Nota do PL expõe o impasse da direita brasileira
A nota oficial do partido de Jair Bolsonaro parece piada — mas não é. Ela revela algo muito mais profundo: a paralisia da direita no Brasil, encurralada e com o bolsonarismo retornando ao modo “golpe”, agora com apoio vindo do exterior.
Para quem acompanhou os atos de 8 de janeiro, o clima atual é familiar: o mesmo tom perdido, sem direção, e com propostas inviáveis, mesmo com as ameaças econômicas de Donald Trump ecoando ao fundo. As manifestações do último domingo deixaram isso claro. O bolsonarismo raiz abandonou qualquer pretensão de disputar eleições presidenciais legitimamente. Sabem que não têm chance — e desistiram. A aposta agora é outra: ou golpe com os EUA ou nada.
Os americanos, por sua vez, ainda podem escalar os ataques. Resta saber se mirarão no STF ou na economia, com novas tarifas. Até aqui, as reações dos filhos de Bolsonaro à decretação de prisão foram mais lamúrias do que ameaças. Nenhum sinal de articulação com as autoridades norte-americanas para retomar a ofensiva.
( E saiu a resposta do Departamento de Estado norte americano ontem a noite, mirou em mais sanções contra magistrados e nada disse sobre tarifas.)
Pode ser o primeiro indício de que o jogo acabou. Depois de afrontarem instituições, tensionarem ao limite e ameaçarem o tempo todo, a corda arrebenta. E o que sobra é o que sempre esteve reservado: cadeia, sem anistia, sem acordo, sem saída.
Agora, só nos resta acompanhar o que mais pode vir dos EUA — talvez outra decisão estapafúrdia. Se houver mais sanções, nossa capacidade de resposta econômica se reduz a quase nada. E as consequências, como sempre, recaem sobre todos.
Vida que segue. Soberania não se discute.
Quanto à nota do PL, o recado está dado: querem virar a página. Não é covardia — é cálculo político.
OBS.: Não deixe de comentar e curtir os posts, se for o caso.
Não esqueça de divulgar, se lhe convém.
E apoiar, se puder: PIX 30454964/0001-70