“Don’t cry for me, USA.”

Evidente que um certo tipo de expressão patriótica que andava por aí — tipo a Câmara de vereadores de Uberlândia cantar o hino dos EUA em uma sessão, anexar a bandeira dos EUA no perfil, ir para manifestações abraçado à bandeira dos EUA, defender Trump e suas políticas comerciais alucinadas e, finalmente, reproduzir aqui seu desprezo pelas instituições democráticas, inclusive depredar prédios de poderes constitucionais — está abolido e morto aqui no Brasil.

Fica a ressalva de que a bandeira de Israel ainda parece sobreviver, mas por motivos distintos, e ainda não temos certeza, porque fazia dupla com a dos EUA e triunfavam pelas mesmas mãos, agora cambaleantes.

A decisão de Trump em taxar o Brasil em 50% sobre seus produtos exportados para o mercado norte-americano — e estamos falando de aço, petróleo, carne, café e suco de laranja — atinge em cheio o setor do agronegócio, formador da base de apoio e sustento do fascismo brasileiro. Que fica sem chão e defesa da familícia e de seus projetos obscuros que empesteavam o cenário político nacional.

Os extremistas já estavam à deriva sem a presença do chefe da gangue em 2026, com a familícia persistindo na tese da anistia para sustentar o discurso e evitar ainda mais dispersão da base, visando a eleição de bancada onde sonhavam reverter as condenações e mandar no Executivo.

O que parecia um sonho de verão, porque enfrentavam um governo competente e capaz, que recuperava gradativamente seus índices de aprovação — antes desse ataque que sofreu de Trump —, e que liderava as sondagens para 2026. Veja, nunca se imaginou uma vitória arrasadora; em todo o mundo acontecem disputas acirradas nas eleições, e aqui não se previa nada distinto.

Mas agora a coisa pode ter mudado, e uma vitória no primeiro turno não pode ser descartada. O que só saberemos na apuração.

Até lá, é preciso perceber e acompanhar até onde vai a derrocada dos extremistas e quem ainda terá coragem de assumir as teses fascistas, claramente em declínio de apoio. Um certo constrangimento — a caminho de ser vergonha, com consequente abandono — me parece o mais provável.

E, encerrando, a tese de que Biden e seu governo foram os maiores responsáveis por evitar a quartelada em 2022 me parece infundada. Em nenhum dos testemunhos e das tratativas do grupo golpista aparece entre eles sequer uma citação a favor ou contra a posição dos EUA. Nem uma única menção ou apreciação, consideração, observação, nota, referência, temor, preocupação — absolutamente nada sobre os EUA apareceu nos áudios, conversas, tratativas, reuniões, diálogos, conspirações etc. Nada. Então, para mim, está claro que não teve nenhuma influência no fracasso do golpe.

Quanto à nossa bandeira e nossos símbolos, estão trocando de mãos. E o patriotismo volta a ter seu significado verdadeiro.

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