Sem cair nas armadilhas.

Lula reage a acusações de fazer governo neoliberal: ‘quem governa não faz o que quer; faz o que pode’

“Me considero um cidadão de esquerda, mas muito realista. Quem grita ‘100% ou nada’ vai ficar com nada”, afirma o presidente

Dos 60 vetos incluídos na pauta do Congresso para análise, conseguiram examinar 34 e derrubaram 12 deles. Nada de fim do mundo. Alguns vetos relevantes caíram, como o que evitava o uso extravagante de geração de energia a diesel, o que vai provocar aumento de gastos na produção e, consequentemente, um aumento na conta de luz. O governo já avisou que vem uma nova MP específica sobre o tema — e vamos ver quem vai aparecer às claras defendendo aumento de tarifa.

No mais, ficou no ar a ameaça de derrubar a MP do IOF. Por enquanto, apenas o pedido de urgência foi aprovado, e a matéria entrou na fila junto com mais outras mil.

Ou seja: repetimos mais uma vez o ensaio geral da rebelião congressual que, de tempos em tempos, retorna. Considerando que o calendário eleitoral está se aproximando, a oposição ainda não tem um candidato preferido e o seu nome mais forte segue próximo da cadeia, o clima pesado na política nacional parece garantido pelos próximos meses.

Para completar, o PT está às vésperas da escolha do novo presidente partidário. A disputa está aberta, com vários candidatos apresentando propostas distintas — e esquenta ainda mais o ambiente político.

O aumento de mais 0,25% na Selic, com o anúncio de que o ciclo de alta acabou por aqui, também acirra os ânimos, sobretudo na esquerda. Mas os efeitos já começam a aparecer: o dólar em queda, a inflação dos alimentos recuando, e tudo isso sem afetar o crescimento do ano. Porque este, salvo algum evento extraordinário, já está garantido no mínimo em 2%. No mínimo. Lula fala em 3,5% e, quando ele fala, é porque tem razões.

Depois dessa decisão do Congresso — derrubando vetos e seguindo com ameaças —, todos agora partem para a pausa das festas juninas e do recesso. Mas o governo parece decidido a ocupar o espaço político e comunicacional. Está tomando posição para informar a população sobre o que está acontecendo e tem munição para conduzir uma campanha interessante de esclarecimento sobre o verdadeiro debate em jogo: quem paga imposto para sustentar o desenvolvimento e o cuidado com as pessoas no Brasil?

A velha disputa de sempre — e que, até aqui, estamos perdendo de lavada. Mas Lula e seu governo querem disputar esse jogo.

Além da nova MP que deve devolver a conta de luz mais barata, e da campanha já em curso nas redes sociais sobre quem paga e quem não paga impostos no Brasil, falta — a meu ver — retomar a pauta do Congresso com os temas realmente relevantes.

Além da medida que isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, temos a regulamentação da reforma tributária, que ficou parada no primeiro semestre e é um tema que interessa a todos.

Questões como a liberação de emendas parlamentares também devem encontrar solução. Esse é um trunfo importante, a ser sempre usado nas crises, para azeitar os conflitos. Se estão à venda — e repito sempre — vamos comprar e fazer o que tem que ser feito.

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