Ratos, canalhas e traidores.

O recado de Carluxo e o fracasso da liderança bolsonarista

O ataque do filho 03 contra os governadores de direita que disputam o eleitorado do pai – hoje inelegível – expôs o óbvio: divisão e falta de acordos futuros. Mas o episódio vai além. Revela o fracasso da liderança bolsonarista, a ausência de uma estrutura partidária – que tentaram construir e não conseguiram – e, principalmente, a falta de um ideal orgânico para além das mentiras e do conservadorismo tosco que sustentou tantas candidaturas nos últimos anos.

Daí vem a necessidade de virar a página. Não por acaso, vemos editoriais desesperados na velha mídia e nos seus canais de TV. A cada eleição tentam inventar um nome para influenciar o resultado, sem sucesso. Conseguiram apenas uma vez, com Collor, e todos sabemos como terminou.

Ao explodir contra os governadores, Carlos Bolsonaro deixou claro: não haverá composição de chapa no próximo ano. Cada um da família vai tentar preservar o sobrenome custe o que custar. E ninguém deve esperar algo diferente disso.

A mensagem foi entendida. As consequências, certamente, não demoram a aparecer. O primeiro passo pode ser o cancelamento da reunião prometida pelo líder do União Brasil, Rueda, marcada para amanhã em sua casa, em Brasília. Ele havia convidado os presidenciáveis da direita para um encontro festivo, mas é difícil acreditar que a agenda se mantenha depois do recado.

A explosão do filho 03 mostra o desespero diante da proximidade do julgamento e antecipa a postura que a família adotará. Ninguém se iluda: o bolsonarismo não deixa herança política. Prefere a terra arrasada.

Ao tachar os pretendentes a herdeiros de “traidores”, Carluxo carimba todos com a pior das ofensas e envia um recado inafastável: não há espaço para sucessores. O que lhes cabe é apenas assistir à família Bolsonaro defender o que resta de sua influência, custe o que custar.

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