A disputa do verde e amarelo.

Para situar a antipatia da esquerda com o uso do verde e amarelo quando das manifestações públicas de preferências políticas, e mesmo nas campanhas eleitorais, é preciso afastar o olhar do passado bolsonarista recente e voltarmos à década de 70, quando o regime militar usava o símbolo nacional e suas cores para si e seus propósitos autoritários, sugerindo aos incomodados a deixarem o país com sua pregação de “Ame-o ou deixe-o!”. Sim, eram nestes termos que a questão do amor à pátria e seus símbolos estava colocada.

Então não é difícil entender que aqueles incomodados rejeitassem tanto os ditadores quanto seus sinais de falso patriotismo, e o verde e amarelo foi, aos poucos, abandonado.

Não por acaso o bolsonarismo lança mão dos mesmos maniqueísmos da ditadura, até porque, na relação de trocas estabelecidas com os militares – uns querendo impor à força seus ideais fascistas e os outros saudosistas de poder e influência, buscando uma nova aventura para redimir fracassos anteriores –, na simbiose que foi esse desgoverno Bolsonaro que acabou derrotado, apesar de tudo, e tentou (e ainda tenta) retornar, custe o que custar.

O recente ataque dos EUA contra as nossas instituições e decisões soberanas comezinhas do funcionamento de um país livre e autônomo provocou, na esquerda, nos jovens e nas pessoas de bom senso, uma maneira de reagir e mostrar de que lado estão nessa disputa: a de recuperar os símbolos e as cores nacionais.

Até nisso a direita se perdeu. E vem de longe, sendo então um movimento de décadas.

Eles perderam a alma (vazia, mas era o que eles tinham).

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