
Ontem, PP e União Brasil anunciaram o desembarque do governo Lula, de onde nunca entraram e não saíram.
Explico.
Como todos os demais partidos do centrão, menos o PL que é bolsonarista, eles vivem de caciques e interesses regionais para eleger bancadas e precisam sempre estar associados a um nome nacional, aqui e ali, sempre — não necessariamente o mesmo.
Explico.
Em um estado apoiam o Lula e, no outro, o seu adversário. E vice-versa.
E vão elegendo bancadas para manter o poder de fogo nas decisões legislativas e no rateio das emendas.
Além de ministérios e cargos nos segundos e terceiros escalões da República.
E sempre foram e sempre serão assim.
Quem, na verdade, anunciou rompimento foram os líderes Rueda e Nogueira, dando 30 dias para ministros entregarem os cargos, sem que os mesmos tenham dito nada até agora.
O mesmo com o cacique Arthur Lira, do PP, que tem entre indicados o presidente da Caixa.
A ministra Gleisi reagiu à decisão ensinando: joga o jogo, fica quem quer e sai quem quiser. E vida que segue.
As apostas andam se inclinando cada vez mais para a reeleição de Lula, e pular do barco precipitadamente pode ser fatal.
Ninguém mais que o centrão sabe disso.
Toda essa movimentação, inclusive da mais nova tentativa de anistia na pauta, é fruto do estresse do julgamento e do interesse na herança do Bolsonaro.
Com um problema: não existe herança para defunto vivo.
Olho vivo, Rueda e Nogueira!
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