Pressão total. Para quê?

Ontem tivemos mais duas notícias vindas dos EUA contra nós, brasileiros. Uma do chefe da OTAN, repetindo as falas do presidente Trump sobre a Rússia e o prazo de 50 dias para fim da guerra com a Ucrânia. Ironizou a ameaça, sugerindo ao Brasil ligar para Putin pedindo o fim da guerra, senão nosso país teria sérias consequências. Ameaçou os BRICS abertamente.

A outra péssima notícia veio na esteira daquela carta desadoforada do próprio Trump, sobre uma investigação relacionada a seção 301, que de fato foi aberta ontem, quando farão uma devassa em vários aspectos da nossa relação comercial. E isso porque somos deficitários em bilhões — imagine se não fôssemos.

Em todo o caso, a questão Bolsonaro está completamente ultrapassada por esses novos anúncios. Sobre ele, Trump até lembrou, em entrevista, que ele é apenas um conhecido, e não um amigo. E recolocou a situação nos termos de interesse real de todo esse imbróglio: atacar os BRICS.

E por que o Brasil?

Porque, dos principais participantes do grupo, o Brasil é o mais frágil, não tem bombas atômicas e interage menos, com menores riscos comerciais para os EUA.

De nossa parte, é importante seguir os roteiros de reação traçados, fazer os comitês se pronunciarem e comunicarem suas considerações, usar a diplomacia e esgotar todos os recursos para amenizar os danos da decisão de tarifas de 50% sobre os produtos exportados para os EUA.

Feito isso, é vida que segue — e pagar o preço.

E, se os BRICS são o alvo do nosso drama, que sejam parte da nossa solução. Vejo na Índia, com quem temos pouco comércio, a saída. Não exatamente nos produtos que os EUA compram, mas sim em muitos outros, recompondo a balança comercial nos números atuais.

Tudo leva um tempo, e muitos problemas estão contratados, se vingar a tarifa.

Com Trump, tudo pode acontecer: voltar atrás ou dar mais prazo para negociar.

Mas o mal está feito. A exemplo de demais países, devemos encarar os EUA como parceiro não confiável e apostar cada vez menos fichas na relação com eles — em todos os aspectos.

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