
Não usei a frase do título entre aspas porque ela foi recentemente usada por uma comentarista da GloboNews, mas não é dela, no sentido de autoria. Trata-se de uma ideia corriqueira entre viúvas de uma visão política do tipo PSDB — exatamente a da jornalista, que, não por acaso, tem Aécio Neves como padrinho de seu casamento.
Frustrações à parte da jornalista, que aparentemente ficou sem opção de voto, uma vez que o padrinho virou pó e o partido está extinto, não tem o menor cabimento a afirmação, sob qualquer análise possível, em qualquer aspecto — inclusive na comparação das administrações Lula com FHC ou qualquer outro presidente do pós-ditadura. E nem antes, na minha opinião.
Se a jornalista pensa em economia, os números atuais são cada vez melhores e seguem melhorando. Se é honestidade e transparência com a coisa pública, idem. Se é viés democrático e inclusivo, também. Se é por reconhecimento internacional, nem se compara com nada de antes.
E, se pensa no Bolsonaro para falar de Lula e esquece da história de um e de outro, como se Lula fosse aquele rebotalho autoritário, incapaz e incompetente, que perdeu uma eleição legítima, apesar de tudo que fez… A comparação entre duas personalidades públicas tão dispares, que a jornalista é incapaz de avaliar, mostra o tipo de visão que a infeliz tem — e o quanto mal informados estão os milhões (se bem que em número cada vez menor) que assistem aos seus programas.
De minha parte, me incomodou a frase, tamanha a leviandade e o total desconhecimento da história recente do país, que ela deveria, ao menos, conhecer.
Para quem assiste, meus lamentos. Vocês merecem coisa muito melhor.