Em inglês: TACO trade. Ou, traduzindo, Trump Always Chickens Out, na nossa língua alguma coisa como Trump Amarela Sempre, corre da raia, por aí.
E dessa vez não sou eu quem está falando, mas o jornal de negócios Financial Times, provavelmente cansado da confusão que o presidente norte-americano promove aparentemente por nada.
Se a impressão geral sobre os recuos de Trump, depois de prometer o fim do mundo e coisas semelhantes, para os EUA e o mundo, para as pessoas e as empresas, o que se percebe agora é que a coisa vale para tudo mesmo, com a falação descontrolada seguindo sem nenhum objetivo claro ou estratégia, senão chocar e promover desordem social e econômica, onde o próximo capítulo seguramente estará nos índices econômicos e sociais sendo já apurados.
A alegação de Trump para legitimar as suas ações é que venceu a eleição e continua a desfrutar de apoio popular. Também foi o caso de Mussolini, que afirmou que “a rigor, eu nem sequer era um ditador, porque meu poder de comando coincidia perfeitamente com a vontade do povo italiano de obedecer.”
Sugerimos em posts anteriores que a estratégia não deveria alcançar resultados importantes. O exemplo de Elon Musk, que semana passada comunicou seu desligamento da administração Trump, depois de prometer economizar US$ 2 trilhões e não obter nem 10% disso — mesmo quase desmontando o serviço público federal e seus programas — deixa evidente o grau de compromisso com metas e propósitos. Isso porque as metas são irreais e os propósitos tão obscuros e enigmáticos que nem seus autores sabem exatamente quais são.
E a eficácia junto aos parceiros de negócios e interesses dos EUA segue ladeira abaixo, com o adicional de que ninguém mais leva a sério o interlocutor alaranjado, mesmo sabendo o perigo que ele pode representar em termos de desarranjo e problemas globais.
Até aqui, o TACO venceu.
Vida longa ao TACO.