destacar como a mídia nacional trata os interesses brasileiros. Em vez de contextualizar, manipula os fatos para sempre culpar o governo.
Veja o caso da blindagem parlamentar aprovada na Câmara. A pauta, que não deve prosperar no Senado, nasceu como iniciativa de interesse exclusivo dos deputados. Mas a cobertura midiática transformou isso em mais uma “derrota do governo”.
Curiosamente, no mesmo dia foi aprovada a MP das tarifas sociais de energia gratuita para famílias de baixa renda — uma pauta clara do governo. Esse avanço, porém, foi praticamente ignorado.
Anistia e memória curta
A questão da anistia também segue o mesmo roteiro. O que deve acontecer, no fim, é a redução de algumas penas, e nada mais. A mídia trata isso como derrota, quando na prática é consequência das escolhas eleitorais soberanas da população.
Se é para falar em culpados, seria melhor lembrar quem promoveu mensalão, Lava Jato, criminalizou a política, desmoralizou o voto popular e abriu caminho para o fascismo — fenômeno que, aliás, não é exclusivo do Brasil, mas mundial.
O exemplo local
Motivos para críticas ao legislativo não faltam, por exemplo, em Vitória/ES, a gasolina sobe de R$ 5,49 para R$ 6,29 em uma semana, depois cai para R$ 5,99, e todos os postos seguem a mesma tabela. Não há justificativa para essas variações bruscas, muito menos para chegar a R$ 6,29 como está hoje.
E o que fazem nossos vereadores? Em vez de investigar o cartel dos combustíveis, preferem aprovar cartazes antiaborto em hospitais do SUS. Não se diferem, portanto, dos deputados que não apresentam projetos relevantes — apenas votam contra ou a favor das pautas do governo.
Conclusão
É preciso redobrar a atenção ao noticiário. Evitar cair nas armadilhas da mídia e manter sempre os dois pés atrás quando surgem ataques sem contexto ao Legislativo , independentemente do pretexto.
Afinal, o que realmente pretendem? Proteger a sociedade? Aprimorar o Legislativo? Moralizar a política?
Evidentemente, não.
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