
Previsões para 2026: o ciclo já começou
No título, já antecipei algumas das minhas previsões para 2026 — e elas certamente estarão no centro das análises econômicas e políticas nos próximos meses.
Agosto pode surpreender com uma inflação muito baixa — quem sabe até uma deflação. Há também quem projete que os próximos meses mantenham esse mesmo ritmo, o que pode consolidar uma tendência positiva.
No caso das tarifas, apesar dos prejuízos inevitáveis para alguns setores exportadores, o efeito sobre a oferta interna pode ser relevante. Dependendo das medidas que ainda devem ser anunciadas hoje para mitigar os impactos, a tendência é de que haja um reforço na disponibilidade de produtos no mercado interno. E, convenhamos, nada é mais desinflacionário do que o aumento de oferta.
Quanto às previsões que destaquei, vale reler com atenção e guardar: são análises fundamentadas. Algumas já estão em curso — como o crescimento do PIB, a elevação do salário médio e a taxa mínima de desemprego. Para completar esse ciclo virtuoso, falta apenas a esperada queda da inflação para a meta, que deve puxar, na sequência, a redução da taxa Selic.
É importante lembrar que essa desaceleração da inflação tem custo — estamos, sim, comprando essa trajetória. Mas pior seria se pagássemos caro e não houvesse retorno. Não é o caso: o dólar se mantém estável mesmo em dias tensos como o de hoje, e as bolsas reagem em alta. Como ensina o manual: especula-se na véspera, e colhe-se o lucro no dia.
A vida segue. Não há necessidade de alongar mais. Deixo aqui essas previsões para reflexão — especialmente quanto aos efeitos eleitorais e à retomada do apoio popular às boas políticas, que podem muito bem reconduzir este projeto a um novo mandato.