Houve algum resultado nas negociações com os EUA?

Lula: ‘Se abaixar a cabeça, eles colocam uma cangalha e a gente não levanta mais’

Surgiram versões por parte do secretário de Comércio dos EUA sobre interesse em minas de terras raras, que estão no centro das negociações entre China e EUA e são vistas como estratégicas para o futuro, como o petróleo sempre foi.

Alckmin, por sua vez, também tem afirmado manter conversas mais sigilosas e, a partir de segunda-feira, dia 28, o comitê montado pelo governo e presidido pelo vice vai promover rodadas diárias de coletivas com a imprensa para atualizar o status das conversas e informar, até o prazo fatal de 1º de agosto, todos os esforços empregados na direção de negociar as tarifas impostas.

Enquanto isso, a embaixada dos EUA aqui no Brasil ataca diariamente o STF, e particularmente o ministro Moraes, e uma vez ultrapassada a data limite, sem nenhuma dúvida, alguma coisa muito séria deverá ser feita com relação às seguidas loucuras promovidas pela embaixada estrangeira.

Lula ontem afirmou aguardar o jogo do presidente e se diz disposto a gritar “seis”, em referência ao jogo (truco) que jogam.

Governadores e empresários estão muito preocupados e algumas consequências começam a aparecer, com safra de laranja a perder, ferro-gusa que não embarca, queda na venda de carnes etc… e, aqui no ES, o setor de pedras ornamentais vive praticamente de exportar para os EUA sua produção das exóticas.

Sem dúvida, a curto prazo as notícias não são nada boas, e uma vez confirmadas as tarifas, muitos danos à economia serão feitos, com consequências na nossa balança comercial e nos empregos que as várias atividades atingidas representam.

Mas é preciso um olhar para o futuro sobre essa crise e aí também não restam dúvidas de que, uma vez contabilizados, os danos são relativamente pequenos e perfeitamente superáveis em todos os seus aspectos. Tanto podemos, gradativamente, recolocar os nossos produtos em outros mercados, como podemos passar a buscar os produtos dos EUA — que a reciprocidade nas tarifas vai tornar impeditivos — com outros fornecedores no mundo.

Há muito os EUA não são mais nosso principal parceiro comercial. Nossas economias não são complementares — e por isso nosso comércio com a China cresce e cresceu tanto — e são economias, em muitos aspectos, concorrentes, sobretudo entre produtos do agronegócio.

Finalmente, o notável economista Paul Krugman confirma a nossa pouca dependência econômica com os EUA e aconselha agir com firmeza diante de negociadores que só reconhecem e respeitam a força.

A popularidade de Trump está em franca decadência, a apenas 6 meses do mandato. Sua figura agressiva e desrespeitosa não é privilégio conosco e, a partir do dia 1º de agosto, se ele não recuar, como tem feito seguidamente, o início das tarifas será mundial, e o custo inflacionário interno nos EUA será imenso — talvez insuportável.

E aí, veremos.

Por aqui, Lula caminha para disputar 2026 sem um adversário definido. A extrema-direita, perdida e sem a bandeira do patriotismo para exibir — muito menos a da soberania —, vê os grupos de apoio do agro e da indústria se sentirem traídos e perplexos com a loucura bolsonarista. E agora ainda insinuam avançar sobre nossas riquezas minerais em troca de ameaças, o que nos permite reafirmar a defesa de nossos interesses e abrir mais uma frente de confronto com entreguistas e traidores entre nós.

Cada vez mais, a posição nacionalista e equilibrada de Lula e seu governo se torna a única certeza diante desses ataques imperialistas e agressivos, tornando a vitória em 2026 um caminho natural para a defesa de nossos interesses

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